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A Liderança de Equipes

Por:   •  26/5/2020  •  Trabalho acadêmico  •  3.680 Palavras (15 Páginas)  •  219 Visualizações

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Atividade individual
Matriz Plano de Liderança

Disciplina: Liderança de Equipes

Módulo: 01-20

Aluno: NICOLAS SILVA MENDES

Turma: ECEMAR – TURMA 7

Tarefa: Plano de Liderança

Introdução

A Centauro Construções S.A. é uma empresa de construção civil que conta com 10 anos de experiência no mercado e, visando a uma evolução em suas atividades, a empresa precisa organizar seu quadro de funcionários para a realização de um novo projeto, a construção de uma barragem, a qual demandará de sua equipe um trabalho conjunto.

Para essa tarefa, a empresa possui 30 funcionários com formações diversas, engenheiros de diferentes áreas, arquitetos, ecologistas, especialistas em recursos hídricos, etc, com perfis variados, distribuídos pelas gerações X e Y.

Como alguns desses funcionários foram contratados recentemente e ainda não conhecem totalmente a cultura da empresa, além de a maioria deles nunca ter trabalhado em conjunto, em uma mesma empreitada, a Centauro Construções contratou a NSM Consultoria para elaborar um Plano de Liderança, a fim de de assossorar a empresa na transformação desse grupo de funcionários em uma equipe de alto rendimento.

Segundo Maxwell (2007, p. 18), nada significativo foi alcançado por um indivíduo agindo sozinho, ou seja, em outras palavras, grandes feitos na história foram alcançados graças ao trabalho em equipe. Além disso, quando o próposito é aperfeiçoar e incrementar a produtividade e o desenvolvimento da empresa, ao abordar o tema trabalho em equipe, o estudo sobre a liderança é fundamental para que a estratégia traçada seja bem-sucedida.

Dessa forma, este Plano tem como objetivo principal apresentar à Centauro Construções S.A. conhecimentos para que seu grupo de 30 funcionários possa ser transformado em uma equipe de alto rendimento. Para isso, o presente Plano visa a possibilitar que a empresa saiba reconhecer a importância da comunicação corporativa para a formação de equipes produtivas; qual o perfil desejado do líder que conduzirá essa equipe; qual o estilo de liderança mais apropriado para transformar o grupo descrito em uma equipe de alta performance; e quais são os papéis fundamentais a serem desenvolvidos nas equipes de alto desempenho.

Considerando que a empresa possui uma rede de relações entre pessoas e grupos interdependentes, a comunicação corporativa precisa ser planejada e trabalhada no dia a dia de forma estratégica, como por exemplo, por meio de um Plano de Comunicação, a fim de ser eficiente na gestão dos relacionamentos e dos negócios da empresa.

Nesse contexto, os desafios do papel do líder na comunicação da empresa são inúmeros, pois ele precisa fazer com que os membros da equipe troquem as informações necessárias entre si, a fim de que os processos não travem. Além disso, o Líder precisa conhecer os processos da empresa e como compartilhá-los com a equipe, assim como necessita saber identificar e evitar os ruídos na comunicação. Para isso, é preciso que o Líder possua o Perfil de Liderança mais adequado para a tarefa, bem como seja capaz de adotar o Estilo de Liderança que melhor se enquadre ao projeto.

Com base no que foi introduzido, ressalta-se a importância do presente Plano de Liderança e dos conceitos que serão apresentados a seguir, pois o conhecimento das principais teorias sobre as equipes de alta performance e de seus papéis fundamentais a serem desenvolvidos, assim como sobre a atuação do líder como construtor de resultados e avaliador de desempenho, são fundamentais para que a tarefa traçada pela empresa seja concluída pela equipe de forma eficiente e eficaz.

Desenvolvimento

Segundo a Teoria das Relações Humanas de Mayo (Vianna et al., 2020), a interação entre a organização formal da empresa e a organização informal dos funcionários tornou-se item fundamental na área de Gestão de Pessoas.

