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REFLETIR CRITICAMENTE SOBRE AS REFRAÇÕES DA QUESTÃO SOCIAL NO PASSADO EXTRAPOLANDO NO CONTEXTO DA ATUALIDADE.

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Por:   •  7/5/2014  •  1.622 Palavras (7 Páginas)  •  1.323 Visualizações

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1- INTRODUÇÃO

O principal conceito de questão social é o conjunto das expressões das desigualdades da sociedade. A questão social surgiu no século XIX, na Europa, e iniciou para exigir a formulação de políticas sociais em benefício da classe operária, que estavam em pobreza crescente.O processo de urbanização e industrialização, deu origem ao empobrecimento da classe operária, e acabou por conscientiza-los das condições em que trabalhavam, onde a questão social acabou atingindo contornos problemáticos, em especial para a sociedade burguesa, que recorreu à implementação de políticas sociais.

Este portifolío tem o objetivo de apresentar uma breve retrospectiva da evolução do tratamento teórico da questão social. A questão social é muito vinculada com a desigualdade social, e essas questões acabaram propiciando a criação do Terceiro Setor na sociedade, a fim de fazer programas e projetos para auxiliar os necessitados e também auxiliar nos pedidos por mudanças na política. Um profissional que lida diretamente com as questões sociais é o Assistente Social, que trabalha nesta tensão entre produção da desigualdade e produção da rebeldia e da resistência. A questão social se põe como alvo da intervenção do Estado, por meio das políticas sociais públicas. Ao mesmo tempo em que o empresariado, movido de um novo espírito social, substitui a mera repressão e assistência eventual por mecanismos que visam a colaboração entre capital e trabalho. A questão social é muitas vezes vista como um objeto do serviço social. O conceito de questão social está relacionado com o sistema capitalista de produção, ou seja, a forma como a riqueza em uma sociedade é produzida e repartida. Assim, o capitalismo dá origem a muitas desigualdades sociais, uma área vital de intervenção do Serviço Social.

Contudo, tendo em conta a amplitude do conceito de questão social, existe um debate se a questão social pode ser objeto de uma só profissão, neste caso um assistente social.

2- DESENVOLVIMENTO

A desigualdade social origina vários problemas como o desemprego, violência, problemas que causam desequilíbrios no clima político e social brasileiro. Muitas pessoas encaram a questão social como uma responsabilidade exclusiva do governo. Contudo, os problemas que surgem na sociedade são muitas vezes fruto de carências materiais e intelectuais, ou seja, da pobreza. Sendo que a pobreza é vista como uma causa individual, deve por isso ser da responsabilidade de cada um. O grande desafio é que alguns problemas como desigualdades sociais e injustiças são muitas vezes tolerados e ignorados porque não representam uma ameaça direta ao poder político.

A questão social nos remete sempre a pensar sobre a forma de organização da sociedade e as diversas maneiras utilizadas para que as mazelas que atingem os menos favorecidos sejam reduzidas ou quem sabe até aniquiladas. O fato da questão social ter surgido em um contexto histórico que privilegiava as relações trabalhistas em nada diminui a sua importância, uma vez que foi em decorrência destas relações de trabalho desiguais que a questão social se configurou como um resultado das desigualdades sociais que o sistema capitalista provoca.

Neste sentido, além de refletirmos sobre este aspecto da sociedade, far-se-á ainda uma reflexão critica e reflexiva sobre as teorias políticas e as suas varias interpretações sobre a sociedade capitalista, com destaque para a importância do Serviço Social dentro deste contexto em que se vive. A atual sociedade capitalista em que vivemos apresenta claramente um crescente processo de desigualdade social associada a pobreza que estão se constituindo em verdadeiros problemas sociais que afetam a maioria dos países na atualidade. É que a pobreza existe em todos os países, pobres ou ricos, mas a desigualdade social é um fenômeno que ocorre principalmente em países não desenvolvidos com um histórico de uma colonização de exploração em seu período de surgimento, crescimento ou descobrimento como foi o caso do Brasil.

O assistente social tem na “questão social” a base de sua fundação enquanto espec do trabalho; ou seja, tem nela o elemento central da relação profissional e realidade. Nesta interface, os assistentes sociais são chamados a intervir nas relações sociais cotidianas, visando à ampliação e consolidação da cidadania na garantia dos direitos civis, políticos e sociais aos segmentos menos favorecidos e mais vulnerabilizados socialmente (trabalhadores, crianças, adolescentes, idosos, portadores de necessidades especiais, mulheres, negros, homossexuais e suas respectivas famílias). É importante salientar que esta questão por muito tempo esteve relacionada à “disfunção” ou “ameaça” de alguns indivíduos à ordem social. Seu reconhecimento deuse na segunda metade do século XIX, a partir da emergência da classe operária e seu ingresso no cenário político, na luta em prol dos direitos relacionados ao trabalho e na busca pelo reconhecimento de seus direitos pelos poderes vigentes, em especial pelo Estado.

