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Relatório de pesquisa "Caracterizando o CRAS como um espaço educativo"

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Por:   •  24/9/2013  •  Relatório de pesquisa  •  2.568 Palavras (11 Páginas)  •  417 Visualizações

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FACULDADE INTERNACIONAL DE CURITIBA

ANA PAULA DA SILVA ARAÚJO

PORTFÓLIO DA UTA: GESTÃO EDUCACIONAL

PARANAGUÁ

2013

FACULDADE INTERNACIONAL DE CURITIBA

ANA PAULA DA SILVA ARAÚJO

RELATÓRIO DE PESQUISA E PRÁTICA PROFISSIONAL:

CONTEXTOS EDUCATIVOS

Relatório de Pesquisa apresentado como Atividade de Portfólio da disciplina Pesquisa e Prática Profissional: Contextos Educativos, do curso de Pedagogia à Distância da Faculdade Internacional de Curitiba.

Tutor: Rubens Alves

Centro Associado: Paranaguá-Pr.

PARANAGUÁ

2013

1. INTRODUÇÃO

O presente relatório de pesquisam, com o tema “Caracterizando o CRAS como um espaço educativo”, visa fortalecer a relação teoria-prática, baseado no princípio metodológico de que o desenvolvimento de competências profissionais implica em utilizar conceitos adquiridos na vida acadêmica, profissional e pessoal. Dessa maneira, esse relatório tem o objetivo de apresentar e descrever as entrevistas realizadas no Centro de Referência da Assistência Social – CRAS.

O Centro de Referência da Assistência Social – CRAS está localizado na Rua Washington Luiz, S/N, bairro Porto dos Padres, próximo à Rua Alfredo Budant, Município de Paranaguá, Estado do Paraná. Tem seu horário de funcionamento divido em diurno e vespertino, diariamente de segunda-feira à sexta-feira.

Atende famílias com vulnerabilidade social, portanto, seu nível de atendimento varia de zero a qualquer idade, uma vez que precisa atender desde pequenas crianças, jovens, adultos e idosos.

Nesse relatório serão trabalhados itens como a caracterização do contexto educativo; também fundamentação teórica apresentando conceitos de contextos educativos; além da descrição e identificação dos dados coletados durante a pesquisa.

As entrevistas foram realizadas no próprio CRAS, com a finalidade de adquirir e aperfeiçoar os conhecimentos já vistos no curso de Pedagogia da Faculdade Internacional de Curitiba – FACINTER.

A prática é de grande importância para que se possa ter consciência da realidade dos alunos e professores; quando se observa é possível adquirir experiência e quando se questiona, é possível sanar dúvidas antes mesmo da própria prática.

2. CONTEXTUALIZANDO OS ESPAÇOS EDUCACIONAIS

“Aprendemos em qualquer circunstância. Aprendemos na circunstância da família, com a mãe, com o pai, com os irmãos, com os avós, com as tias, com os tios, com as primas, com os primos… Aprendemos na circunstância da rua. A rua é a sociedade a fluir. A rua é o exterior da família. Entre a família e a rua há, continua a haver, uma linha de fronteira. A família é um mundo, mas a rua é um mundo outro, imenso, complexo, temeroso, fascinante.”

A aprendizagem não tem fronteiras físicas, sociais, culturais ou institucionais. Na realidade, os conhecimentos que acumulámos, as capacidades e competências que edificámos ou as atitudes que desenvolvemos são o resultado dos episódios de aprendizagem que, ao longo de toda a nossa vida e em todas as suas dimensões, vamos concretizando.

Como se pode concluir da citação que fizemos, o que somos resulta daquilo que aprendemos em todas as circunstâncias vitais, das quais fazem parte ambientes de aprendizagem de características muito diversas. Desde os ambientes de aprendizagem mais informais, que são próprios do complexo contexto social em que existimos – com todas as circunstâncias de contato humano, mais ou menos estruturado, que ocorrem quotidianamente –, até aos ambientes de aprendizagem mais formais, próprios das instituições que assumem a aprendizagem como o objetivo fundamental da sua atividade.

Na realidade, aprender não é um comportamento exclusivo dos ambientes escolares. Muito pelo contrário, pois basta observar, com atenção, a realidade em que vivemos, para identificarmos exemplos, extraordinariamente criativos e eficazes, de aprendizagem concretizada por indivíduos e comunidades cuja relação com a educação escolar é frágeis ou em alguns casos, inexistentes. Por outro lado, verifica-se, hoje, um fenómeno de sentido inverso: à medida que os níveis de escolarização dos indivíduos aumentam e os respectivos níveis de aprendizagem formal se vão estruturando e sedimentando, estes vão procurando ambientes de aprendizagem menos institucionais e mais individualizados, realidade que hoje vai sendo, crescentemente, facilitada pela inovação tecnológica e pela menor dependência dos processos de aprendizagem da presença física dos indivíduos em espaços e tempos físicos de aprendizagem.

Para um completo entendimento da relação dos contextos educativos formais e não formais é necessário o resgate histórico desses dois campos, cuja articulação, decorre as reflexões desse relatório.

A História da Educação no Brasil revela que a Educação Popular se constituiu, enquanto parte de um projeto de transformação social, nos espaços de educação não formal, desde o início do século XX, quando o movimento operário, de matrizes ideológicas libertária, socialista ou comunista projetaram um modelo educacional inserido em um contexto mais abrangente, promovendo experiências educacionais coerentes com o projeto político que buscavam construir. A educação, portanto, foi compreendida não apenas como alternativa à educação formal (escolar), mas como a possibilidade de conceber um projeto pedagógico correspondente ao projeto societário em construção.

Conforme Brandão, as primeiras experiências no Rio Grande do Sul “preocupavam-se com a educação das pessoas advindas das classes desprivilegiadas,

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