Nesse contexto, para se obter sucesso na gestão de pessoas, a comunicação é fundamental. Como esclarece Vianna et al. (2020), a comunicação corporativa é um caso especial da comunicação e diz respeito às mensagens que circulam sobre e dentro da empresa.

Diante da importância da comunicação interna nas organizações, em especial para este caso da Centauro Construções, o princípio a ser aplicado à equipe em formação deve fazer circular um informação procedente, firme, sem ambiguidades e, dessa forma, evitar ruídos, boatos e distorções.

Em resumo, o processo de comunicação é composto pelsos seguintes elementos:

ELEMENTO

FUNÇÃO/PAPEL

Emissor

Quem manda a mensagem.

Receptor

Quem recebe a mensagem.

Mensagem

Conteúdo propriamente dito. Pode ser estruturada com palavras, sons ou imagens, mas precisa corresponder às intenções do receptor.

Meio

Veículo utilizado para enviar a mensagem, como jornal, TV, site, blog, Twitter, e-mail, etc.

Código

Conjunto dos recursos e das regras para compor a mensagem.

Canal

Dispositivo acionado para receber a mensagem, nossos sentidos.

Quadro 1 – Elementos do Processo de Comunicação. Fonte: adaptado de Vianna et al. (2020)

Como um exemplo de má condução da comunicação interna, cito uma experiência compartilhada por meu pai quando trabalhou em uma empresa de temperos. Nesta, havia um colega desrespeitoso e de linguajar ofensivo. Meu pai nunca disse nada sobre isso para ele, apesar de compartilhar com a família e amigos seu descontentamento com este indivíduo. Os demais funcionários também nunca disseram nada e o gerente, mesmo ciente dessa postura, não tentou conversar com o funcionário desrespeitoso para evitar conflitos. Pelo contrário, todos da empresa reclamaram entre si e fizeram fofoca sobre o problema. Como resultado, o moral da equipe se deteriorou até que dois empregados pediram demissão, acreditando que a organização tolerava aquele tipo de comportamento agressivo.

Dentro do processo de comunicação, a mensagem é o elemento chave, uma vez que, sem mensagem não existe comunicação. Por isso, ela deve ser clara, precisa e concisa. Para evitar ruídos, boatos e distorções, é preciso planejar a comunicação corporativa, pois, se no passado a comunicação tinha a missão de apenas repassar as notícias e comunicados internamente, hoje ela precisa ser facilitadora, consultora e instrutora, para bem conduzir os diálogos internos da organização.

Assim, segundo Vilvert (2019) não existe uma “receita de bolo” para criar um plano de comunicação mas, após dar o primeiro passo que é definir o objetivo geral da comunicação da empresa, podemos começar a pensar em estruturar nosso plano com as respostas básicas para as seguintes perguntas:

  • Quem? - ou “para quem” vamos comunicar.
  • O quê? - quais informações precisamos passar aos colaboradores.
  • Como? - de que forma vamos passar essa mensagem.
  • Onde? - em qual canal o colaborador deve receber essa informação.
  • Quando? - em que momento a informação é necessária ao colaborador.
  • Por quê? - qual a necessidade o colaborador tem de saber essa informação.

Diante do exposto, a sugestão é que a Centauro implemente um Plano de Comunicação Coorporativa que englobe:

[pic 3]

Quadro 2 – Elementos do Plano de Comunicação Corporativa. Fonte: adaptado de Vianna et al. (2020) e Vilvert (2019)

Para Rosana (2020), uma comunicação interna constante e verdadeira com seus colaboradores é fundamental para que eles se sintam mais importantes e reconhecidos dentro da organização. Desse modo, estarão mais dispostos e motivados para realizar suas atividades, gerando melhores resultados no que se refere ao aumento de produtividade e ganhos financeiros. Portanto, uma comunicação de qualidade torna o clima organizacional muito melhor e mais agradável, fazendo com que os profissionais se sintam mais a valorizados em seu trabalho e mais satisfeitos com a empresa.

