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Por:   •  18/11/2014  •  653 Palavras (3 Páginas)  •  521 Visualizações

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http://www.ie.ufrj.br/hpp/intranet/pdfs/texto_no._1_globalizacao_economica.pdf

1. Que trajetória teve a palavra “globalização”?

Nos últimos vinte ou trinta anos, houve importantes transformações em escala

mundial. Essas transformações globais têm abrangido as esferas econômica, política, jurídica,

institucional, social, cultural, ambiental, geográfica, demográfica, militar e geopolítica. No

entanto, somente a partir de meados da década de 90 do século XX é que a palavra

“globalização” passou a ser difundida para descrever essas transformações. A difusão dessa

palavra tem sido marcada, freqüentemente, pela chamada síndrome do “samba-enredo”,

isto é, a palavra “globalização” tem se caracterizado por ter muito mais “alegoria” do que

“enredo”.

O uso frouxo da palavra tem sido acompanhado de evidências pontuais como, por exemplo, a

redução dos custos dos telefonemas internacionais, a criação da internet, e a pasteurização

cultural por meio da expansão da indústria norte-americana de entretenimento.

Mesmo autores importantes tendem ao uso pouco rigoroso do conceito. Por exemplo,

Eric Hobsbawm, um dos mais destacados historiadores da atualidade, escorrega na

redundância quando afirma que globalização “é uma divisão mundial cada vez mais elaborada

e complexa de trabalho; uma rede cada vez maior de fluxos e intercâmbios que ligam todas as

partes da economia mundial ao sistema global.” (Hobsbawm, 1994, p. 92). O sociólogo

Otávio Ianni, um dos mais importantes do país, depois de fazer uma estupenda resenha das

teorias da globalização, nos deixa órfãos quanto a uma definição mais precisa. Quando trata

especificamente da economia, Ianni (1995, p. 17-18) deixa a entender que globalização refere-

se ao momento atual, quando “toda economia nacional, seja qual for, torna-se província da

1

Capítulo 1 do livro de Reinaldo Gonçalves, O Nó Econômico, Editora Record, Rio de Janeiro,

2002. 2

economia global. O modo capitalista de produção entra em uma época propriamente global, e

não apenas internacional ou multinacional. Assim, o mercado, as forças produtivas, a nova

divisão internacional do trabalho, a reprodução ampliada do capital, desenvolvem-se em

escala mundial.”

A ausência de um tratamento mais preciso da palavra “globalização” tem implicado no

seu uso abusivo. Assim, a globalização tende a ser um verdadeiro “deus ex-machina”, que

apareceu no cenário internacional no final do século XX para explicar tudo ou quase tudo, da

expansão da televisão a cabo às crises cambiais recorrentes experimentadas pela economia

brasileira. A globalização, também, tem sido usada para justificar o fracasso de modelos

econômicos (neoliberais) na América Latina ou o desempenho medíocre da política externa

brasileira. O uso frouxo e, até mesmo leviano da palavra “globalização” tem provocado o uso

abusivo, quando não ridículo, da famosa expressão que “a globalização trás oportunidades e

riscos”. O uso dessa expressão esconde, quase que invariavelmente, a incapacidade de se

definir claramente a própria natureza do fenômeno.

No entanto, há um grupo de analistas que se coloca no outro extremo e tende a negar o

próprio conceito. Segundo esse grupo, as transformações econômicas do final do século XX

tenderam a reafirmar tendências seculares, isto é, os movimentos de internacionalização ou

mundialização já observados no final do século XIX. Por exemplo, Hirst e Thompson (1996,

p. 16) comparam alguns indicadores de integração econômica a nível mundial nas últimas

décadas do século XIX com indicadores no final do século XX. Eles chegam a conclusão que

as diferenças não são muito significativas. Esses autores argumentam que globalização seria a

predominância do modelo de uma economia global no qual cada economia nacional seria

permeada e transformada pelas relações internacionais. Contudo, eles afirmam que no

sistema

atual “as principais entidades são as economias nacionais”. Nesse sentido, tendem a rejeitar o

uso da palavra “globalização” para descrever as transformações das últimas décadas.

http://www.ie.ufrj.br/hpp/intranet/pdfs/texto_no._1_globalizacao_economica.pdf

Analisando as colocações e entendendo que se trata de um modismo, há de se tomar o

cuidado para não ser mais prejudicial que benéfico, como sabemos faz se necessário que

o conhecimento e a administração, cuide para que não torne uma coisa infundada e tome

rumos que posteriormente não se revertam, os estudos devem avançar e resguardar as

partes envolvidas de danos maiores dos que já estão instalados.

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