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Sustentabilidade E A Terceirização

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Por:   •  13/9/2013  •  7.021 Palavras (29 Páginas)  •  269 Visualizações

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A Sustentabilidade e a Terceirização

1

José Alcione Pereira

2

Valéria Rueda Spers

3

Mário Sacomano Neto

1. Resumo

O presente artigo busca compreender o pensamento do micro e do pequeno empresário na condição de terceirizado em aglomerações produtivas locais, para buscar atender os conceitos de sustentabilidade nos seus princípios básicos econômicos, sociais e ecológicos. Para tanto foi utilizado o APL-Bonés da cidade de Apucarana-Pr, como base de pesquisa.

2. Introdução

A sustentabilidade das micro e pequenas empresas tem sido um tema muito debatido e recorrente nos últimos tempos, principalmente em países com economias emergentes, como o caso do Brasil. Em outros países desenvolvidos com economia mais forte, a situação se mostra diferenciada, pois, as pequenas empresas tem grande apoio governamental necessários à sua instalação e manutenção.

Para Dornelas, J. C. A (2001) nos países em desenvolvimento existe uma tendência em que micro e pequenas empresas na maioria das vezes surgem por necessidade para suprir o sustento de empreendedores, muitas vezes, ex-funcionários de empresas que criam novos negócios, mesmo sem experiência, utilizando o pouco que ainda lhe resta de economias pessoais ou do fundo de garantia. Isto acontece, normalmente, sem qualquer analise mais profunda e sem nenhum planejamento. Situação diferente ocorre quando o empreendedor vislumbra uma oportunidade para seu empreendimento, elabora um planejamento adequado e tendo capital, tempo para amadurecimento do negócio e todas as demais analises pertinentes à criação de uma empresa.

Constata-se que nos primeiros anos de vida das micro e pequenas empresas, em virtude de ser um processo ainda embrionário, as mesmas possuem um processo produtivo muito modesto, e com um padrão de qualidade ainda muito aquém do desejável. À medida que os negócios geram os esperados lucros, estas empresas conseguem aos poucos incrementar suas áreas administrativas e de produção com certa limitação, uma vez que parte dos lucros obtidos também deveria ser empregada no desenvolvimento do empreendimento. Neste momento se depara com outro agravante, os comportamentos empresariais que comprometem grandemente a sustentabilidade dos negócios é uma total falta de definição sobre o que é o caixa da empresa e o que é proveniente do bolso do empresário. Normalmente as contas e as receitas da empresa e dos sócios estão misturadas, implicando em uma dificuldade no controle orçamentário do empreendimento e dos próprios sócios. Esta situação acontece porque não foi estabelecido um planejamento que proporcionasse um roteiro a ser seguido e monitorado para o desenvolvimento destas micros e pequenas empresas.

Segundo Botelho, (2011) uma das formas das micro e pequenas empresas conseguirem recursos no mercado para sua instalação e ou giro, normalmente é através do apoio de um “Anjo Investidor”, pessoa física ou jurídica, investidores de risco objetivando melhores rentabilidades dos seus investimentos, pois as instituições financeiras apesar de terem varias linhas de créditos direcionadas para o segmento, impõem exigências e regras que normalmente as empresas deste porte não conseguem cumprir. A visão de empreendedorismo, desenvolvimento e sucesso necessária e obrigatoriamente esta alicerçada e interligada aos conceitos de sustentabilidade. A conferência de Estocolmo de 1972, abriu os olhos da humanidade para os conceitos ambientais e sociais que estão embutidos no conceito maior de sustentabilidade, no entanto as dificuldades que as MPE’s encontram para a incorporação destas variáveis em seus processos são enormes e ainda crescem com as pressões impostas pela sociedade civil, pelo mercado e pelos governos, com legislação ambiental rígida e com altas multas aplicadas pelo não cumprimento destas leis. Porem as pequenas empresas aglomeradas aproveitam-se de seu conhecimento coletivo e de técnicas de produção adequadas que procuram minimizar ou reaproveitar os resíduos gerados, coordenando seus processos produtivos de maneira a evitar desperdícios, poderão reduzir os seus investimentos em tecnologias de tratamento e ou redução de efluentes que normalmente consomem grande parte dos investimentos.

Para Martins, (2001, p.23) “consiste a terceirização na possibilidade de contratar terceiro para a realização de atividades que não constituem o objeto principal da empresa”. Essa contratação pode envolver tanto a produção de bens como serviços, como ocorre na necessidade de contratação de serviços de limpeza de vigilância ou até de serviços temporários. Adotando a terceirização, a empresa poderá concentrar seus recursos e esforços na sua própria área produtiva, na área em que é especializada, melhorando a qualidade do produto e sua competitividade no mercado. Com isso, pretende-se uma redução de custos, principalmente dos fixos, transformando-os em variáveis, e aumentando os lucros da empresa, gerando eficiência e eficácia em suas ações, além de economia de escala, com a eliminação de desperdícios e serviços desnecessários. Analisando o papel das terceirizações como fomento das atividades empreendedoras e diante do conceito de empreender de maneira sustentável, surge a seguinte questão-problema:

“Como os pilares da sustentabilidade estão presentes no perfil empreendedor de proprietários de micro e pequenas empresas terceirizadas?”

Desta forma, o presente trabalho tem como objetivo analisar a presença dos pilares da sustentabilidade no perfil empreendedor dos proprietários de micro e pequenas empresas terceirizadas no APL – Bonés da cidade de Apucarana – PR, sendo

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