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Teorias Da Globalização

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Por:   •  16/6/2014  •  3.020 Palavras (13 Páginas)  •  525 Visualizações

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Teorias da Globalização

Segundo Otavio Ianni, a globalização pode ser dividida em estágios: 1º – ao seu estágio de instauração do trabalho livre, a mercantilização da produção e a organização do mundo sob a forma dos Estados Nacionais; 2º - correspondem ao processo de industrialização e implantação do capitalismo no mundo, por meio das relações internacionais de dependência política e econômica, submetendo as periferias as nações imperialistas; 3º - corresponde ao que se costuma chamar de globalização. O capitalismo entra em sua fase planetária, tendo como centro hegemônico os EUA.

O atual processo histórico capitalista, em que caíram por terra os modelos alternativos ao capitalismo, em especial o comunismo, tem sido afirmado como correspondente a globalização. Suas principais características são, enfraquecimento dos Estados Nacionais, a formação de organismos internacionais para a administração econômica, social e política, como a ONU – Organização das Nações Unidas; o FMI- Fundo Monetário Internacional, e o BIRD – Banco Mundial. A informática passou a revolucionar a produção de bens e a divisão internacional do trabalho com o advento da comunicação em massa por meio das mídias digitais. O capitalismo entra em sua fase efetivamente planetária, tendo como centro hegemônico os Estados Unidos. A racionalização econômica atinge níveis jamais pensados e as relações internacionais se redefinem.

Pós-Modernidade

A globalização, tem sido sinônimo de outros processos característicos da história contemporânea, entre eles o mais conhecido é o da Pós-modernidade. Criado no campo das artes visuais e da arquitetura, o conceito de pós-modernidade procurava designar uma postura de ruptura com tudo que caracterizou a produção artística da modernidade.

Por outro lado, Jurgens Habermas identifica o que chamou de “projeto da Modernidade” como um conjunto de tendências alimentadas pelos filósofos iluministas, tais como a crença no pensamento científico, o papel da moralidade na condução da vida humana e o universalismo do pensamento e das formas de organização da sociedade. A pós-Modernidade seria então o período que corresponde à superação desse modelo de compreensão do mundo.

A pós-Modernidade passou a ser identificada com fatores que deveriam estar, antes de tudo, na sua gênese: a emergência da informática nas relações econômicas, na produção e na comunicação entre as pessoas; a decadência dos regimes comunistas no mundo, o fim da produção industrial em massa e o desencanto generalizado em relação às expectativas idealistas da filosofia e da ciência moderna. Foi desse modo que a Pós-Modernidade passou a ser sinônimo da globalização como reação da cultura, em diferentes pontos do mundo, à crise de paradigmas que a globalização promoveu.

Informática e automação

O desenvolvimento da informática, da automação e das telecomunicações foi fator decisivo na constituição da globalização, pois os processos produtivos passaram a se tornar mais integrados, centralizados e planejados. A comunicação em rede, por sua vez, possibilitou novas formas de cooperação e articulação por todo o planeta.

A informática passou a fazer parte do dia a dia das pessoas, dos sistemas de defesa, da comunicação, da engenharia genética e, principalmente, da produção e do mercado. A agilidade da produção, das trocas comerciais e dos fluxos financeiros deu à economia um ritmo impensável anteriormente, propiciando a mercantilização das relações sociais que assistimos na globalização e que alguns autores chamam de mercado-rede – uma entidade reguladora das ações econômicas e políticas da sociedade que atua em nível internacional.

A informatização acabou gerando modificações radicais nos processos produtivos, levando a uma reengenharia industrial com a adoção crescente de sistemas automatizados em substituição à mão de obra humana. O resultado é uma grande onda de desemprego que afeta o mundo todo, além da obsolência de tecnologias, até há pouco tempo usadas, e de profissões, que se tornaram desnecessárias da noite para o dia. Como consequência, a economia informal se desenvolve, com legiões de pessoas tentando sobreviver de atividades temporárias ou insólitas. Aumenta a exclusão social e o empobrecimento das regiões e países periféricos.

Mas, mesmo diante dessas consequências, as tecnologias de informação tornaram-se protagonistas das novas relações sociais em um globalizado, promovendo fusões de empresas, departamentos e processos produtivos. As unidades são substituídas por redes, e todas essas conjugações se baseiam em conexões tecnológicas as quais geram um novo princípio de pertencimento muito diferente do nacionalismo, da vizinhança ou do parentesco. Estar perto, pertencer, participar é conectar-se, é ter a senha o código de acesso.

Desterritorialização

A comunicação em rede e a globalização repercutiam de forma decisiva nas concepções de tempo e espaço das pessoas. Passamos a conviver com um desenraizamento que, se já existia desde o advento dos meios de comunicação, se aprofunda e alarga. Emergem novos processos de aproximação e afastamento – sentimo-nos mais distanciados de nossos vizinhos e, muitas vezes, mas irmanados de pessoas que sequer conhecemos, mas com as quais estabelecemos relações de troca e dependência. Isso sem mencionar que a aplicação da tecnologia tem transformado o ambiente e o habitat das cidades, tornando-as muito semelhantes umas às outras.

Mas a desterritorialização tem a ver também com a perda de importância do território nacional, com a transnacionalização da economia, com as fusões empresariais que competem em poder e riqueza com a nação. Diz respeito também a novas alianças que unem blocos regionais mais amplos, enfraquecendo as fronteiras nacionais e as delimitações do Estado. Mais abstratos, os territórios, as fronteiras, as vizinhanças precisam ser constantemente atualizados ou redefinidos.

Metropolização

As cidades tornaram-se os nós mais importantes dessa rede globalizada e para fluem pessoas de diferentes origens étnicas, religiosas e raciais. Em razão disso e da opção pelos materiais industriais e pela alta tecnologia, esses centros vão se tornando cada vez mais parecidos. O crescimento dessa malha urbana plural e múltipla forma as grandes metrópoles que sediam os acontecimentos do mundo contemporâneo. A cidade passa a adquirir novo formato e nova função – pois torna-se o entroncamento de fluxos

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