Diante das novas expressões da questão social, e que ainda resultam na exploração da força de trabalho causando competição exarcebada, o individualismo, e o preconceito, baseados em mando e obediência faz-se necessário tomar como referencia um projeto profissional hegemônico no debate teórico-metodologico do Serviço Social, tratando-se da construção de uma democracia de massas onde: As bases teórico-metodológicas são recursos essenciais que o Assistente Social aciona para exercer o seu trabalho: contribuem para iluminar a leitura da realidade e imprimir rumos à ação, ao mesmo tempo em que moldam. Ressalta-se desta forma, a importância do caráter politizante da democratização de informações, proposto nas ações socioeducativas, que procuram demonstrar o acesso coletivo e crítico ao conhecimento, na realização e ampliação de direitos sociais garantidos na legislação. Pautados neste contexto, o profissional orientará os atendimentos mesmo sabendo que sua concretização não é uma tarefa fácil, mas necessária, a uma prática que pretenda ser reflexiva, mediadora, transformadora.

Portanto, a questão social é uma categoria que expressa a contradição fundamental do modo capitalista de produção. Contradição, esta, fundada na produção e apropriação da riqueza gerada socialmente: os trabalhadores produzem a riqueza, os capitalistas se apropriam dela. É assim que o trabalhador não usufrui das riquezas por ele produzidas. A questão social representa uma perspectiva de análise da sociedade. Isto porque não há consenso de pensamento no fundamento básico que constitui a questão social. Em outros termos, nem todos analisam que existe uma contradição entre capital e trabalho. Ao utilizarmos, na análise da sociedade, a categoria questão social, estamos realizando uma análise na perspectiva da situação em que se encontra a maioria da população – aquela que só tem na venda de sua força de trabalho os meios para garantir sua sobrevivência. É ressaltar as diferenças entre trabalhadores e capitalistas, no acesso a direitos, nas condições de vida; é analisar as desigualdades e buscar forma de superá-las. É entender as causas das desigualdades, e o que essas desigualdades produzem, na sociedade e na subjetividade dos homens. E as consequências da apropriação desigual do produto social são as mais diversas: analfabetismo, violência, desemprego, favelização, fome, analfabetismo político, etc.; criando “profissões” que são frutos da miséria produzida pelo capital: catadores de papel; limpadores de vidro em semáforos; “avião” – vendedores de drogas; minhoqueiros – vendedores de minhocas para pescadores; jovens faroleiros – entregam propagandas nos semáforos; crianças provedoras da casa – cuidando de carros ou pedindo esmolas, as crianças mantém uma irrisória renda familiar; pessoas que “alugam” bebês para pedir esmolas; sacoleiros – vivem da venda de mercadorias contrabandeadas; vendedores ambulantes de frutas; etc. Além de criar uma imensa massa populacional que frequenta igrejas, as mais diversas, na tentativa de sair da miserabilidade em que se encontram. Como toda categoria arrancada do real, nós não vemos a questão social, vemos suas expressões: o desemprego, o analfabetismo, a fome, a favela, a falta de leitos em hospitais, a violência, a inadimplência, etc. Assim é que, a questão social só se nos apresenta nas suas objetivações, em concretos que sintetizam as determinações prioritárias do capital sobre o trabalho, onde o objetivo é acumular capital e não garantir condições de vida para toda a população.

3- CONCLUSÃO

Diante da análise realizada fica evidente que as desigualdades sociais surgiram e se perpetuam em nossa realidade sem que o estado possa desenvolver uma política econômica ou social que minimize esta questão. Temos em nosso país uma serie de medidas assistencialistas que em nada contribui para a solução do problema da desigualdade, apenas vai camuflando uma realidade caótica que precisa ser urgentemente discutida e construídas medidas que possam resolver a situação de milhões de brasileiros que vivem na pobreza e na mais profunda miséria. A atual questão social refere-se à ampliação do trabalho na sociedade capitalista começando pela degradação do trabalho, a perda e o desaparecimento de muitas categorias e postos de trabalho, e isso ocorre quando o estado passa a se retirar do campo social com cortes, privatizações e etc. Assim sendo, para ver a questão social como objeto do serviço social é preciso fazer uma das duas coisas: ou se rejeita a amplitude conceitual da questão social, ou o Serviço Social volta a ter uma função fulcral de atuar nas variações e mudanças da sociedade.

4- REFERÊNCIAS

MILONE, Paulo César. Crescimento e Desenvolvimento. In; PINHO, Diva Benevides, VASCONCELLOS, Marco Antonio Sandoval de. Manual de Economia Equipe de professores da USP, São Paulo, Editora Saraiva, 1997

FALEIROS, Vicente de Paula. Política social do Estado capitalista: as funções da Previdência e assistência sociais. São Paulo: Cortez, 1980.

http://books.scielo.org/id/vwc8g/pdf/piana-9788579830389-02.pdf

http://www.scielo.br/pdf/ln/n69/a03n69.pdf

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