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A Conceituação lógica de públicos

Por:   •  3/12/2017  •  Trabalho acadêmico  •  827 Palavras (4 Páginas)  •  458 Visualizações

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Conceituação lógica de públicos

Para se obter um mapeamento de públicos independente do setor em que atua, primeiro deve-se entender o que é uma conceituação lógica. Fábio França, autor do artigo “Conceituação lógica de públicos em Relações Públicas” diz que “a conceituação lógica leva à identificação precisa dos públicos, facilita o planejamento das mensagens, permite determinar de maneira precisa os veículos a serem dirigidos a cada público, evitando-se a produção de peças inadequadas e até reduzindo custos”. Ou seja, não importa em qual categoria seu público está classificado, o que realmente fará a diferença é o relacionamento entre a organização e o público, como deve aproxima-lo, como trata-lo e qual o meu objetivo como empresa para com o meu público.

Alguns autores dão diferentes significados para públicos, mas segundo França (2008), “[…] público é um grupo de pessoas com interesses comuns que se vê diante de uma controvérsia e procura resolvê-la por meio do debate ”, sem os públicos, não há desenvolvimento e muito menos sucesso de uma organização, pois ambos possuem interesses de lucratividade e produtividade, é uma base sustentada por interesses promocionais, institucionais e de desenvolvimento. Cada público possui para uma instituição uma importância singular, na conceituação lógica do Fábio França, eles podem ter três classificações diferentes: essenciais, não-essenciais e redes de interferência.

Públicos essenciais são fundamentas juridicamente ou não para uma organização, há um grau de dependência por parte da organização, pois ela precisa desses públicos para ser constituída. Esse tipo de público possui duas divisões: os Constitutivos, aqueles que a empresa necessita para sua existência, execução das atividades-fim; como por exemplo os donos dos negócios, investidores, acionistas etc. e os Não-Constitutivos, que também possuem sua importância, mas não atinge a empresa diretamente, porém são eles que ajudam nas atividades-fim, na manutenção da produtividade e lucratividade e visualização perante o mercado, como por exemplo os fornecedores, empregados, consumidores etc.

Os públicos não-essenciais, são aqueles que participam das atividades-meio ao invés das atividades-fim, estão mais ligados a prestação de serviço, atuando externamente ou não na promoção mercadológica e institucional da empresa, e ainda intermediando relacionamentos sociais e políticos. Dentro desta classificação, possuem quatro divisões: de Consultoria e Promoção, que atuam externamente prestando serviços, oferecendo colaboração qualificada, como por exemplo as agências de comunicação, campanhas publicitárias, ajudando a ter credibilidade e visibilidade; Setoriais Associativo, são representados por associações  de classe e possuem interesses corporativos, defendendo interesses coletivos e governamentais, por exemplo conselhos, federações das industrias, associações de classe etc.; Setoriais Sindicais, são aqueles representados pelos sindicatos ou de trabalhadores que defendem interesses comuns, por exemplo Sindicato dos Trabalhadores e patronais e por último a de Públicos Comunitários, merecem grande atenção das organizações, pois na comunidade existem muitos públicos de interesse para a empresa, seus públicos essenciais são formadores do sistema administrativo-jurídico-político da comunidade e não-essenciais são as organizações e associações da comunidade, por exemplo os poderes Legislativo, Executivo e judiciário, além das Ong’s, jovens e escolas.

E a última categoria de públicos, de redes de interferência que são representados por públicos especiais do cenário externo, dividido em comunicação de massa que são as mídias eletrônicas e impressas e concorrentes, exercendo fortes influências junto ao mercado e opinião pública, o que pode prejudicar ou favorecer uma empresa por conta do poder de liderança operacional.

Além de conhecer os tipos de públicos, é imprescindível saber identifica-los e definir o grau de interdependência de maneira lógica, de acordo com cada necessidade. Para identifica-los é preciso seguir alguns passos, em uma espécie de roteiro, como: Identificar e listar todos os públicos de interesse da organização na visão corporativa de que a organização deve se relacionar com todos os públicos estratégicos; Selecionar do rol geral os públicos de interesse específico da organização e determinar o seu tipo e o seu perfil; Estudar a cultura dos públicos para conhece-los dentro de seu contexto social e para garantir o estabelecimento de interatividade duradoura com eles; Analisar o tipo de relacionamento com seus públicos em seus pontos fortes e fracos; Definir quais são os objetivos do relacionamento com esses públicos; Determinar quais são as expectativas da organização nessa relação, Analisar o nível de interdependência empresa-públicos: grau de interação, dependência – total, parcial, permanente, sazonal – importância (prioridade) desses públicos; Descrever o nível de participação do público na empresa; Avaliar o nível de envolvimento da organização com os públicos; Compreender e atender as expectativas do público em relação à organização. Criar e manter um processo efetivo de comunicação com os públicos e utilizar a pesquisa para garantir a compreensão e a qualidade constante dos relacionamentos desenvolvidos no decorrer do tempo.

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