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ANÁLISE DO CONCEITO DE IDEOLOGIA, CULTURA E VENDA Vendas da indústria cultural

Tese: ANÁLISE DO CONCEITO DE IDEOLOGIA, CULTURA E VENDA Vendas da indústria cultural. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  5/12/2013  •  Tese  •  2.092 Palavras (9 Páginas)  •  599 Visualizações

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ESTUDO DIRIGIDOEM FILOSOFIA ESOCIOLOGIA

ANÁLISE DO CONCEITO DE IDEOLOGIA, CULTURA E ALIENAÇÃO UTILIZADAS PELA INDÚSTRIA CULTURAL.

Artigo elaborado através da leitura e reflexão em Adorno e de conceitos por ele apresentados, sistematicamente.

Produção de: Maria de Fátima da Silva Santos

RESUMO

O presente artigo tem como principal objetivo analisar filosoficamente o termo Indústria Cultural de acordo as explanações e conceitos reflexivos atribuído por Adorno ao produto capitalista na era moderna.

Acerca do termo Indústria Cultural vigente no século XX quando o trabalho foi transformado em força e mão- de-obra. No Brasil a Indústria Cultural não é homogênea pois enfoca temas e assuntos estrangeiros,ao invés de ensinar e incentivar o interesse sobre a história do próprio país.

Palavras-chave: Indústria Cultural, Ideologia, Alienação.

INTRODUÇÃO

A Indústria Cultural é o nome dado as instituições que trabalhavam com a produção de projetos e outras formas de desconstrução,baseados na cultura, visando o lucro.Sua origem se deu através da sociedade capitalista que transformou a cultura num produto comercializado.

A principal forma cultural construída por essas indústrias é a televisão que ensina e forma indivíduos cada vez mais cedo.Nela podem-se observar diferentes temas e culturas expostas a qualquer horário ou idade. Os conteúdos nelas existentes possuem mensagens subliminares que conseguem escapar da consciência o que tende a provocar alienação. Diante disso, pode-se perceber este meio cultural como um produto bom que é capaz de mostrar conteúdos reveladores e contribuir para o desenvolvimento humano e um produto ruim capaz de alienar uma pessoa, levando a pensar e agir como lhe é proposto sem qualquer tipo de argumentação.

A produção realizada pela Indústria Cultural é centralizada no interesse lucrativo, o que impõe um padrão a ser mostrado que transforma o espectador numa pessoa de crítica rebaixada e de mente narcotizada.

DESENVOLVIMENTO

A Indústria Cultural impede a formação de indivíduos, independentes, capazes de ajudar e de decidir conscientemente. Com palavras do próprio Adorno, podemos compreender o porque das suas reflexões acerca desse tema.

Theodor Wiesengrund-Adorno, em parceria com os outros filósofos contemporâneos, estão inseridos num trabalho muito árduo: pensar filosoficamente a realidade vigente. A realidade em que vivia estava sofrendo várias transformações, principalmente, na dimensão econômica. O comércio tinha se fortalecido após as revoluções industriais, ocorridas na Europa e, com isso, o capitalismo havia se fortalecido definitivamente, principalmente, com as novas descobertas cientificas e, conseqüentemente,com o avanço tecnológico . O homem havia perdido a sua autonomia. E conseqüência disso, a humanidade estava cada vez mais se tornando desumanizada. Em outra palavras, poderíamos dizer que o nosso caro filósofo contemplava uma geração de homens doentes, talvez gravemente. O domínio da razão humana, que no Iluminismo era como uma doutrina, passou a dar lugar para o domínio da razão técnica. Os valores humanos haviam sido deixados de lado em troca do interesse econômico. O que passou a reger a sociedade foi a lei do mercado e com isso, quem conseguisse acompanhar esse ritmo e essa ideologia de vida , talvez, conseguiria sobreviver ; aquele que não conseguisse acompanhar esse ritmo e essa ideologia de vida ficava a mercê dos dias e do tempo , isto é, seria jogado à margem da sociedade. Nessa corrida pelo ter, nasce o individualismo, que , segundo o nosso filósofo,é fruto de toda essa Indústria Cultural.

Segundo Adorno, na Indústria Cultural, tudo se torna negócio. Enquanto negócios ,seus fins comerciais são realizados por meio de sistemática e programa de exploração de bens considerados culturais. Um exemplo disso,dirá ele, é o cinema. O que antes era um mecanismo de lazer, ou seja, uma arte , agora se tornou um meio eficaz de manipulação.

Portanto, podemos dizer que a Indústria Cultural traz consigo todos os elementos característicos do mundo industrial moderno e nele exerce um papel especifico, qual seja, o de portadora da ideologia dominante, a qual outorga sentido a todo o sistema.

É importante salientar que , para Adorno, o homem, nessa Indústria Cultural, não passa de mero instrumento de trabalho e de consumo, ou seja, objeto. O homem é tão bem manipulado e ideologizado que até mesmo o seu lazer se torna uma extensão do trabalho .Portanto , o homem ganha um coração-máquina. Tudo que ele fará , fará segundo o seu guia a racionalidade técnica esclarecida,prepara as mentes para um esquematismo que é oferecido pela indústria da cultura¬ – que aparece para seus usuários como um “conselho de quem entende”. O consumidor não precisa se dar ao trabalho de pensar, é só escolher.É a lógica do clichê. Esquemas prontos que devem ser empregados indiscriminadamente só tendo como única condição a aplicação ao fim a que se destinam. Nada escapa a voracidade da Indústria Cultural. Toda a vida torna-se replicante. Dizem os autores:

Ultrapassando de longe o teatro de ilusões não deixa mais fantasias e ao pensamento dos espectadores nenhuma dimensão na qual estes possam sem perder o fio, passear e divagar no quadro, da obra fílmica permanecendo, no entanto, livres do controle de seus dados exatos e, é assim precisamente que o filme adestra o espectador imediatamente com a visão reduzida a mecanismos psicológicos. Os próprios produtos... paralisam essas capacidade em virtude de sua própria constituição objetiva (ADORNO & HORKHEIMER, 1997:119).

Fica claro portanto a grande intenção da Indústria Cultural: obscurecer a percepção de todas as pessoas, principalmente, daqueles que são formadores de opinião. Ela é a própria ideologia. Os valores passam a der regidos por ela. Até mesmo a felicidade é influenciada e condicionada por essa cultura. A obra conjunta de Adorno e Horkheimer já citada realizou essa crítica da informação histórica do real em diversos âmbitos: na gênese da subjetividade, na razão científica, na moralidade, na ideologia do anti-semitismo e na própria Indústria Cultural. Cada um desses momentos é equacionado através de sua inserção no processo de desenvolvimento da racionalização ocidental. O capítulo que nos interessa tem exatamente como subtítulo “o esclarecimento como mistificação das massas”. Trata-se de um longo sistematicamente

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