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A filosofia da educação no Brasil

Artigo: A filosofia da educação no Brasil. Pesquise 859.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  22/4/2013  •  Artigo  •  814 Palavras (4 Páginas)  •  671 Visualizações

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Apresentação

Falar de Filosofia da Educação no Brasil não é tarefa simples, até porque ainda são poucos os estudos históricos específicos e os estudos teóricos mais sistematizados sobre sua natureza. Por isso, não há um entendimento consensual a seu respeito e o sentido que dela se tem, entre nós, flutua numa certa ambiguidade e imprecisão nos debates que sobre ela têm surgido, nos últimos anos. Assim, para que se possa seguir a trajetória da Filosofia da Educação no Brasil, o que é o objetivo deste texto, tomarei como demarcador do sentido da Filosofia da Educação, o exercício de um pensar sistemático sobre a educação, ou seja, de um pensar a educação, procurando entendê-la na sua integralidade fenomenal. É fato marcante de que o pensar filosoficamente a educação no país, seja sob sua forma assumida e explícita, ou seja sob o modo da pressuposição, está sempre relacionado com algum paradigma filosófico universal, a algum modelo teórico fundamental. Na verdade, o que se constata é que o pensamento nacional, sempre que alcança uma dimensão filosófica, ele o faz numa espécie de simbiose com os modelos estrangeiros que são para cá transplantados. Por outro lado, não se pode negar igualmente que todo esforço reflexivo sobre a educação, que vem se desenvolvendo entre nós, não deixa de se preocupar com a realidade histórica de seus processos sociais e culturais. Desenrola-se sempre como tentativa de enfrentar e de superar os desafios que são postos por esta realidade. E ao fazê-lo, busca apoiar-se em acervos categoriais de fundo eminentemente filosóficos.

SUMÁRIO

1.1 –

2.2 –

3.3 –

4.4–

1. A tecnicidade funcional da educação: ciência e técnica, bases da pedagogia.

O questionamento das pretensões metafísicas quanto à capacidade da razão humana em apreender as essências dos entes que constituem a realidade e de deduzir delas os valores que poderiam nortear a prática humana já vem de longa data, no que se refere à cultura ocidental. Com efeito, foi já no raiar da modernidade que ocorreu a revolução epistemológica mediante a qual os filósofos, então articulados com os cientistas, começam a desmontar o ambicioso edifício da metafísica. Ainda que isto tenha acarretado, ao longo dos últimos quinhentos anos, uma excessiva dogmatização da ciência, a filosofia aproveitou para rearticular-se na era moderna, praticando o exercício crítico que a constituição da ciência representou ao descartar a metafísica.O novo edifício do conhecimento que vai sendo construído ao longo da modernidade tem seus alicerces lançados numa epistemologia racionalista radical, tanto quando se pretende empirista como quando se afirma inatista. Tal posicionamento implica a rejeição de qualquer intervenção transcendental que esteja para além da própria estrutura da razão natural humana.Responsável pela emergência e desenvolvimento da ciência como modalidade fenomenista do conhecimento, o racionalismo naturalista moderno transfigura a cosmo visão da cultura ocidental, instaurando um processo avassalador de desencantamento e de dessacralização do mundo natural e também do mundo cultural.A repercussão dessas transformações na cultura brasileira, ainda que tardia, não poderia

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