Setor Textil

O SETOR TÊXTIL NA SOCIEDADE MODERNA

AUTORES: Amanda Vasconcelos

Daniel Frazoli

Leonardo Marinari

Lílyam Christiny

Macarena Gutierrez

Mônica Cristina Moreira

Warley Henrique dos Santos

PROFESSORA ORIENTADORA: Mônica Lucchesi Batista

Resumo

Neste artigo demonstra-se a importância da implantação da responsabilidade social e da sustentabilidade ambiental na sociedade moderna, tendo como objeto de estudo o Setor Têxtil e três empresas nele inseridas. Assim, devido a grande demanda de produtos fabricados por este setor e as cobranças para com o ambiente e a sociedade, este artigo propõe identificar ações acerca de tecnologias e processos de transformação têxtil visando sustentabilidade e responsabilidade social. Com base nos dados analisados os resultados revelaram-se satisfatórios tanto para o setor quanto para o Brasil, as mudanças no setor têxtil resultaram em crescimento ao longo dos anos como poderá ser visto adiante.

Palavras-chave: Setor Têxtil, Sustentabilidade, Responsabilidade Social e PIB.

1. Graduandos em Administração de Empresas pelo Centro Universitário UNA.

2. Demais Orientadores : Clara Gomes, Ediméia Maria Melo, José Guilherme, João Gomes

1 Introdução

1.1 Contextualização e problematização

O mundo passa por mudanças frequentes. Fenômenos naturais e tecnológicos se contrastam, se confundem e ao mesmo tempo se completam. De um lado temos tudo o que é científico e tecnológico. A ciência é usada para transformar e criar uma nova estética, novas formas e novas possibilidades. Por outro lado, muitas pessoas valorizam tudo que se relaciona ao meio ambiente e sua proteção, levantando a bandeira do reaproveitamento, da reciclagem e da sustentabilidade.

No século passado começaram os discursos acerca do desenvolvimento sustentável, sustentabilidade ambiental e reflexões sobre desenvolvimento e/ou crescimento econômico e preocupações ambientais. O termo desenvolvimento sustentável foi conceituado mais precisamente em 1987 pela Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (CMMAD), porém o conceito foi definitivamente incorporado durante a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, a Cúpula da Terra de 1992 - Eco-92, no Rio de Janeiro. No qual foi acertado que desenvolvimento sustentável é o desenvolvimento capaz de suprir as necessidades da geração atual, sem comprometer a capacidade do atendimento às necessidades das futuras gerações.

Entretanto, para uma empresa ser considerada uma empresa sustentável não é apenas pensar no meio ambiente. De acordo com a RAE – Revista de Administração de Empresas (2010, p. 150), a sustentabilidade possui três dimensões que são relevantes para as empresas:

Dimensão social: Preocupação com os impactos sociais das inovações nas comunidades humanas dentro e fora da organização (desemprego, exclusão social, pobreza, diversidade organizacional, etc.);

Dimensão ambiental: Preocupação com os impactos ambientais pelo uso de recursos naturais e pelas emissões de poluentes;

Dimensão econômica: Preocupação com a eficiência econômica, sem a qual elas não se perpetuariam. Para as empresas, essa dimensão significa obtenção de lucro e geração de vantagens competitivas nos mercados onde atuam.

Entende-se por responsabilidade social o comprometimento de uma empresa com relação à sociedade, a partir de todas as ações que afetam os indivíduos e organizações, envolvendo também a prestação de contas para essa mesma sociedade. Ashley e Cardoso (2002) definem a responsabilidade social como o compromisso de uma organização para com a sociedade, medida através de seus atos e atitudes que afetem toda a sociedade ou alguma comunidade em particular. Refere-se ao efeito que as decisões das empresas podem causar sobre a sociedade.

A responsabilidade social, ambiental e de direitos humanos, já é entendida hoje por parte das empresas, antes que uma obrigação, uma questão de sobrevivência. Ela é usada pelas empresas como uma ferramenta para a sua inserção no mercado globalizado e como instrumento de aumento da competitividade.

A conscientização de que os recursos naturais disponíveis no meio ambiente podem acabar se não forem usados corretamente, está gerando uma nova perspectiva em relação à produção e consumo, que participam de forma gradativa no que diz respeito a desenvolvimento sustentável (LEITE, 2009).

A indústria têxtil traz hoje práticas que exploram os novos cenários, que condizem com a preocupação ambiental. Assim, deve-se levar em conta o futuro do planeta e das próximas gerações, evitando produtos que causem poluição e que degradem o meio-ambiente.

Tanto a sustentabilidade quanto a responsabilidade social têm se tornado uns dos principais conceitos entre as preocupações com o futuro, sendo que o reconhecimento da função-suporte da natureza tem aumentado, pois a sociedade espera melhorias nas condições de vida das pessoas. As pressões sociais sobre as empresas estão aumentando, de forma que as leva a modificar o comportamento ou a determinar sua saída do mercado. O nível de degradação ambiental “socialmente aceitável” está diretamente ligado ao nível de incômodo que a sociedade está disposta a suportar e, sobretudo, de quais recursos está disposta a abrir mão para melhorar o seu meio ambiente (TOWNSEND; BEGON; HARPER, 2006; CNTL, 2009).

Este artigo tem como objetivo geral identificar ações acerca de tecnologias e processos de transformação têxtil visando sustentabilidade e responsabilidade social. E como objetivos específicos: Identificar tecnologias em desenvolvimento de fibras e tecidos no setor têxtil visando preceitos de sustentabilidade ambiental, apresentar aspectos macroeconômicos do setor têxtil perante o PIB e identificar ações das empresas voltadas para a sustentabilidade e a responsabilidade social.

2 Metodologia

A metodologia usada neste artigo segue conforme os critérios de classificação de pesquisa proposto