Para isso, a Centauro Construções, após estabelever seu plano de Comunicações, precisa ainda adotar ações facilitadoras ao seu processo de comunicação que, de acordo com Vianna et al. (2020), podem ser:

  • Transmitir uma mensagem pontual, clara e concisa;
  • Utilizar um código claro, adequado ao receptor e que não deixe margem para ambiguidades;
  • Selecionar o veículo na modalidade que mais se adapte às circunstâncias envolvidas no processo de formação dessa nova equipe, que é composta de profissões e gerações diferentes, com funcionários novos e antigos;
  • Examinar possíveis fontes de distorção na relação entre emissor e receptor, como as barreiras de código, os fatores emocionais adversos, as diferenças de faixa etária, o gênero e as crenças, principalmente as religiosas; e
  • Selecionar os canais mais adequados para cada geração e cada realidade dos membros da equipe.

O líder da equipe deverá ser o seu principal facilitador, ele será a pessoa que irá fazer com que os colaboradores troquem as informações necessárias para que os processos não sejam travados, assim, ele deve conhecer todos os processos e como compartilhá-los, e saber identificar e evitar ruídos na comunicação. Para isso, o Líder precisa ter o perfil adequado e adotar o estilo de liderança que melhor se enquadre na transformação deste novo grupo em uma equipe de alto rendimento.

A lideraça e a formação de grupos e equipes estão intimamente relacionadas. Em sua teoria sobre o comportamento humano (Vianna et al., 2020), Kurt Lewin enfatiza que as mudanças empreendidas pelas pessoas, ao chegarem a um grupo novo, são elementos essenciais para sua construção. Em outras palavras, ao chegarem a novos grupos, as pessoas vindas de algum lugar, precisam abandonar certas crenças para poderem se abrir a esses grupos. Segundo o autor, durante a construção de um grupo, podemos identificar três movimentos: Degelo (ao chegar a um grupo pela primeira vez, cada pessoa produz ali uma mudança); Movimentação (após a fase das quebras de certeza, o grupo pode se mover para outro nível de organização, com outros pressupostos e outras crenças); e Recongelamento (para promover sua estabilização, o grupo tende a se recongelar, de modo a se proteger de uma eventual regressão aos antigos patamares).

No processo de formação de equipes, o papel do líder é o de demonstrar-se capaz de comunicar, claramente, as expectativas quanto ao desempenho da tarefa, desempenhar o papel de conciliador nos conflitos que surgirem, aparar as arestas do relacionamento, reforçar as competências de cada um, sem melindrar ou demonstrar favoritismo, e conseguir ajudar cada um na explicitação de suas melhores habilidades.

No caso da Centauro Construções, como os 30 funcionários formarão inicialmente um grupo, caberá ao líder conduzir e facilitar a transformação desse grupo em uma equipe. Nesse cenário, segundo Vianna et Al. (2020), o perfil desejado do Líder que conduzirá essa equipe é o de uma pessoa que:

  • tenha autoconhecimento e seja capaz de exercer sua autoliderança;
  • seja capaz de entusiasmar o grupo para a construção da barragem;
  • seja confiável, para que o grupo possa sentir que terá o apoio dele quando necessário;
  • seja imparcial e justo e não se envolva emocionalmente na disputa quando tiver que atuar como um mediador de conflitos;
  • conheça a fundo toda a tarefa e conquiste o respeito do grupo por seu conhecimento;
  • saiba ouvir as sugestões de todos, mesmo que estas não sejam aplicadas de imediato;
  • saiba dar e receber feedbacks com isenção e sem ressentimentos;
  • demonstre empatia e saiba se colocar no lugar do outro;
  • seja muito claro e objetivo na comunicação com todos da equipe, a fim de evitar boatos e ruídos na comunicação interna; e
  • seja um gerenciador de talentos, com a habilidade de designar cada mebro do grupo para executar o papel que melhor lhe couber.

Ao ler todas essas qualidades, pode-se identificar o perfil ideal do líder como o de um “super homem”, mas, em resumo, o líder precisa conhecer bem essas qualidades e saber adotar um perfil humanista, que valorize o talento e a dedicação dos membros de sua equipe, para que sejam funcionários satisfeitos, pró-ativos, solícitos e que se sintam a vontade realizando seu trabalho.

