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A Teoria do Conhecimento

Por:   •  16/5/2017  •  Resenha  •  1.513 Palavras (7 Páginas)  •  3.522 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ[pic 1]

FACULDADE DE FARMÁCIA, ODONTOLOGIA E ENFERMAGEM

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM

DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM

Filosofia da Ciência – Doutorado

Prof. Dr. Rui Martinho

Aluna: Allana Mirella Alves

Resenha 1 – HESSEN, Johannes. Teoria do Conhecimento. 7 ed., Coimbra: Editora Arménio Amado, 1980. (I) Introdução; (II) Teoria Geral do conhecimento; (III) A essência do conhecimento

I. INTRODUÇÃO

Hessen traz que a teoria do conhecimento é uma disciplina filosófica e o primeiro questionamento que se faz é a de saber qual a essência desta parte a partir de um todo. Para isto é necessário também se fazer um questionamento sobre a essência do todo, no caso, qual o melhor caminho para se chegar a essência da filosofia? Este método não parte somente do significado etimológico da palavra ou histórico, este é confrontado por diversos pensadores como Platão, Aristóteles, estóicos, epicuristas e Wolff. Cada um desses deu sua definição sobre a essência da filosofia, mas essas diversas definições geraram divergências que bloquearam a chegada a uma verdadeira definição. O que o texto trata como convergente entre esses pensamentos é o objetivo comum da filosofia que atenda a todos eles, desta forma pode-se pensar na sua conceituação, dessa forma caminhou-se para a universalidade dessas ideais.

A atitude do filósofo com relação à totalidade dos objetos é uma atitude intelectual, uma atitude do pensamento e através desse espírito cognoscente divide-se a filosofia em dois pontos essenciais: 1) a atitude em relação à totalidade dos objetos; 2) o caráter racional, cognoscitivo dessa atitude. Desta forma, tem-se um conceito da essência da filosofia que ainda é puramente formal. Trata-se, portanto, de apreender em suas principais características a totalidade do desenvolvimento histórico da filosofia.

Sócrates é chamado de criador da filosofia ocidental, onde afirma que toda ação humana é um saber, já Platão amplia este pensamento não só aos objetos práticos, valores e virtudes, mas ao conhecimento científico. Assim, o pensamento socrático-platônico da filosofia é dito como “autorreflexão do espírito sobre os seus supremos valores teóricos e práticos, sobre os valores do verdadeiro, do bem e do belo”. Já a base do pensamento Aristotélico era o pensamento metafísico que ensina sobre a essência das coisas, as conexões e o princípio da realidade. Na época pós-aristotélica, com os estóicos e epicuristas, a filosofia torna-se novamente autorreflexão do espírito.

No começo da Idade Moderna, a filosofia envereda novamente pelo caminho da concepção aristotélica. A filosofia assume novamente o caráter de autorreflexão, de visão de si do espírito. Além da Crítica da razão pura, surgem a Crítica da razão prática, que trata do âmbito ético dos valores, e a Crítica do juízo, que toma os valores estéticos como objeto de uma investigação crítica. Com todo o percurso histórico através de Kant, do idealismo alemão e do neokantismo o desenvolvimento do pensamento filosófico em seu conjunto conduziu-nos a dois outros elementos do conceito essencial de filosofia: “visão de si” e “visão de mundo”.

Ao fim deste capítulo, o autor faz uma fusão entre a definição de filosofia compreendida por processo indutivo e que se completa com o processo dedutivo. Fazendo um paralelo com a realidade acadêmica, na área de enfermagem, dá-se uma grande importância aos estudos de cunho quantitativo, pois é um método racionalista, caracterizando-se como indutivo e abre-se mão dos estudos indutivos, pois não temos como testar o que foi apreendido. Assim, é desejável uma abrangência maior quanto aos métodos utilizados, pois se complementam e desta forma, se tem uma ideia maior do alcance do conhecimento sobre o problema.

II. TEORIA GERAL DO CONHECIMENTO

- O fenômeno do Conhecimento e os problemas nele contidos

A definição de Teoria do conhecimento é explicação ou interpretação filosófica do conhecimento humano. Assim, o autor faz uma comparação entre sujeito e objeto onde se tem visões distintas sobre o conhecimento dependendo do ponto de vista. Na visão do sujeito, conhecimento faz com que o mesmo saia da sua esfera invada a esfera do objeto e apreenda o que lhe é necessário e o transforme. Na visão do objeto, o conhecimento é como uma transferência de propriedades do objeto para o sujeito.

O conhecimento possui três elementos principais: sujeito, "imagem" e objeto. Pelo sujeito, o fenômeno do conhecimento confina com a esfera psicológica; pela "imagem", com a esfera lógica; pelo objeto, com a ontológica. Enquanto processo psicológico num sujeito, o conhecimento é objeto da psicologia. A "imagem" do objeto no sujeito é uma estrutura lógica e, enquanto tal, objeto da lógica. O ser, porém, é objeto da ontologia. Quando se ignora isso e se encara o problema do conhecimento, de forma unilateral, a partir do objeto, o resultado é o ponto de vista do ontologismo. Poderia se pensar que a tarefa da teoria do conhecimento estaria cumprida, no essencial, com a descrição do fenômeno do conhecimento.     

I. A POSSIBILIDADE DO CONHECIMENTO

1. Dogmatismo

Por dogmatismo entendemos a posição epistemológica para a qual o problema do conhecimento não chega a ser levantado. A possibilidade e a realidade do contato entre sujeito e objeto são pressupostas.

2. Ceticismo

É o contrário do que prega o dogmatismo. Segundo o ceticismo o sujeito não toca o objeto, pois este pensamento não vê objeto, deste modo, não há nenhuma verdade.

3. O subjetivismo e o Relativismo

Não há verdade alguma universalmente válida, todas têm alguma limitação. O subjetivismo, como seu nome já indica, restringe a validade da verdade ao sujeito que conhece e que julga. Todo juízo tem validade apenas para o gênero humano. O relativismo tem afinidade com o subjetivismo. Também para ele, não há qualquer validade geral, nenhuma verdade absoluta. Toda verdade é relativa, tem validade restrita.

4. Pragmatismo

Assim como o ceticismo o pragmatismo recusa o conceito da verdade no sentido de concordância entre o pensamento e o ser, mas ele não se detém a essa negação mas substitui o conceito que foi abandonado por um novo conceito de verdade.

5. Criticismo

É uma posição entre dogmatismo e o ceticismo. O criticismo põe à prova toda afirmação da razão humana e nada aceita inconscientemente. Por toda parte pergunta sobre fundamentos, e reclama da razão humana uma prestação de contas.

II. A ORIGEM DO CONHECIMENTO

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