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Serviço Social E O Popular

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Por:   •  10/6/2014  •  3.542 Palavras (15 Páginas)  •  1.272 Visualizações

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UNIVERSIDADE DO GRANDE RIO

ESCOLA DE CIÊNCIAS APLICADAS PROFº JOSÉ DE SOUZA HERDY

CURSO DE SERVIÇO SOCIAL

Marina Ferreira Caetano da Silva – matrícula 2402080

Maura Rute Carvalho Antunes – matrícula 2402099

Moysés Antunes Cipriano – matrícula 2402144

Tayane Ferreira de Jesus – matrícula 2402041

Zelaine Amorim de Souza da Silva – matrícula 2402228

O SERVIÇO SOCIAL E O POPULAR:

Resgate teórico-metodológico do projeto profissional de ruptura

Contextualizando o Serviço Social no Processo Histórico Brasileiro

Duque de Caxias

2014

INTRODUÇÃO

O SERVIÇO SOCIAL E O POPULAR: resgate teórico-metodológico do projeto profissional de ruptura – de Maria Ozanira da Silva e Silva, coordenadora técnica da pesquisa e autora da obra que serviram como base do texto síntese, a pesquisa envolveu diversas universidades e pesquisadores do país, em uma tentativa de conceituar crítica e historicamente o Serviço Social no Brasil, destacando as conquistas no projeto de ruptura com o Serviço Social Tradicional e messiânico.

Nosso enfoque inicia-se no capítulo um: Contextualizando o Serviço Social no Prcesso Histórico Brasileiro; Emergencia de uma Nova Prática Profissional no contexto de Efeverscência do Populismo; O Serviço Social no Contexto da Ditadura Militar e o Serviço Social no Contexto da Nova República.

O trabalho apresentado faz parte do estudo realizado na disciplina de Fundamentos Hitórico-Teórico-Metodológicos do Serviço Social V, Professora Érica Silva da Universidade do Grande Rio – UNIGRANRIO.

Conforme a autora a partir da década de 30, um contexto histórico de repressão, lutas de classes sociais, faz com que se inicie uma tentativa de afirmação e mudança no grupo dos profissionais do Serviço Social, o Movimento de Reconceituação, esta tentativa se dá em três direções: a perspectiva modernizadora: tornar o Serviço Social uma profissão moderna, significa elevar seu status de cientificidade, de eficiência técnica e capacitando o profissional para atuar de micro para macro; a perspectiva de reatualização do conservadorismo: matriz teórica é a fenomenologia, com três conceitos: diálogo, pessoa e transformação social; a intenção de ruptura: a partir dos anos 70 até os anos 90, hegemônico no discurso teórico metodológico da profissão, aproximação mais direta as teorias de Marx.

Reconhecemos que o trabalho de Maria Ozanira e seus colaboradores, possuí clareza dos fatos, mostrando a importância dessa transformação profissional, permitindo que os futuros Assistentes Sociais conheçam este passado recente a fim de aperfeiçoá-lo, não sendo guiados por equívocos já cometidos na profissão. Ampliando o campo de trabalho, amparado pela lei, com teorias fundamentadas e adequadas a cada estudo de caso, político, histórico, individual, social e inclusivo.

1. Institucionalização e consolidação do Serviço Social

De acordo com o processo histórico do Serviço Social, podemos perceber, segundo a autora, que o profissional é um dos atores da reprodução das classes sociais envolvidas na contradição existente entre as mesmas. Além da vivência Dos profissionais através de seus conhecimentos teórico-metodológicos alcançados pela prática profissional, também possuem uma herança histórica, saindo da esfera do trabalho individual destes e integrando a profissão nas relações sociais.

Dentro deste contexto, podemos observar uma contradição que ocorre desde a institucionalização e legitimação do Serviço Social no Brasil, que ocorre na década de 1940, com o surgimento das grandes instituições assistenciais, estatais e autárquicas, que acontecem na base do corporativismo do Estado, no período da industrialização, que foi adotada como política econômica nos anos de 1930.

É evidente que, neste contexto, a classe dominante é a burguesia, formada pelos donos de indústrias, com o Estado no controle, em conjunto com os proprietários rurais e com isso, há um aumento do proletariado urbano, por causa do desenvolvimento urbano-industrial.

Durante o Estado Novo, apresenta-se uma necessidade de controle e legitimação dos setores urbanos adotando uma política de massa, atendendo as reivindicações dos trabalhadores sempre visando o controle e atendendo aos interesses do capital.

Surgem, nesse momento, grandes instituições assistenciais e providenciarias para controlar a mobilização dos trabalhadores urbanos, sempre em conjunto com o Estado, garantindo a aceleração do desenvolvimento do capital no país.

O Serviço Social, nessa altura, é usado pela igreja católica para laicização, atuando amplamente na ajuda aos mais necessitados, através da justiça e da caridade, de acordo com o projeto de cristianização da sociedade com base na Doutrina Social da Igreja.

A criação das grandes instituições assistenciais gera uma ampliação do mercado de trabalho para o Assistente Social, causando assim, o rompimento com os moldes confessionais e passa a ser institucionalizada.

O profissional passa a atender não só a burguesia, mas, também, as classes menos favorecidas representadas pelos trabalhadores urbanos, que são o alvo das políticas sociais do Estado, para enfrentamento da “Questão Social” que surge durante o desenvolvimento urbano-industrial.

Percebe-se que a profissão é legitimada no Brasil para atender principalmente a burguesia. Analisando as contradições dessa sociedade, a respeito do Serviço Social nas últimas três décadas, os profissionais tem buscado uma nova “face” para o Serviço Social nas classes subalternas, sendo mais intensificada no final da década de 1950 e início dos anos de 1960, com a crise da acumulação capitalista do desenvolvimentismo durante o governo JK, com a internacionalização do capital que acontece com o crescimento do setor privado e do capital estrangeiro.

Nesse período, o Serviço Social se faz mais presente no projeto de desenvolvimento nacional, onde a Organização das Nações Unidas (ONU) e outras organizações internacionais, na década de 1950 projetam e divulgam o Desenvolvimento de Comunidade (DC) para integrar a população

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