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Teorias Da Comunicação - Francisco Rudiger

Artigo: Teorias Da Comunicação - Francisco Rudiger. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  22/8/2014  •  1.849 Palavras (8 Páginas)  •  1.078 Visualizações

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Capítulo 1. Fundamentos gerais da problemática da comunicação

O início do livro e o capítulo 1 são inteiramente voltados para tentar explicar a origem da comunicação em seu sentido mais puro. Para isso o autor já começa dizendo que o homem não vive sem comunicação. A comunicação que começou a se desenvolver como matéria de reflexão por volta de 1900 principalmente pelo impacto das novas tecnologias de comunicação. O campo que passaria a ser ocupado pela comunicação era agenciado pelo termo propaganda, só após o desenvolvimento de novos meios como o telégrafo é que significado da expressão passou a designar outro sentido. Surgindo outro problema, a diferença entre comunicação social e os meios de comunicação. Daí então o autor deixa bem claro que comunicação não tem nada a ver com tecnologias.

A comunicação tornou-se campo de reflexão teórica para o pensamento e com o nascimento dos modernos meios de comunicação provocou o surgimento de uma série de fenômenos novos, despertando a preocupação das outras disciplinas do conhecimento humano. No século XX houve uma pressão para se fazer um estudo maior acerca da comunicação, então Albion Small com bases nas ideias de que a comunicação serve para enfrentar o problema do isolamento esboça o primeiro tratamento sistemático e organicista do problema de comunicação em sua Introdução ao estudo da sociedade (1984), ele dizia que as pessoas são uma célula terminal ou órgão final de todas as linhas de comunicação, que se irradiam a partir delas para formar a sociedade. Em contraponto, Gabriel Tarde, foi pioneiro na Europa vendo um assunto por um ângulo culturalista, ao analisar o problema da conversação, ele dizia que as conversações diferem segundo a natureza dos participantes, grau de cultura, condição social, profissão e crenças.

O autor então preocupa-se em diferenciar a teórica da comunicação com a publicística, com o estudo da mídia, com a semiótica e com o jornalismo. Sobre a publicística ele diz que é o estudo interdisciplinar e especializado de todas as formas de comunicação pública. O estudo da mídia não é uma ciência, entra no campo da especialização da comunicação voltado para pesquisa com as tecnologias. A semiótica seria uma disciplina auxiliar da publicística e da teoria da comunicação. Por fim o jornalismo se encaixaria mais como uma tecnologia da comunicação ou como uma arte dentro dos processos comunicativos.

Para Rüdiger, um erro dos teóricos foi a maneira como associaram a comunicação social com os meios de comunicação pois têm formas analíticas e originarias diferentes. A Comunicação precede os meios de comunicação, tudo começou no sec. XX com G.Tarde e A.Small, por meio da citação do autor podemos entender melhor “a comunicação representa um processo social primário, com relação ao qual os chamados meios de comunicação de massa são simplesmente a mediação tecnológica: em suas extremidades estão sempre as pessoas, o mundo da vida em sociedade.”. Comunicação então é reservado à interação humana, à troca de mensagem entra seres humanos independente da técnica, estrutura, função, e sentido do ato de comunicar.

O Paradigma de Shannon e Weaver diz que a área da comunicação mesmo sendo demarcada, não se encaixa como uma ciência e sim como um projeto de pesquisa multidisciplinar filosófico, histórico e sociológico.

Capítulo 2. A Escola de Chicago e o interacionismo simbólico.

A escola foi a fundadora da reflexão teórica sobre a comunicação, lançou os fundamentos que iniciou o interacionismo simbólico nas primeiras décadas do século XX. Cooley, Mead e Park, os principais pensadores da escola de Chicago desenvolveram a tese de que a sociedade não pode ser estudada fora dos processos de interação e que esta é constituída simbolicamente pela comunicação. Estes autores mostraram a tendência que modificam os símbolos: a socialização, como fator estruturador. E a individualização, como fator renovador. Ambos dizem que a comunicação não é apenas uma transmissão mecânica de símbolos, mas mecanismo por onde vão se desenvolver as relações sociais.

O capitulo também trata de Hugh Ducan, que enfatizou o poder que está presente nas interações simbólicas diz que estes símbolos são tanto, fontes de significação como esquemas de ação, no qual mantêm certas relações de poder.

Harry Pross seguindo a linha de pensamento do interacionismo simbólico na comunicação assentou aportes para pensar a relação e os meios de comunicação de massa. Ele disse que os sistemas de mídia não são neutros (simples aparatos tecnológicos), mas responsáveis por criação de hábitos, rotinas, disciplinas e mesmo por violências simbólicas.

Capítulo 3. O paradigma funcionalista

O Funcionalismo pode ser definido como uma corrente de fundamentação do pensamento sociológico, para o qual os processos de ação social se estruturam em sistemas que procuram reduzir as tensões do mundo da vida e manter o equilibrado o funcionamento da sociedade. A sociedade deve ser estudada como um sistema complexo de relações funcionais visando solucionar problemas surgidos no curso da vida em comum.

Enquanto os sociólogos da escola de Chicago depositaram no conceito de símbolo a base para organizar a comunicação/sociedade, os funcionalistas a tiveram no conceito de sistema. A ação social se estrutura em sistema, e os sistemas sociais não podem se constituir sem comunicação (sendo, no contemporâneo, caracterizadas pela mediação das diversas formas de mídia).

Para o Rüdiger, teóricos como H. Lasswell, W. Lippmann, E. Bernay foram pioneiros em estudar como as ações sociais das mídias de difusão estruturam e mantêm em equilíbrio o funcionamento sistêmico da sociedade. Lippmann e Bernay, especificamente, foram emblemáticos por demonstrarem como as pessoas são incapazes de agir sem os sistemas de mídia formadores de opinião.

N. Luhmann, um dos autores mais ricos desta escola, “a comunicação é um meio de agir sobre os outros para obtermos a satisfação de nossas necessidades, constitui um processo intencional, pelo qual as pessoas influenciam o comportamento dos demais, levando-os a realizar certas ações. A comunicação de massa cria novas estruturas de sentido (e não simplesmente “influencia” as pessoas). As mediações tecnológicas não se reduzem a “veículos de transmissão”. Elas são distribuidoras de estruturas de sentido e mecanismo de coordenação social. O avanço do funcionalismo de Luhmann permaneceria, precisamente, em ter formulado uma teoria da mídia como processual, sistemática

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