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ANTIGONA

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Por:   •  27/11/2013  •  Tese  •  1.441 Palavras (6 Páginas)  •  491 Visualizações

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ANTÍGONA

1. INTRODUÇÃO

SÓFOCLES (495- 406 a.C.), trágico poeta da Grécia Antiga, que inovou a técnica teatral de sua época, escreveu cerca de 120 peças, das quais só existem sete: Édipo Rei, Édipo em Colono, Antígona, Electra, Ajax, As Traquinias, Filoctetes.

A tragédia grega é caracterizada pela encenação um "drama" sobre acontecimentos extraídos de heróicas lendas, cujo enredo estava sempre relacionado com a cidade onde se representava a tragédia, sendo assim um espetáculo que interessava à comunidade local. O teatro grego era muito representativo , porque ao trabalhar com mitos e lendas, as influências da filosofia e da política daquele tempo já eram demonstradas.

A história de Antígona, que até os dias de hoje causa interesse do público, está diretamente relacionada com o século V a.C. quando a partir da influência dos sofistas, de Sócrates, e do humanismo, o pensamento racional, e a busca da verdade passam a ser o centro da questão filosófica.

Escrita há 2.500 anos atrás, por volta do ano 442 a C, exalta a astúcia de uma princesa que enfrenta o poder da tirania de um rei (Creonte), onde o povo é representado pelo coro (Corifeu) que dialoga com o protagonista e expõe fatos desencadeadores que antecedem a tragédia, sempre revelando, por uma lado um senso de justiça, por outro induzindo à moral, no sentido de lição. .

2. RESUMO E APRECIAÇÃO

Considerando Antígona, injusta a decisão do rei de Tebas, Creonte Menécio, por considerar traidor político, Polinice, seu irmão, e deixar insepulto seu corpo ( cuja morte sucedeu-se após combate fraterno com Etéocles, , travado pelo poder do trono da cidade Tebana , após o falecimento de Édipo Rei , pai dos combatentes), resolve desacatar as ordens do soberano afim de executar sozinha o sepultamento, e obedecer aos mandamentos divinos, feito este, que condenou-a à morte , por deliberação do rei .

Deliberação esta que não iria refletir apenas na vida de Antígona mas também na vida do próprio rei, pois seu filho Hemon ,noivo de Antígona, comete suicídio vistas ao pai e perante à amada noiva, já enforcada, desencadeando tal ocorrência em mais um infortúnio: sua mãe, Eurídice, externa a dor materna através de um descomedido autocídio.

Por conseqüência da insânia de seus atos, o rei se recolhe a sua demência e retira-se do palácio. O tirano fica só, na sua loucura, sendo total a sua perda. A tragédia chega ao fim !

Nota-se na obra em questão, o estabelecimento de um choque entre os interesses do Estado representado pelo rei Creonte, pelas Leis Escritas da cidade (legisladas pelos homens), frente às Leis Não Escritas ( legisladas pelos deuses), à ordem natural e aos direitos familiares invocados pela princesa tebana. È visível no contexto , narrado em prosa a contraposição dessas leis, quando Antígona aduz com relação a decisão soberana tomada:

“ Não foi , com certeza Zeus que as proclamou, nem a justiça com trono entre os deuses dos mortos as estabeleceu para os homens. Nem eu supunha que tuas ordem tivessem o poder de superar as leis não-escritas, perenes, dos deuses, visto que és mortal”. pg. 35/36.

Recusou-se a princesa , a obedecer às ordens do rei, por que julgava que as ordens da autoridade política, emanadas através das leis dos homens (Creonte), não deveriam sobrepor-se as leis divinas , para ela , o direito natural “o justo por natureza” (defendido posteriormente por John Locke, no Século XVII) é o que era válido, era o devia prevalecer.

Para Creonte, o direito positivo (onde os valores morais não adentram) é criado pelo homem; sendo ele o rei, e o estado ilimitavelmente soberano ( Thomas Hobbes, Séc. XVII), colocava as leis de acordo com a sua razão. Para alcançar o seu objetivo ele se sobrepunha às leis divinas.

Tudo isso ocorre num regime de patriarcado, o que pode ser percebido quando Hemon , filho do reinante, alerta o pai quanto a sua insensatez, e ao seu modo imperativo de decidir por leis próprias , principalmente no que concernia o seu julgamento arbitrário sobre a atitude inquestionavelmente

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