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Por Que A Economia Verde Levaria A Conferência E O Planeta Ao Colapso?

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Por:   •  20/5/2014  •  692 Palavras (3 Páginas)  •  384 Visualizações

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O Rio de Janeiro sediará em 2012, vinte anos depois da Eco 92, a conferência Rio+20 que terá dois temas em sua pauta: economia verde no contexto do desenvolvimento sustentável e da erradicação da pobreza e estrutura institucional para o desenvolvimento sustentável. Ao longo das últimas duas décadas o mundo tem vivido um processo acelerado de deterioração: as crises sociais e ambientais se aprofundaram, o sistema de governança internacional entrou em crise de legitimidade, o sistema econômico-financeiro está muito perto de um colapso fulminante. A Rio+20 pode ser uma oportunidade estratégica de redefinição dos rumos da política internacional e, portanto, da economia; de tradução em novas diretrizes da nova correlação de forças que vem se desenhando no mundo; e de estabelecer uma nova agenda que tire o planeta da rota de crise e colapso. Infelizmente, porém, o relatório do PNUMA, que é um documento-chave da ONU na construção da agenda da conferência, propõe mais do mesmo ou, mais precisamente, propõe que o manto da economia verde seja usado para encobrir a falência do modelo de economia em curso e assim dar sobrevida a um sistema de exploração e injustiças.

O relatório do PNUMA “Rumo a uma Economia Verde – Caminhos para o Desenvolvimento Sustentável e a Erradicação da Pobreza – Síntese para Tomadores de Decisão” inicia propondo uma definição de economia verde que nos enche os olhos:

“O PNUMA define economia verde como uma que resulta em melhoria do bem-estar da humanidade e igualdade social, ao mesmo tempo em que reduz significativamente riscos ambientais e escassez ecológica. Em outras palavras, uma economia verde pode ser considerada como tendo baixa emissão de carbono, é eficiente em seu uso de recursos e socialmente inclusiva. Em uma economia verde, o crescimento de renda e de emprego deve ser impulsionado por investimentos públicos e privados que reduzem as emissões de carbono e poluição e aumentam a eficiência energética e o uso de recursos, e previnem perdas de biodiversidade e serviços ecossistêmicos. Esses investimentos precisam ser gerados e apoiados por gastos públicos específicos, reformas políticas e mudanças na regulamentação. O caminho do desenvolvimento deve manter, aprimorar e, quando possível, reconstruir capital natural como um bem econômico crítico e como uma fonte de benefícios públicos, principalmente para a população carente cujo sustento e segurança dependem da natureza. (…) Talvez o mito mais difundido seja o de que há uma troca inevitável entre sustentabilidade ambiental e progresso econômico. Agora há evidência substancial de que o “esverdeamento” de economias não inibe a criação de riqueza ou oportunidades de emprego, e que há muitos setores verdes que apresentam oportunidades significativas de investimento e crescimento relacionado de riqueza e empregos. Rumo a uma Economia Verde – o principal produto da Iniciativa Economia Verde – demonstra que o esverdeamento das economias não é um empecilho ao crescimento, mas sim um novo mecanismo de crescimento; ou seja, uma rede geradora de trabalho digno, que também consiste em uma estratégia vital para a eliminação da pobreza persistente.”

Não há dúvida que o relatório tem o mérito de enfrentar o debate sobre as condições econômicas e financeiras para a transição à sustentabilidade, lidando com o necessário debate sobre a relação

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