CRÉIA

Lembrando um ensaio filosófico

Existe uma forma de dissertação chamada CRÉIA. Consiste na construção de um texto argumentativo. A CRÉIA apresentada aqui; é forma atribuída a Aftônio de Antioquia (300 dC). Apresentava aos seus discípulos um dito de alguma pessoa célebre. Este devia explicar e provar a sentença, seguindo um esquema rígido da disposição.

Meta: 1) Convencer-se da verdade;

2) Entusiasmar os seus ouvintes pela mesma idéia.

Na minha formação religiosa, meu formador frei Alfredo Francisco de Souza, me ensinou que a CRÉIA é escrita da seguinte maneira:

1) Quis = Quem disse?

2) Quid = O que disse?

3) Cur = Por que é assim?

4) Contrat = Demonstração em contraste.

5) Simile = Comparações.

6) Paradigmata = Exemplos, modelo.

7) Testes = Testemunho, outros provérbios ou sentenças que, embora em formulação diferente, dizem a mesma coisa.

8) Conclusio = Conclusão, conseqüências práticas da sentença.

Comparando esta idéia de Aftônio com a de Pryor, percebe-se que ambos ensinam um ensaio filosófico de modo dissertativo-argumentativo. Dos oito itens apresentados acima, o que mais se aproxima de Pryor é o número 7, que corresponde à paráfrase dita por Pryor.

Portanto, agradeço aos colegas que comentaram minha opinião sobre paráfrase de textos filosóficos contribuindo para a minha formação acadêmica e novas formações de opiniões.