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Prosessos Migratorios

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Por:   •  3/11/2014  •  1.529 Palavras (7 Páginas)  •  486 Visualizações

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Trabalho sobre: O PROCESSO MIGRATÓRIO E SUAS INFLUÊNCIAS NA CONSTRUÇÃO DO VALOR TRABALHO, REMUNERAÇÃO E RENDA.

INTRODUÇÃO

Compreender os processos de crescimento e surgimento de determinada cidade ou país, requer análise sobre o contexto histórico dos mesmos. É de grande importância a observação das influências da globalização para aprendermos a conviver com a diversidade cultural e social devido aos processos de migração de pessoas que vêm de diversos lugares a procura de trabalho e melhorias de vida.

O Brasil é espelho de um país de grande mobilidade humana, que possibilitam o aumento dos conhecimentos e das relações sociais. As diferenças nos avanços tecnológicos deste século trazem grande influência no impacto de desenvolvimento no âmbito trabalhista em relação às diferenças regionais de renda e trabalho.

Os maiores desafios em nível de migração, como auxiliar o crescimento regional, tecnológico do país neste século marcado pela força da globalização; podem gerar um novo perfil para desenvolvimento da questão: Migração no século XXI. A diminuição da desigualdade de distribuição de renda entre os membros da sociedade pode contribuir na modernização das condições migratórias.

Com esta produção textual, temos com objetivo analisar os processos de desenvolvimentos migratórios, suas vantagens e sua influencia e relação na construção do trabalho, da remuneração, no desenvolvimento das regiões receptoras e das doadoras de pessoal.

DESENVOLVIMENTO

Sobre o perfil migratório deste século, podemos dizer que baseia-se na globalização que impulsiona o migrante a novos horizontes. Vivemos uma realidade no mundo onde a globalização dispensa fronteiras, estimula consumos, afeta os parâmetros estipulados e, cria novas expectativas de vida. O aumento significativo da migração não somente é inevitável seguindo esse contexto de globalização, mas também tem um potencial bastante positivo. O que não nega as perdas e dificuldades reais ocasionadas pela migração, mas enfatiza que estas podem ser muitas vezes amenizadas com ações especifica.

Transformações rápidas e profundas geradas pela globalização causam grande impacto nos movimentos migratórios, as diferentes assimetrias que observamos impulsionam o deslocamento populacional. O principal fator que ativa os movimentos migratórios entre países e determina seus contornos é a globalização.

O avanço da tecnologia leva muitos a buscarem melhorias na qualidade de vida; saindo de seus países de origem a procura de emprego, ou de formação institucional para alcançar reconhecimento e novas condições de trabalho. Com o aumento da capacitação através das tecnologias e de pólos educacionais em determinados países ou regiões, o migrante sai de seu lugar de origem muitas vezes pela necessidade de aprendizado e, de conhecimento das novidades dos meios tecnológicos. Para Milanovic (1999, p. 10-11):

Por definição, a globalização leva ao desarraigamento quando acelera o progresso econômico que transforma

comunidades, estimula as pessoas a abandonar trabalhos tradicionais e buscar novos lugares, enquanto as obriga a confrontarem-se com novos costumes e novas maneiras de pensar.

O aumento significativo da migração não somente é inevitável seguindo esse contexto de globalização, mas também tem um potencial bastante positivo. O que não nega as perdas e dificuldades reais ocasionadas pela migração, mas enfatiza que estas podem ser muitas vezes amenizadas com ações especifica.

Um dos fatores que determina a procura por trabalho são as expectativas de melhor remuneração e alta renda. O ser humano na tentativa de realizar seus anseios e ambições coloca-se na condição de migrante para tentar encontrar novos horizontes que possibilitem uma diminuição das desigualdades enfrentadas por ele; seja no âmbito social, no âmbito econômico ou financeiro, o que move o homem para a mudança é a necessidade de melhorias ao tempo que estimule o crescimento próprio do indivíduo.

Dessa forma, além das transformações positivas para a cidade ou país receptor do migrante, existirão situações que saiam da realidade de vida do trabalhador que espera alcançar um status que o propicie reconhecimento financeiro e ascensão social.

No atual momento histórico, exceto no caso dos conflitos armados e de desastres naturais, a globalização é o principal fator que ativa os movimentos migratórios entre países e determina seu contorno. (Martini, George; 2006, p.8).

Porém, há restrições

na migração atual devido as relações das grandes potências mundiais, pois as mesmas não permitirem o acesso e a liberdade de que o migrante precisa para desenvolver-se de acordo com as oportunidades que através da globalização atual, o mesmo imaginava que encontraria. Alguns mecanismos para diminuir as limitações que a migração oferece para os migrantes, podem ser aplicados para auxiliar na integração entre as regiões que recebem o trabalhador para com o mesmo. Como exemplifica a Cepal:

Em matéria de políticas de migração, a globalização fará cada vez mais necessária a transição do “controle migratório” para a “gestão migratória” em um sentido amplo. Isto não significa que os Estados abandonem sua atribuição de regular a entrada de estrangeiros e supervisionar suas condições de assentamento, senão aceitar formular políticas razoáveis de admissão que contemplem a permanência, o retorno, a reunificação, a re-vinculação, o trânsito nas fronteiras e a mudança de pessoas a outros países. (CEPAL, 2002, p. 267-8).

