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Arte Apolinea

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Por:   •  20/3/2015  •  639 Palavras (3 Páginas)  •  192 Visualizações

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Arte Apolínea e Dionisíaca

Há séculos a pintura almeja aprisionar a luz e o movimento em superfícies bidimensionais, porém, a redução de idéias abstratas como conceitos de "pura visualidade” ou do não visível pertence à arte moderna. Reproduzir com tinta e pincel sensações e transmitir emoções puras, sem referências a imagens reconhecíveis, é uma das inovações características da arte de nosso tempo. A imaginação e a criatividade dos artistas através dos tempos, porém, nunca tanto como em nosso século, tem como única barreira suas próprias limitações. Fórmulas matemáticas, o que de mais abstrato a mente humana soube criar, são fonte de inspiração para artistas que procuram representar a velocidade, sem relação a qualquer fenômeno reconhecível. Leis da física e da ótica orientam o uso da cor e suas diferentes luminosidades, conforme a reação do olho humano, buscando transmitir reações definidas. A partir de Woelfflin procurou-se compreender a arte alinhando seus estilos em duas grandes vertentes, a dionisíaca, ligada às emoções, e a apolínea, fruto da razão. A trama, a figura da grade, é também uma das estruturas típicas da arte moderna. ela determina uma espacialidade caracterizada pela total falta de hierarquia, sem centro, sem infecções, sem qualquer ênfase à narrativa. A figura da trama transforma o espaço da tela num objeto puramente cultural. É a marca da arte pela arte na modernidade, em oposição à arte-vida. A expressão do enthousiasmos frenético, os rituais de alucinações, a excitação mental colectiva, a dança da inquietude, o comportamento furioso e histérico do entheos, tudo isto pode ser encontrado em poetas dionisíacos como o Camões aventureiro ou o Bocage espirituoso, como o decadentista Baudelaire ou o boémio Dylan Thomas, como o dada André Breton ou o futurista Almada Negreiros. A estética de Álvaro de Campos, por exemplo, contém os ingredientes mais refinados do espírito dionisíaco, desde o "sentir tudo de todas as maneiras" até ao que podemos chamar a ekstasis dionisíaca do Eu, como neste passo da "Ode Marítima": “Estar convosco na carnagem, na pilhagem!

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