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O Preconceito Linguístico

Por:   •  9/8/2021  •  Trabalho acadêmico  •  413 Palavras (2 Páginas)  •  123 Visualizações

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Albert Einstein, certa vez, disse ser mais fácil desintegrar um átomo que um preconceito. Igualmente à época vivida por Einstein, hoje em dia, o Brasil passa por um problema que tem aumentado exponencialmente: o preconceito linguístico.  Por isso, cada vez mais, ocorre o desrespeito àqueles que possuem sotaque e falam de uma forma diferente do "padrão culto", o qual sobrepõe a identidade cultural brasileira.

Em primeiro lugar, é essencial perceber que há uma grande discriminação em relação a linguagem regional, o Brasil é um país muito extenso, no entanto, ocorre uma grande variação quanto a forma de falar de cada região, além da extensão, cada lugar possui sua própria história e cultura, essas influências junto com diferentes níveis de industrialização, poder econômico e até mesmo modernização local também são usadas como motivo de intolerância contra nativos de diversas regiões. Essas diversas diferenças jamais devem ser vistas como um problema para o país, pelo contrário, enriquecem a língua portuguesa presente no país.

Além disso, vale também ressaltar que nas escolas a linguagem posta como correta é apenas a padrão, no entanto, tal ação faz com que  o preconceito aumente, posto que ao colocar só uma forma de falar como certa efetua-se que as outras maneiras -como os sotaques- sejam consideradas erradas. Outrossim, segundo o professor linguista Marcos Bagno, não existe uma forma certa ou errada dos usos da língua. Nessa perspectiva, é incontrovertível que a linguagem oral é diferente da escrita, destarte, é necessário que se altere essa percepção na qual só existe um falar exato, pois no nosso país existe uma grande variedade linguística.

No entanto, vale salientar que esse preconceito exacerbado pelo senso comum corrobora com a perpetuação da problemática no meio social. Além disso, os meios de comunicação ressaltam o fenômeno por propagarem sátiras relacionadas a gírias e aos sotaques, principalmente do interior dos estados e das regiões do norte e nordeste, com piadas preconceituosas que os inferiorizam. Isso é inadmissível, tendo em vista que esse preconceito velado de humor promove a inércia do combate a essa discriminação.

Portanto, é necessário que o Estado tome providências para combater o quadro atual. Para a conscientização da população brasileira a respeito do problema, urge que o Ministério da Educação e da Cultura (MEC) crie em parceria com a mídia, campanhas publicitárias nas redes sociais e canais de televisão que informem o quanto é grave o preconceito linguístico e advirtam as consequências de uma opinião hostil, sugerindo que a sociedade busque sempre respeito aos demais

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