Para exemplificar, um caso de sucesso da boa aplicação de algumas características do perfil de liderança mencionado, podemos citar o famoso caso de Steve Jobs e a Apple, no qual ele conseguiu funcionários completamente comprometidos com os objetivos da empresa e, como resultados, obteve mais do que consumidores, mas sim fãs dos seus produtos.

Contudo, se as pessoas com quem a liderança irá trabalhar formarem apenas um grupo, como já foi mencionado, caberá ao líder gerar a transformação desse grupo em equipe. Caso contrário, corre-se o risco do fracasso na busca pelos resultados organizacionais. Como no caso da Centauro Construções o objetivo principal é transformar o grupo em uma equipe de alto rendimento, faz-se importante ainda destacar alguns dos principais estilos de liderança e suas características principais, conforme elucidadas por Vianna et Al. (2020) e resumidas a seguir.

A Liderança autocrática é aquela que mais se aproxima de uma chefia instituída do que de lideranças propriamente ditas, na mendida em que determina as normas e as punições, estabelece os prazos, define as prioridades e organiza as escalas e os processos de trabalho.

Já a Liderança democrática é aquela caracterizada por líderes equidistantes dos liderados, ainda que no organograma da empresa estejam no topo da pirâmide. Este líder deixa clara sua intenção em compartilhar decisões, privilegia a troca de ideias, está sempre pedindo opinião e é hábil em elogios sinceros e cordial nas críticas construtivas.

A Liderança laissez-faire é aquela que deixa fazer, sem intervir ou intervindo pouco. Dessa forma, o líder laissez-faire não distribui tarefas, não delimita prazos, não estabelece metas e não organiza o trabalho.

Existe ainda a liderança mista, que é aquela na qual, em determinadas situações, pode utilizar mais de um tipo de liderança ao mesmo tempo.

A liderança situacional, que pode ser confundida com a liderança mista, é aquela na qual o líder é capaz de alternar diferentes tipos de liderança, dependendo da situação, da tarefa e, principalmente, do perfil da equipe com a qual irá trabalhar.

No caso específico da construção da barragem, a liderança, além de suas atribuições normais de planejar e gerenciar as atividades, poderá ter que enfrentar inúmeras adversidades, como a meteorologia desfavorável gerando atrasos no cronograma e problemas nas condições de trabalho, o atraso na entrega de materiais gerando conflito entre membros da equipe, desentendimentos entre funcionários das gerações X e Y, conflitos entre os empregados mais antigos e os recém-contratados, ou até mesmo um acidente de trabalho envolvendo danos físicos aos funcionários. Com isso, entende-se que a Liderança Situacional seja a mais adequada para conduzir essa tarefa pois, de acordo com Vianna et al. (2020), o líder situacional, sendo capaz de alternar diferentes tipos de liderança, consegue manejar uma situação nova, por vezes inesperada, tem muita flexibilidade para aceitar sugestões, ouve contribuições e ajuda a equipe a se organizar rapidamente, sempre em função da tarefa exigida pela situação.

Como exemplo de aplicação do estilo de liderança situacional, destaco o caso do resgate das vítmas do acidente do GOL 1907, que caiu na Serra do Cachimbo em 2006. Ao ser designado para chefiar a missão, o Brigadeiro do CENIPA (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos) teve que, inicialmente, adotar uma liderança autocrática, para definir o cronograma de atividades e o grupo que iniciaria os trabalhos. Após tais definições, assumiu a liderança democrátiva, ao ouvir todos os especialistas das equipes de resgate a fim de adotar a melhor estratégia para acessar os destroços no meio da selva. Já durante as buscas pelos corpos, com os homens de resgate espalhados no meio da selva e sem comunicação com a base de comando, teve que assumir uma postura laissez-faire e deixar que os especialistas utilizassem suas habilidades para executar as buscas da melhor forma, sem ser possível gerenciar a situação ou emitir quaisquer diretivas. No fim, a missão foi um sucesso, todos os corpos foram resgatados e a história registrada no livro “Ninguém ficou para trás”, escrito por Tereza Kersul em 2016.

