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Analise Critica

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Por:   •  28/7/2014  •  876 Palavras (4 Páginas)  •  269 Visualizações

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Análise crítica da música "Metamorfose Ambulante" de Raul Seixas

Se fizermos uma comparação entre a História da Filosofia e do pensamento ocidental e a música Metamorfose Ambulante, veremos que estes dois compartilham de um grande número de semelhanças. Mas se analisarmos a música de uma maneira mais crítica veremos que ela não retrata fielmente o teor da Filosofia, como dito por outros até então. Do contrário, ela descreve e faz apologia ao relativismo, que é hoje em dia um grande problema daqueles que estão começando a entrar no mundo da Filosofia.

Se analisarmos os seguintes trechos da música veremos que acusar ela de apologia ao relativismo é algo lógico e fundamentado em argumentos sólidos:

“Eu prefiro ser

Essa metamorfose ambulante

Do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo”

Neste trecho fica bem claro a intenção do autor, que afirma que prefere o relativismo ao dogmatismo.

“Eu quero dizer

Agora o oposto do que eu disse antes”

Revela a sua vontade de se autocontradizer constantemente, e obter assim, eternamente, um posicionamento pouco firme perante as coisas e as ideias.

“Se hoje eu sou estrela

Amanhã já se apagou”

Afirma não possuir domínio sobre o seu próprio ser, mudando constantemente de essência, uma hora é “estrela”, noutra “já se apagou”.

“Se hoje eu te odeio

Amanhã lhe tenho amor”

E ele não só muda de essência como muda de sentimento em relação às coisas, uma hora odeia, noutra ama.

“Lhe tenho amor

Lhe tenho horror

Lhe faço amor

Eu sou um ator”

Pode possuir várias opiniões simultâneas, apesar de contraditórias, sobre uma mesma coisa, e ainda assim fingir ser outra coisa e ter outra opinião, ou seja, um ator.

“É chato chegar

A um objetivo num instante”

Nega ao conhecimento “pronto”, característico do dogmatismo e do senso comum.

“Eu vou desdizer

Aquilo tudo que eu lhe disse antes”

E por incrível que pareça, no fim da música ele ainda afirma que vai desdizer aquilo tudo que disse antes, ou seja, a própria música é uma “metamorfose ambulante”, e apesar de todas as informações que já foram dadas segue se modificando eterna e constantemente.

Outro fato para o qual devemos ficar atentos é o próprio nome da música "Metamorfose Ambulante". Metamorfose é algo que constantemente muda de forma ou de estrutura e ambulante é algo que perambula sem se fixar em lugar algum, Metamorfose é diferente da evolução, que muda de forma para alcançar uma estrutura melhor e mais bem desenvolvida, e ambulante é diferente de viajante, porque viajante é aquele que mude de lugar para alcançar um outro lugar, no caso, o seu respectivo destino. Ou seja, se a música quisesse mesmo caracterizar a Filosofia o nome provavelmente seria “Desenvolvimento constante” ou “Busca incessante” e por aí vai. Mas a música simplesmente prefere mudar de forma e de lugar sem se preocupar com melhorias, em suma, uma visível apologia ao relativismo.

Se compararmos a música com a História da Filosofia, veremos que as duas se encaixam no sentido que a Filosofia também mudou, ao longo dos seus vinte e sete séculos de história, de estrutura (Já lutou contra os mitos, Já serviu à Igreja e já foi profana) e de lugar (já esteve na Grécia, na Itália, na França, na Inglaterra

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