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Quanto Vale Ou é Por Quilo?

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Por:   •  9/2/2015  •  457 Palavras (2 Páginas)  •  564 Visualizações

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O filme faz um paralelo entre os tempos de escravidão e a sociedade contemporânea, mostrando o que herdamos daquela época, como os costumes, as formas de sobrevivência, além de deixar explicito o massacre dos negros e pobres, o filme também traz um contexto com as ONG's e a corrupção e, como a ajuda social se transforma em negócio.

No começo do filme já podemos perceber os dois caminhos históricos que o filme ira percorrer, ao ver a negociação da escrava, que tem sua divida paga por uma amiga que visa o lucro, com a empregada que faz uma divida de um ano para conseguir a festa de casamento do filho, ou no caso, uma alforria social, ante a escravidão que é o mundo capitalista, no caso as amarras seriam a vergonha de não ter uma festa de casamento. Ademais, podemos pensar que os trabalhadores demoram trinta e cinco anos, no caso do homem, para fugir da escravidão que é o emprego assalariado, sua exploração só pode ser desfeita depois de trinta e cinco anos.

Também vemos a bondade dos senhores de engenho modernos, no caso a classe A, B, média, podemos ver a face boa do capitalismo, com ONG's que levam projetos sociais para lugares onde não chega o Estado, onde não chega os avanços e a cidadania. Porém, no filme fica bem explicita a verdadeira face do capitalismo, do liberalismo, a face do lucro acima de qualquer coisa, as ONG's servem na verdade de lavagem de dinheiro, o marketing faz com que entre muita doação, comova o voluntário e estimule o investimento do Estado (que sempre repassou a assistência e a garantia dos direitos básicos a terceiros), mas que no fim, não passam de empresas atrás de lucros, nem que para isso tenha que ter, superfaturamento, exploração da miséria e exposição da mesma, corrupção, assassinato e, aqui cabe um ETC em maiúsculo. Além do que vemos explicitado a re-filantropização da assistência, a caridade em detrimento ao direito.

Por fim, vemos a escravidão moderna, os negros que eram amarrados no pau de arara, hoje são trancados em celas de presidios, onde são mão de obra barata, onde geram empregos a construção cívil, onde os lord's brancos da polícia militar pode depositar suas caças diárias, caças filhas do capitalismo, filhos da pobreza, da miséria, da escravidão moderna. Podemos ver também o desespero dos modernos capitães do mato (justiceiros, pistoleiros, matadores de aluguel), que caçam suas recompensas, que para garantir a sobrevivência da sua família, extermina a de outros.

O fim retrata bem a escravidão moderna que vivemos, a do dinheiro, a da caridade, a da polícia, a do político. Até hoje não conseguimos quebrar a corrente da servidão ao senhor de engenho, branco, rico, bonito e pomposo.

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