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O Trabalho, o amor e a morte

Por:   •  14/5/2018  •  Resenha  •  491 Palavras (2 Páginas)  •  130 Visualizações

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Universidade de Brasília

Estética da Comunicação

Paula Teixeira de Andrade

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O TRABALHO COMO VIDA

O Trabalho, o Amor e a Morte

Há uma suspeita que o trabalho se expande como erva daninha, é um processo que se expande, que transcende limites, e que acaba no fim tomando conta de toda nossa vida.

O trabalho apresenta uma tendência a ser desmedido. A vida apresenta uma tendência para se transformar em alguma coisa desamparada, que carece de ajuda. Trabalho e amor, amor e o trabalho: são termos que entram numa relação estreita que não é possível, jogar um contra o outro, dizendo que um é bom e o outro ruim, ou que um é melhor que o outro.

O trabalho seria uma tentativa de fazer um auto aperfeiçoamento para melhorar a própria personalidade, sendo uma atividade que procura potencializar o ser humano. O trabalho é responsável pela criação do novo homem e esse novo homem é um dos sonhos mais antigos da tradição europeia. As expectativas ligadas nos séculos passados à ideia do trabalho não se cumpriram na história do trabalho que originalmente foi uma pena imposta aos homens por causa da sua ambição desmedida, provavelmente, nem chegou a seu termo.

Marx e Hegel apregoaram que o trabalho traz a liberdade aos homens, possibilitando o nascimento do homem. Havia no passado uma esperança de que, com esse renascimento do homem, o trabalho acabaria sendo supérfluo. Entretanto, esta esperança não se concretizou; o trabalho acabou se estendendo a todas as áreas: o trabalho está presente no lazer, no amor, em todos os setores da atividade humana. O trabalho não se limitou naquela área onde costumava ser identificado, isto significa que, a atividade remunerada, e acabou se apoderando da própria vitalidade da vida.

No romantismo o amor aparece como paixão avassaladora, que não visa posse, mas a libertação do outro. O amor desenvolvido na Idade Média, desse “amor paixão”, amor que suportava tudo, exceto ser correspondido.

No trabalho encontramos a anuência em relação à dor que causa no corpo. No amor, podemos ver uma transformação das energias humanas cada vez mais espiritualizadas. Mistura da natureza do amor e da natureza do trabalho, cruzamento de trabalho e amor, em que numa direção se procura evitar a morte. Segundo Kamper, ao fim, toda evolução desemboca na morte.

A polaridade entre trabalho (as duras penas) e a vida (prazer) não pode mais ser mantida simplesmente excluindo-se todas as complexidades que a divisão acarreta. A vida também é de duras penas e o trabalho também pode ser caracterizado pelo prazer.

O corpo humano que nos últimos séculos foi objeto de uma terrível operação de disciplina; poderíamos dizer que a liberdade do espírito, a liberdade do intelecto foi adquirida ao preço da não liberdade do corpo humano, cujo preço envolve um processo no qual o corpo foi cada vez mais forçado dentro de relações que não lhe são adequadas. Nesse sentido, o corpo humano é a verdadeira vítima desse processo histórico.

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