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Preconceito Racial, Social E Sexual

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Por:   •  17/9/2013  •  3.502 Palavras (15 Páginas)  •  1.250 Visualizações

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Preconceito: racial, sexual e social

Preconceito é uma postura ou idéia pré-concebida, uma atitude de alienação a tudo aquilo que foge do “padrões” de uma sociedade. As principais formas são: preconceito racial, social e sexual.

O preconceito racial, ou racismo, é uma violação aos direitos humanos, visto que fora utilizado para justificar a escravidão, o domínio de alguns povos sobre outros e as atrocidades que ocorreram ao longo da história.

Nas sociedades, o preconceito é desenvolvido a partir da busca, por parte das pessoas preconceituosas, em tentar localizar naquelas vítimas do preconceito o que lhes “faltam” para serem semelhantes à grande maioria. Atualmente, um exemplo de discriminação e preconceito social é a existência de favelas e condomínios fechados tão próximos fisicamente e tão longes socialmente.

Outra forma de preconceito muito comum é o sexual, o qual é baseado na discriminação devido à orientação sexual de cada indivíduo.

O preconceito leva à discriminação, à marginalização e à violência, uma vez que é baseado unicamente nas aparências e na empatia.

Um racista e homofóbico na presidência da Comissão de Direitos Humanos

Por Francisco Pontes

, Simone Ishibashi

Fica evidente por quais interesses o governo Dilma vela, e que sua eleição em nada significa qualquer conquista para as mulheres. Como se isso não bastasse, o governo petista também abriu espaço para a ascensão de Marco Feliciano (PSC-SP), um pastor da igreja Tempo do Avivamento, conhecido por ser ademais de deputado federal uma figura racista e homofóbica, à presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias. Feliciano fez publicamente declarações revoltantes em que dizia que “sobre o continente africano repousa a maldição do paganismo, ocultismo, misérias, doenças oriundas de lá: ebola, Aids, fome, etc...”, além de ter declarado que a “Aids é um câncer gay”. Trata-se de uma pequena mostra do que é esta poeira de humanidade que atende pelo nome de Marco Feliciano, cujas concepções bem poderiam ser um símbolo da Idade Média, o que demonstra como o governo petista para privilegiar seus cálculos políticos não vê nenhum problema em promover as alas mais obscurantistas que a decadente política burguesa pode oferecer. Suas declarações são uma mostra mais que concretas de como este pretende lidar com as “minorias”. Para coroar a trajetória de Marco Feliciano, este ainda é alvo de dois inquéritos, sendo um por conta de suas declarações abertamente racistas, e outro por estelionato.

Desde que emergiu nos principais jornais do país pela sua nomeação absurda para o cargo de presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias, que sua passagem por onde quer que vá é marcada por inúmeras manifestações exigindo sua saída (CDH). Milhares se reuniram nas principais cidades do país contra o pastor racista, machista e homofóbico. Nas escolas, universidades e locais de trabalho, esse debate percorre corredores, refeitórios e salas. Artistas de renome como Criolo, Milton Nascimento, Elza Soares e Lázaro Ramos também pedem a renúncia. Um recente show de Elza Soares realizado no Sesc se transformou espontaneamente em um ato público contra Marco Feliciano, com a cantora cantando palavras de ordem contra o pastor e colocando o orgulho de ser mulher e negra, sendo seguida por todo o público. Em tom de confronto com as mobilizações que acontecem, o vice-presidente do PSC declarou que "Não fazemos ameaças, mas se for preciso convocar centenas de militantes que pensam como nós também vamos convocar" [1]. Enquanto escrevemos estas linhas foi publicada a notícia de que em meio à sessão da Comissão de Direitos Humanos e Minorias do dia 27/03, Marcos Feliciano ordenou a prisão de um militante que o chamou de racista, restringindo que o público acompanhe a partir de então as sessões. Além de subir o tom, o pastor tem declarado efusivamente que não renunciará. Mas a pressão social vem crescendo tão rapidamente, que agora o próprio PT é obrigado a fazer movimentações no sentido de rifar Marco Feliciano. Uma reunião de parlamentares está sendo chamada para o dia 2 de abril com o intuito de forçar a renúncia do pastor. Ridiculamente, o líder do PT na Câmara, José Guimarães, afirma que o partido apoia o PSC no comando da comissão, mas não Feliciano.

Porém, por mais que agora tentem se emendar, o fato é que esta nomeação escandalosa já demonstrou no que consiste a política do governo para os Direitos Humanos. Feliciano é eleito em meio ao julgamento de dois emblemáticos casos de violência contra as mulheres, o assassinato de Mércia Nakashima e Eliza Samudio. Num país como o Brasil considerado o país mais homofobico do mundo, onde o racismo ainda segue de proporções imensas. Justamente ao mesmo tempo em que começa a haver uma mobilização pela revisão da antidemocrática, machista e conservadora lei do aborto no país. Feliciano não “caí do céu” e assume a CDH por força divina. A entrega dos direitos democráticos da juventude, das mulheres e do conjunto da população vem sendo uma marca do governo petista. A aliança do PT com setores conservadores é base da sustentação do governo atual. Esse não é um caso pontual: a interrupção da distribuição de material didático para combater a homofobia nas escolas (o chamado depreciativamente como “Kit gay”) e recentemente sobre as doenças sexualmente transmissíveis (kit AIDS), a não legalização do aborto e do casamento homoafetivo após uma década de governo do PT com Lula e Dilma são expressões dessa balança. Ainda que mudanças pontuais possam ocorrer, como a criação da Lei Maria da Penha, a legalização da união homoafetiva, é mais do que claro que nessa balança, quem saí ganhando é a bancada conservadora e religiosa contra a juventude, mulheres, negr@s e homossexuais.

Feliciano é a expressão da força que vem ganhando os evangélicos em um setor expressivo da população e representante de sua ala mais conservadora. As grandes igrejas, evangélicas e católicas, como empresas lucrativas que são, sabem que é fundamental sua presença no governo para administrar seus negócios. E sua força cresce em nosso país, com o auxílio do petismo, que sabe que esses atingem uma camada significativa da classe trabalhadora e de seu eleitorado. Dilma abre voz e palanque para os racistas, homofóbicos e machistas, e seus discursos são um incentivo a violência cotidiana e a manutenção de valores sociais retrógrados, necessários para a manutenção

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