São encontradas muitas diferenças nas diversas regiões o que ocasiona a dificuldade de estabilidade que o ser humano tanto procura. A falta de condições gerada pela má distribuição de fatores de produção torna regiões mais desenvolvidas do que outras, causando desigualdade nas relações sociais, nas distribuições de renda e remuneração.

A oferta de mão de obra interage com o mercado de trabalho, trazendo uma nova perspectiva no índice de desenvolvimento da região. Se existe uma

grande incidência de mão de obra e no mercado de trabalho há uma procura pela mesma, isso resultará em um grande desenvolvimento da região. Com freqüência, isso se dá devido à forte ajuda da migração de trabalhadores que desempenha um papel fundamental no processo de desenvolvimento econômico.

Quando o homem muda de região espera encontrar um diferencial de entre sua região de origem e a região onde foi em buscar de melhorias. Se essa realidade não for encontrada, podem causar pobreza e um aumento da desigualdade regional de renda; situações distintas que afetam diretamente o migrante e sua perspectiva nos benefícios que espera alcançar.

Segundo o modelo de política apresentado Matsuyama e Takahshi (1998), o padrão de desenvolvimento regional é determinado pelo nível de concentração dos fatores de produção que depende do desenvolvimento particular da região, assim, a oferta de bens e serviços acaba por influenciar preços e salários e também a oferta de mão de obra. Nesse contexto o nível de desenvolvimento econômico tem como fator importante o papel do trabalhador migrante, que serve de mecanismo de ajuste para o mesmo.

Em diversas regiões, existindo um padrão de concentração de pessoas e atividades econômicas entre elas, gera um desenho do desenvolvimento regional. Podem surgir alguns desequilíbrios devido a esses fatores. Uma das formas de amenizá-los seria através de políticas públicas que visem corrigi-los.

Cada região tem suas particularidades, seja considerado como receptor de

migrantes, ou sendo considerado doador, as questões econômicas variam de acordo com inúmeros fatores que fortalecem ou não seu desenvolvimento em termos de economia, ofertas de emprego, salários e renda.

O que vai determinar a política pública a ser adotada pelas regiões é a sua economia que deve gerar um bem estar tanto para a região que recebe o migrante, quanto para região que doa o migrante para outra. Para que ambas saiam em vantagens, seria necessário um mecanismo incentivar a melhor distribuição dos fatores de produção com uma nova configuração econômica.

A distribuição mais igualitária da população representaria também uma situação mais estável de equilíbrio, favorecendo a divisão funções. A dispersão de grande parte da população de uma determinada região não gera uma perda na qualidade de vida dos que permanecem na mesma, porém, a maior concentração da população em um lugar favorece o bem estar dos mesmos devido à concentração das atividades econômicas em suas mãos.

Enfim, a migração tem papel importante para o crescimento econômico, social das regiões, a medida que estimula novos parâmetros de desenvolvimento. Dependendo do processo migratório a vida do migrante pode ser positiva ou negativa. A realidade encontrada na região e a realidade que ele leva consigo, farão com que suas expectativas sejam alcançadas ou não.

CONCLUSÃO

O migrante anseia novas realizações, tem expectativas de melhorias por isso deixa sua região ou

seu país para tentar encontrar melhores condições de trabalho. Um dos fatores que observamos é a globalização que traz uma nova visão de mercado de trabalho e uma nova possibilidade de crescimento para o indivíduo.

O sistema econômico que concentra as riquezas nas mãos de poucos, cria muros para excluir os pobres, mas nem sempre é assim; onde existe uma recepção para o migrante pode existir um maior equilíbrio e desenvolvimento na questão econômica e até mesmo social.

Possivelmente a migração represente a busca, por parte dos excluídos, de alguma fenda que permita o acesso parcial a alguns dos benefícios produzidos pelo sistema. A medida que essa fenda se abre amplia-se um universo de realidades que podem ser vividas pelo migrante e pela região que o recebe.

No século XXI, a migração conta com a influência dos avanços da tecnologia, da globalização em si e de melhorias nas ofertas de trabalho que facilitam e direcionam as perspectivas do migrante em questões com salário e renda. Políticas públicas podem ser criadas para facilitar o desenvolvimento do migrante, da região receptora e da região doadora de pessoas.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. Martine, George. A globalização inacabada migrações internacionais e pobreza no século 21. Disponível em: (http://www.scielo.br/pdf/spp/v19n3/v19n3a01.pdf)

2. “Migração e diferenciais de renda: teoria e evidências empíricas” (http://www.ipea.gov.br/sites/000/2/publicacoes/livros/dirur/ensaiosdeeconomiaregionaleurbana/Cap6.pdf)

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