Identificado o estilo ideal de liderança, esta deve seguir alguns passos necessários à transformação do seu grupo em equipe. De acordo com Vianna et al. (2020), o primeiro passo é desconfirmar o status inicial do grupo e indicar o status almejado, ou seja, o líder deve incentivar o grupo a níveis mais estáveis de amadurecimento. O segundo passo é trabalhar a transição, quando a liderança terá de se preocupar em direcionar as pessoas e prover uma estrutura emocional que as encoraje a se transformar. O terceiro e último passo para transformar um grupo em equipe é a confirmação de que o desejado status futuro foi alcançado.

A liderança e a equipe devem caminhar sempre juntas. Onde houver uma equipe, haverá um líder promovendo o progresso da mesma e, mesmo quando esta equipe alcançar a alta performance, o trabalho do líder não estará encerrado, pois este continuará a ser um facilitador e o responsável por continuar designando cada membro para o papel que melhor lhe couber em cada tarefa.

Em suma, o líder é essencial na identificação dos membros mais adequados para desempenhar os papéis fundamentais a serem desenvolvidos nas equipes de alto desempenho. Segundo Vianna et al. (2020), esses papéis fundamentais são:

  • Criador – pessoa com características de criatividade e que põe em prática as ideias novas e criativas.
  • Vinculador – possui características agregadoras e é bem aceito por todos do grupo, com isso, é o ideal para coordenar e integrar a equipe.
  • Consultor – tem curiosidade aguçada e interesse em aprender coisas novas, é aquele que encoraja e pesquisa informações adicionais.
  • Mantenedor – aquele que “veste a camisa“ da equipe e trava combates externos. Busca manter a equipe equilibrada e harmoniosa, independente dos ataques recebidos do ambiente externo.
  • Controlador - pessoa centralizadora e perfeccionista, que examina os detalhes e aplica as regras. Nem sempre é muito bem-visto pelas pessoas da equipe, mas é importante para controlar os processos, os detalhes e as regras.
  • Produtor – pessoa com foco no resultado, que provê direção e acompanhamento.
  • Organizador – pessoa detalhista, com foco na organização, é a indicada para estabelecer a estrutura da tarefa.
  • Assessor – pessoa calma, paciente e que sabe ouvir todas as opiniões, é o ideal para analisar perspicazmente todas as opções. 
  • Promotor – tem habilidade em se comunicar, sendo oideal para defender as ideias que foram praticadas.

Criar uma equipe bem-sucedida já é um trabalho difícil, em especial nesse caso específico da Centauro Construções, no qual o grupo inicial é formado por pessoas de diferentes profissões, gerações e com funcionários antigos e recém-contratados. Em que pesem as dificuldades, caberá ao líder identificar as características psicológicas de cada membro da equipe, a fim de alocar a cada um o melhor papel, de acordo com as tarefas que forem apresentadas.

Para exemplificar a distribuição dos papéis dentro da equipe, cito a celebração do aniversário de 40 anos da Organização GAMA, ocorrido em 2019. Para planejar e organizar o evento, foi necessário montar uma equipe com os próprios militares da Unidade, o que já foi um tema delicado, por gerar atividades extras para todos os envolvidos. Assim, para estabelecer e controlar o cronograma de atividades, foi escolhido o oficial da seção de controle, que era famoso por organizar toda a sua vida em planilhas (ele assumiu o papel de controlador). O Chefe da Seção de Relações Públicas, por sua desenvoltura, desempenhou o papel de promotor. Um Sargento super criativo, ficou responsável por trazer as ideias de eventos que tornassem a celebração impar para os participantes. Já o Graduado Padrão da Unidade, muito bem-quisto por todos, fez as trataivas com o RH da Base para que os membros da equipe não fossem escalados para outros serviços durante a organização do aniversário e, com isso, acabou assumindo os papéis de vinculador e mantenedor. Enfim, outros papéis também foram bem-desempenhados, a equipe manteve-se unida e a celebração dos 40 anos foi um sucesso.

