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A Relação Do Corpo Com A Alma

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Por:   •  13/3/2014  •  551 Palavras (3 Páginas)  •  671 Visualizações

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Corpo e alma são como lados opostos da mesma moeda, como a imagem e seu reflexo. Mantém relação intima e constante, compartilhando os mesmos elementos em disposições e graus diferentes. Tem a mesma origem e por isso o mesmo final. Poderia simplificar tudo dizendo que o corpo e nossa porção física e a alma nossa porção metafísica, porém vejo a relação entre ambos de forma mais complexa e não homogênea. A alma é o que o corpo tem de abstrato e o corpo o que a alma tem de concreto. Um soco, ação física concreta, pode provocar raiva, sensação subjetiva, palavra abstrata, assim como a raiva pode vir a provocar um soco. Por tanto a relação entre ambas se da de forma reciproca como em uma via de duas mãos. Bergson afim de acabar com os conflitos entre idealistas e materialistas, em seu ensaio “Matéria e Memória”, diserta sobre essa relação. Ele afirma que a memória é o elo de união entre corpo e alma. Pois a memória parte tanto de percepções sensório-motoras do corpo (que se dão através das formas possíveis de manipularmos os objetos exteriores, a memória psicofisiologica), como das percepções subjetivas da alma (que se dão através de livres associações imagéticas, a memória metafísica).

“Se a lembrança pura é já o espírito, e se a percepção pura seria ainda algo da matéria, precisávamos, colocando-nos no ponto de junção entre a percepção pura e a lembrança pura, jogar alguma luz sobre a ação recíproca do espírito e da matéria. Na verdade, a percepção pura, ou seja, instantânea, é apenas um ideal, um limite. Toda percepção ocupa uma certa espessura de duração, prolonga o passado no presente, e participa por isso da memória. Ao tomarmos então a percepção sua forma concreta, como uma síntese da lembrança pura e da percepção pura, isto é, do espírito e da matéria, encerrávamos em seus limites mais estreitos o problema da união da alma com o corpo” (p.285).

Assim sendo, corpo e alma são elementos indissociáveis e essenciais no ser humano. No século XVIII o poeta inglês Wlliam Blake denunciava o engodo que é a separação entre corpo e alma, a super-valorização da alma em detrimento do corpo. E em sua poesia propunha o matrimonio entre o céu e o inferno, o reencontro entre corpo e alma.

“Todas as Bíblias ou códigos sagrados foram as causas dos seguintes Erros:

1. Que o Homem tem dois princípios existentes reais, a saber: um Corpo e uma Alma.

2. Que a energia, chamada Mal, é apenas do Corpo, e que a Razão, chamada Bem, é apenas da Alma.

3. Que Deus atormentará o Homem pela Eternidade por seguir suas Energias.

Mas os seguintes Contrários são Verdadeiros:

1. O Homem não tem Corpo distinto de sua Alma, pois o que é chamado Corpo é uma porção da Alma discernida pelos cinco Sentidos, os condutos principais da Alma nesta era.

2. A Energia é a única vida e é do Corpo, e a Razão é a amarra ou circunferência exterior da Energia.

3. A Energia é o Deleite Eterno” (Blake).

Em sua reflexão poética de cunho quase quântico, o poeta fala sobre a Energia, que seria talvez o fundamento de toda vida existente, essência tanto do corpo quanto da alma.

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