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Relatório Do Documentário Quebrando Paradigmas Psiquiátricos

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Por:   •  11/11/2014  •  564 Palavras (3 Páginas)  •  939 Visualizações

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O documentário “Quebrando Paradigmas Psiquiátricos” exibido no programa “A Liga” acompanhou a rotina das pessoas que possuem algum tipo de transtorno mental, bem como daqueles que cuidam deles.

Os fatos se passam no Hospital Psiquiátrico Francisca Júlia em São José dos Campos - SP, em uma unidade de permanência de pacientes crônicos, o Lar Abrigado – onde há uma ala masculina e uma feminina – e na Instituição Pequeno Cotolengo, que é uma instituição mantida por uma congregação católica e abriga mais de cem crianças e adultos com transtornos ou deficiências mentais.

Nestas unidades de permanência, os pacientes recebem o tratamento adequado para seus transtornos, o que na maioria das vezes não aconteceria no seu meio familiar ou na sociedade em geral por falta de conhecimento, compreensão e até mesmo paciência com os doentes.

Nos centros de tratamento são realizadas atividades terapêuticas como musicoterapia, hipoterapia, além de atividades que auxiliem na socialização dos pacientes, tais como festas e ambientes diversos de descontração.

Ao ver alguns depoimentos de pacientes podemos analisar de uma forma antropológica a sua interação com a sociedade, que, no geral, já não compreende muito bem o ser diferente.

O paciente Júlio, portador de esquizofrenia, relata que já teve alta, que sente muita falta da família e da mãe, que não pôde ainda vir buscá-lo, pois não conseguiu uma casa para morarem. Neste caso podemos entender que não encontrar uma casa seria talvez uma desculpa dessa mãe para não vir buscar o filho interno.

Outro paciente, o Alcides, fala que sua mãe não cuidava dele “direito”, pois achava que ele tinha espíritos maus. Esses pacientes quando estão em crise, sofrem um rompimento com a realidade, vivem um mundo próprio, no qual veem e sentem coisas que não existem, ficando muitas vezes até violentos, o que dificulta muito seu convívio familiar e social. Algumas famílias, por não entenderem esses sintomas ou não conhecerem os tratamentos adequados, não aceitam a patologia, consideram um transtorno o convívio com esses pacientes e os abandonam como uma forma de se “livrar” do problema, deixando-os em um hospital ou centro de tratamento psiquiátrico onde são encaminhados para uma residência terapêutica.

O convívio familiar é muito importante para a recuperação. Os pacientes psiquiátricos são muito carentes de afeto, alguns falam que visitam ou recebem a visita de sua família sempre, mas na verdade é apenas uma forma de eles aceitarem sua realidade, refazendo em sua mente as lembranças de sua família e do afeto que sentiam. Um bom exemplo desse abandono familiar pode ser retratado no paciente Jefferson, que aborda o fato de que sua mãe não o visita, tampouco qualquer pessoa de sua família, que seu irmão casou e teve um filho que Jefferson sequer teve o prazer de conhecer. Ele sente muita falta da família, mas não parece estar aborrecido com eles, nem os recrimina, apenas pede para que eles venham visitá-lo.

Em suma, vê-se a sublime importância do apoio familiar para a recuperação e convívio com a patologia a qual detenha o paciente interno. Portanto, o ser humano, por ser um ser social, necessita do apoio dos seus iguais, sendo que a família é o seio de convivência mais íntimo para

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