Por fim, segundo Vianna et al. (2020), uma equipe de alto desempenho é aquela que sabe desempenhar suas atividades com eficiência e eficácia, além de cooperar para o crescimento profissional dos envolvidos, para o desenvolvimento da empresa e para o aperfeiçoamento da equipe.

Considerações finais

O presente Plano de Liderança teve como objetivo principal apresentar à Centauro Construções S.A. os conhecimentos necessários para que seu grupo de 30 funcionários designados para a construção de uma barragem possa ser transformado em uma equipe de alto rendimento.

Para isso, inicialmente, foi ressaltada a importância da comunicação corporativa na formação de equipes produtivas, uma vez que a comunicação influencia diretamente no desempenho da organização e contribui para a integração dos colaboradores e da liderança. Uma comunicação interna constante e verdadeira com seus funcionários é fundamental para que eles se sintam mais reconhecidos, dispostos e motivados para realizar suas atividades, gerando melhores resultados no que se refere ao aumento de produtividade. Como principal ferramenta, foram destacados os elementos que compõem um Plano de Comunicação Coorporativa.

Em seguida, ressaltou-se que o líder da equipe deverá ser o principal facilitador da comunicação interna e, na medida em que a lideraça e a formação de equipes estão intimamente relacionadas, o líder será a pessoa responsável por fazer com que os colaboradores troquem as informações necessárias entre si. Além disso, caberá ao líder conduzir e facilitar a transformação desse grupo em uma equipe. Para isso, foram apresentadas as principais características do perfil desejado para o líder que conduzirá a equipe, como sendo uma pessoa que tenha aoutoconhecimento, demonstre empatia, saiba ouvir, dê feedbacks oportunos, dentre outras.

Após apresentado o perfil, foi proposta a liderança situacional como sendo o estilo de liderança mais apropriado para transformar o grupo descrito em uma equipe de alta performance, no sentido de que o líder situacional é capaz de alternar diferentes tipos de liderança, consegue manejar uma situação nova, por vezes inesperada, tem muita flexibilidade para aceitar sugestões, ouve contribuições e ajuda a equipe a se organizar rapidamente, sempre em função da tarefa exigida pela situação.

Assim, como a liderança e a equipe devem progredir juntas, o trabalho de facilitador do líder será essencial na identificação dos membros mais adequados para desempenhar os papéis fundamentais a serem desenvolvidos nas equipes de alto desempenho, como os de criador, mantenedor, consultor, vinculador, promotor, dentre outros. Todos os temas foram abordados fazendo uma associação entre as conceituações teóricas e exemplos de suas aplicações.

Ao conhecer e valorizar os aspectos apresentados, conclui-se que foram apresentados à Centauro Construções S.A. os conhecimentos necessários para transformar seu grupo em uma equipe de alto desempenho, capaz de desempenhar suas atividades com eficiência e eficácia, colaborando para o desenvolvimento dos colaboradores e o crescimento geral da empresa.

Referências bibliográficas

MAXWELL, J. C. As 17 incontestáveis leis do trabalho em equipe: descubra os segredos para desenvolvimento de equipes vencedoras. Rio de Janeiro: Thomas Nelson Brasil, 2007.

ROSANA. A importância da comunicação corporativa para o crescimento da empresa. 2019. Disponível em https://blog.2dcb.com.br/a-importancia-da-comunicacao-corporativa-para-o-crescimento-da-empresa/. Acesso em 10.fev.2020.

VIANNA, E,; DELMAS, M.L.G. Liderança de Equipes. Rio de Janeiro:FGV Educação Executiva, 2020.

VILVERT, C. Plano de Comunicação Interna: tudo o que você precisa saber. 2019. Disponível em https://blog.socialbase.com.br/plano-de-comunicacao-interna/. Acesso em 11.fev.2020.

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