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Relatório sobre Pensadores Classicos

Por:   •  14/6/2017  •  Resenha  •  3.293 Palavras (14 Páginas)  •  169 Visualizações

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1→Nicolau Maquiavel: o cidadão sem fortuna, o intelectual de virtú

O Príncipe

Maquiavel cresceu em uma época de desordem em Florença, chegando a até mesmo ser exilado. O autor se preocupa como o Estado realmente é, e não em como deveria ser, por isso acaba rompendo com a tradição da época rejeitando o idealismo de Platão, Aristóteles entre outros, e se baseia em historiadores mais antigos, adotando como metodologia a busca da verdade efetiva das coisas.

“Nada faz estimar tanto um príncipe quanto as grandes empresas e as ações raras e esplêndidas[…]” (MAQUIAVEL; in: Os Clássicos da política (2000), p.42, vol. 1)

Estudando o governo a partir de suas experiências como funcionário do Estado, o autor afirma que o governante deve estudar o Estado que administra e conhecer os problemas nele já causados e as maneiras com que foram resolvidos para que, em caso de acontecer novamente, adotar os mesmos métodos ou criar outros, segundo a semelhança dos acontecimentos. Ele descreve desde os tipos de principado até as possíveis formas de mantê-lo. afirmando que, o príncipe deve não ser o mais forte, mas possuir ou aparentar as qualidades necessárias e possuir também certos vícios, afirmando que a politica tem uma ética e lógica próprias e que, um bom governante deve guiar-se pela necessidade, aprender os meios de não ser bom e a fazer uso ou não deles, conforme for necessário. Afirma também, que a forma de governar do príncipe dependerá do seu povo. “[…] para um povo corrompido, são necessárias outras instituições, desnecessárias ao povo que não corrompido […]”(MAQUIAVEL; in: Os Clássicos da política (2000),p.50, vol.1)

2→Hobbes: o medo e a esperança

"A natureza fez os homens tão iguais, quanto às faculdades do corpo e do espírito, que, embora por vezes se encontre um homem manifestamente mais forte de corpo, ou de espírito mais vivo do que outro, mesmo assim, quando se considera tudo isso em conjunto, a diferença entre um e outro homem não é suficientemente considerável para que qualquer um possa com base nela reclamar qualquer benefício a que outro não possa também aspirar, tal como ele. Porque quanto à força corporal o mais fraco tem força suficiente para matar o mais forte, quer por secreta maquinação, quer aliando-se com outros que se encontrem ameaçados pelo mesmo perigo […]” (HOBBES, Leviatã, cap. XIII, in: Os Clássicos da Politica (2000), p.54, vol. 1)

Hobbes é um contratualista que afirma que a origem do Estado ou da sociedade está num contrato em que os homens viveriam naturalmente, o autor teoriza para a sociedade em geral, declarando que a natureza fez os homens iguais, mas em vez de apenas alegar que os homens são iguais, o autor afirma que são tão iguais que cada um tem a própria concepção de sabedoria e acreditam que não hajam tantos sábios iguais a eles e que nenhum possa triunfar de maneira total sobre o outro, ou seja, o fato do homem conhecer mais sobre si do que sobre o outro, ele se acha tão capaz quanto… A partir do momento em que os homens não sabem quais são as intenções dos outros homens e têm de supor qual será a atitude desses, dessa igualdade surge uma guerra que se generaliza.

Hobbes desenvolve a ideia de que no Estado deve haver um poder soberano, um foco de autoridade que possa resolver e mediar todos os conflitos e arbitrar qualquer decisão de forma que o Estado é a condição para existir qualquer sociedade, ou seja:

“[…] designar um homem ou uma assembleia de homens como representante das suas pessoas, considerando-se e reconhecendo-se cada um como autor de todos os atos que aquele que representa a sua pessoa praticar ou levar a praticar, em tudo o que disser respeito à paz e segurança comuns; todos submetendo assim as suas vontades à vontade do representante, e as suas decisões à sua decisão[…]”(HOBBES, Leviatã cap. XVII, in: Os Clássicos da Politica (2000), p.62, vol. 1)

3→John Locke e o individualismo liberal

John Locke em um contexto de revolução na Inglaterra, é um contratualista que com o propósito de legitimar o poder adquirido por Guilherme de Orange pela deposição do rei Jaime II pelo consentimento do povo, faz uma relação entre liberdade e propriedade.

Para Locke os homens viviam originalmente em liberdade e igualdade e a propriedade tem como fundamento originário o trabalho, essa propriedade tem como base a liberdade faz parte dessa propriedade, ou seja, liberdade e propriedade devem estar sempre presentes em um Estado para que este não enfrente problemas e assim passe a viver de modo pacífico, sendo que essa propriedade já existia no estado de natureza como uma instituição anterior à sociedade, de forma que é um direito natural do homem que não pode ser violado pelo Estado, e a necessidade desse Estado é apenas para que estes direitos sejam preservados, logo, o contrato social proposto pelo autor, é um pacto de consentimento em que os indivíduos aceitam livremente em formar a sociedade civil para preservar e reforçar ainda mais os direitos que possuíam originalmente no estado de natureza.

“Assim, os homens, apesar de todos os privilégios do estado de natureza, ao se verem apenas em más condições enquanto nele permanecem são rapidamente levados à sociedade […]” (LOCKE, in: Os Clássicos da política (2000), p.99, vol. 1)

4→ Rousseau: da servidão à liberdade

"O homem nasce livre, e por toda parte encontra-se aprisionado. O que se crê senhor dos demais, não deixa de ser mais escravo do que eles” (ROUSSEAU, in: Os Clássicos da Politica (2000), p.214, vol. 1 )

Rousseau é um filósofo também contratualista que faz crítica às politicas do seu tempo principalmente pela desigualdade.

Para Rousseau a soberania está no povo, mas ao viver em sociedade perde sua liberdade, por isso propõe um Pacto Social que não deve aceitar as instituições que corrompem o homem e que formem um pacto geral/social que se deve estabelecer na condição de igualdade entre as partes contratantes, através de uma instituição de regulamentos de justiça e paz, onde os poderosos e os fracos se submetam igualmente a deveres mútuos, e que se conscientizam

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