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PALESTRA ELIANE BRUM E O PARADIGMAS DA COMUNICAÇÃO

Por:   •  27/3/2016  •  Resenha  •  822 Palavras (4 Páginas)  •  351 Visualizações

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PALESTRA ELIANE BRUM E O PARADIGMAS DA COMUNICAÇÃO

Eliane Brum, 49 anos, é uma jornalista há 27 anos, escritora e documentalista brasileira. Formou-se em 1988 na faculdade Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Eliane fez uma palestra na PUCMG, no dia 24/02/2015. A palestra, “A extraordinária vida comum, o olhar e a escuta na reportagem”, teve como gancho as histórias de pessoas comuns e seus acontecimentos do dia a dia, e a partir desse gancho Eliane aproveita para relatar sobre sua experiência profissional e o papel do jornalista.

Eliane conta sobre sua primeira reportagem que foi sobre as prostitutas. Apesar de ser muito tímida, Eliane conseguiu fazer a entrevista e percebeu que “com meu bloquinho e minha caneta eu posso entrar em qualquer lugar do mundo”, afirma. A jornalista relata sobre as suas matérias que contam histórias de pessoas humildes e que provavelmente nunca teriam suas vidas escritas por alguém. Como a história dos meninos no bueiro, que tem como foco o personagem, no caso as crianças que dormiam dentro bueiro, e não só sobre o contexto geral, que é a miséria e pobreza dessas crianças.

Há histórias como o Gaúcho do cavalo-de-pau, que não podia ter um cavalo de verdade e criou o seu próprio cavalo. O comedor de vidro, que levava sua vida comendo vidros para ganhar o seu dinheiro, mas que estava frustrado por as pessoas perderem o interesse no seu trabalho. Histórias de mães que perderam seus filhos para a criminalidade, e que já compravam caixões para eles, mesmo estando vivos ainda, como a mãe Enilda.

Essas histórias mostram que todos são notícias, todos são importantes. Essas pessoas consideradas invisíveis para a sociedade, são visíveis para Eliane Brum. “Meu objetivo é considerado desinteressante por desordenar essa ideia de que pauta deve ser de pessoas bonitas e ricas”, explica a jornalista.

Além de sua experiência profissional, Eliane fala sobre como ser um jornalista e qual o seu papel. Ela explica que o jornalista deve ter compromisso, principalmente com o compromisso da verdade. Ele deve estar sempre checando as informações e ser fiel a tudo, pois um erro pode aniquilar vidas. Nenhuma reportagem é mais importante que uma vida humana.

Ela explica que em uma matéria não há vilões e nem heróis e que o jornalista não é juiz. Para uma melhor compreensão do assunto que está sendo tratado, o jornalista deve vestir-se a pele do outro, ver de ângulos diferentes do que a realidade está mostrando.

A observação é um dos fatores muito importante para “o fazer jornalístico”. Não interferir na história a ser relatada é imprescindível. Decidimos o que é uma boa historia através de como iremos contar e do ângulo que ira ser feito. Com a observação o jornalista pode ver os melhores ângulos.

Eliane faz crítica ao modo que os futuros jornalistas saem da faculdade. A maioria opta pelo mais fácil, ou seja, fazer reportagem do modo que a sociedade lhe pede. O jornalista não deve se levar pelo mais fácil, pela domesticação. Ele deve resistir à domesticação dos olhos, e não só ele como também o público. “Perturbar o leitor e tirá-lo da poltrona metaforicamente e literalmente” afirma Brum. E deixa claro que o dever do jornalista é também, tirar esse véu da realidade que a sociedade impôs, é mostrar que há vários problemas a ser considerados e várias pessoas a serem ouvidas, porque somos contadores de histórias contemporâneas.

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