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Raça Como Negociação

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Por:   •  22/1/2014  •  416 Palavras (2 Páginas)  •  775 Visualizações

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Raça como negociação – Sobre teorias raciais em finais di século XIX no Brasil.

Lilia K. Moritz Shwarcz

Objetivo do trabalho: Após leitura do texto discorrer sobre três assuntos: a) Explicar o conceito de “raça como negociação” da autora; b) Porque o Brasil é tido como um laboratório racial? c) Porque a miscigenação é vista como uma degeneração das raças?

“Raça como Negociação”

Já no final do século XIX e no início do século XX, com o advento das escolas de Direito e o grande salto das escolas de Medicina passou-se a pensar nos eventuais problemas que a miscigenação das raças estavam gerando no território nacional e o que isso representava no futuro da nação. Atribuiu-se a isso problemas como as doenças trazidas pelos negros da áfrica, e também as presentes na população indígena nativa, fortemente discutida entre os estudiosos das ciências médicas como fatores causadores das diversas epidemias da época, fortalecidas, sobretudo, pela miscigenação. Por outro lado, pensava-se em implementar políticas raciais semelhantes à da África do Sul, onde somente sadios e perfeitos poderiam entrar no território. Além disso discutiam-se também a implementação da política de esterilização aplicadas em Nova Jersey visando eliminar, a longo prazo, o que chamavam de escória da sociedade.

O que via-se então era uma forte corrente contra a miscigenação das três raças (brancos europeus, negros africanos, e índios nativos), almejando um “embranquecimento” da nação, defendendo ainda que uma nação sem identidade racial e altamente mista como a brasileira era inviável e estava fadada ao fracasso.

“Laboratório Racial”

Facilmente explicado pelo fato de que aqui no Brasil, a partir de sua colonização, três grandes raças se encontraram, sendo elas a indígena local e nativa, a branca europeia e colonizadora e a negra africana trazida pelos escravizadores. Essas três raças, ao longo de anos se cruzaram e geraram uma imensidão de misturas étnicas e raciais, tornando o Brasil um ambiente perfeito para o estudo das raças e suas variações.

“Degeneração das raças”

Ao se definir uma raça pura, obviamente que é possível atribuir características a ela, o que podemos também chamar de qualidades. Nesse sentido podemos dizer que tanto os brancos quanto os negros e os índios possuem qualidade inerentes à raça. Ocorre que, com a miscigenação, essas qualidades vão se perdendo, se apagando, pois há uma perda da identidade racial com a “mistura de sangues”. Segundo o suíço Agassiz, a deterioração ocorre da amálgama das raças e que vai apagando rapidamente as melhores qualidades do branco, do negro e do Índio, deixando um tipo indefinido, híbrido, deficiente em energia mental.

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