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Matéria Jornalística sobre Missionários na Somália

Por:   •  18/10/2020  •  Artigo  •  1.619 Palavras (7 Páginas)  •  262 Visualizações

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Somália grita por socorro

País africano vive em caos político-social lutando contra a guerra civil, a fome e doenças

Fome, morte, miséria, doenças, conflitos essa é a realidade da Somália, país localizado no extremo leste do continente africano, que forma junto com os territórios da Etiópia, Sudão, Djibuti e Eritréia a região semiárida conhecida como Chifre da África, assim batizada por ter semelhança com um chifre de rinoceronte. Esta região sofre com a fome, a seca e constantes guerras. Desde sua criação em 1960, a Somália não viu outra realidade além de guerra e caos.

Depois que o regime repressivo de Siad Barre foi expulso do poder, em 26 de janeiro de 1991, a Somália viveu momentos de um total desgoverno, com mais de 20 clãs armados lutando entre si pelo poder. Em 1992, a ONU (Organização das Nações Unidas) interveio no conflito para oferecer ajuda humanitária e apoio para estabelecer um governo de transição no país. Embora o caos e a luta entre os diversos clãs ainda persistam em quase todo o território somali, o governo provisório foi estabelecido em 2004 para promover o processo de paz e conta com a segurança do exército da União africana que representa a liga das nações na África e tem apoio americano para tentar garantir o frágil governo somali. Por causa do seu litoral extenso voltado para o Oceano Índico, tornou-se base de operação de centenas de criminosos, os conhecidos e temidos Piratas Somalis que controlam a Costa, sequestram navios e exigem resgates milionários em troca da vida de tripulantes e passageiros. A Somália é considerada o país mais violento do mundo. No ranking do Índice Global de Paz, do Instituto pela Economia e pela Paz. O primeiro-ministro do governo de transição somali, Abdiweli Mohamed Ali, pediu apoio internacional para combater as milícias islâmicas. “Existe um papel para a comunidade internacional (desempenhar), a quem solicitamos apoio político e moral. E também precisamos de apoio depois que a região for libertada da Al Shebab (Partido da Juventude). A população já sofreu o bastante. Não podemos permitir isso. Precisamos que a comunidade internacional preste serviços humanitários e sociais, mas também queremos apoio para a reconstrução e o desenvolvimento da Somália”, disse Abdiweli ao site da rede de televisão alemã Deutsche Welle.

Como se não bastassem os conflitos em todo o país, a cada hora, a fome mata 15 na região. Tanto que a ONU declarou, em julho deste ano, um surto de fome nas cidades do sul da Somália. Segundo a Organização, esta é a maior e mais severa crise de insegurança alimentar dos últimos 20 anos na região. Mais da metade da população de 4 milhões de habitantes não consegue se alimentar direito. Dois milhões de pessoas já fugiram do país, quase três milhões estão à beira da morte por causa da fome, um terço das crianças do país sofrem de desnutrição aguda. Para agravar a situação, as milícias islâmicas do Al-Shabaab, ligadas à Al-Qaeda, impedem que a ajuda humanitária chegue ao país. "A situação é muito grave. As condições são muito duras. Pedimos que a comunidade internacional auxilie os somalianos, os que estão na Somália e nas fronteiras. Solicitamos ajuda com urgência", afirmou o presidente somaliano Xeque Sheikh Sharif Ahmed à rede de TV americana CNN, durante entrevista em sua residência em Mogadício, na ocasião do anúncio da ONU em julho deste ano.

As lutas, que inicialmente eram entre Clãs tribais, desde meados da década de 2000, assumiram um tom islâmico militante. O que tornou a Somália extremamente perigosa para missionários evangélicos e cristãos locais que precisam se reunir em igrejas subterrâneas para adorar a Deus. Quando são descobertos, no entanto, o destino da maioria é a morte, sem direito a defesa. É com essa realidade que o missionário da Jocum (Jovens Com Uma Missão), Pedro Jorge (nome fictício), trabalha há 12 anos. Ele atua entre os refugiados somalis em vários países africanos. “O mundo está prestes a assistir 750 mil somalis morrerem de fome. A fome gerada pela seca está devastando a Somália e matando dezenas de milhares. O país vive hoje a maior seca dos últimos 60 anos, mais de 25 mil crianças já morreram de fome nos últimos três meses, uma média de 300 por dia”, ressalta Pedro Jorge que está no Quênia com a Família evangelizando milhares de Somalis no maior campo de refugiados do mundo, DADAAB, onde vivem mais de 400 mil pessoas em barracas doadas pela ONU. Todos os dias, pelo menos 1.800 novos refugiados entram no Campo que fica na fronteira entre os dois países. “Hoje o caminho mais fácil de levar o Evangelho para este povo é fora do País de origem devido à perseguição. Existem no Mundo mais de 2 Milhões de refugiados da Somália espalhados por mais de 20 países. Nosso trabalho começa com o relacionamento, conhecendo as pessoas, entendê-las, ajudá-las e fazer diferença, Todo Cristão deve fazer diferença na sociedade, então, assim vamos abrir uma porta para introduzir o Evangelho”, conta o missionário que teme por sua segurança por conta do trabalho que realiza entre os somalis. “Como Cristãos somos perseguidos diariamente, em alguns lugares, os cultos tem que ser fechado mesmo, principalmente se existem ex-muçulmanos na reunião”, ressalta.

O receio procede, uma notícia divulgada no site da Missão Portas Abertas, em novembro, denuncia o horror pelo qual cristãos passam nos campos de refugiados. Um cristão somali foi hospitalizado em estado grave após ter sido atacado por jovens muçulmanos de seu país em DADAAB. Ele foi espancado com barras de ferro e bastões de madeira e foi jogado inconsciente na porta de uma igreja, apenas porque os agressores achavam que o cristão era um apóstata e que havia negado o Islã. “Dependendo da região em que estamos temos muito problemas

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