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Características filosófico atitude

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Por:   •  30/9/2013  •  Pesquisas Acadêmicas  •  1.362 Palavras (6 Páginas)  •  364 Visualizações

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PARA QUE FILOSOFIA ?

Em nossa vida cotidiana, afirmamos, negamos, desejamos, aceitamos ou recusamos coisas, pessoas, situações.

Fazemos perguntas:

Que horas são ? Que dia é hoje ?

Dizemos frases como:

Ele esta sonhando ou ela ficou maluca!

Fazemos afirmações:

Onde há fumaça há fogo ou quem entra na chuva é para se molhar.

Avaliamos as coisas:

Esta casa é bonita ou Maria esta mais bonita

Quando perguntamos, quando dizemos, quando afirmamos e avaliamos as coisas no nosso cotidiano nós seguimos regras e normas de conduta, valores morais, religiosos, políticos e artísticos. Porque acreditamos que somos seres sociais, morais e racionais. Regras, normas, valores, finalidades só podem ser estabelecidos por seres conscientes e dotados de raciocínio.

Assim, notamos que nossa vida cotidiana é toda feita de crenças silenciosas, da aceitação tácita de evidências que nunca questionamos, porque nos parecem naturais, óbvias. CREMOS.

A Atitude Filosófica

Imaginemos agora, se alguém tomasse uma decisão muito estranha e começasse a fazer perguntas inesperadas, diferentes.

Em vez de perguntar que horas são ? Perguntasse o que é o tempo?

Em vez dizer está sonhando ou ficou maluca, quisesse saber: o que é o sonho ? A loucura?, a razão ?

Se em vez de afirmar “esta casa é bonita”, começasse a perguntar o que é mais, o que é o belo ?

Se em lugar de falar da subjetividade dos namorados, perguntasse: o que é o amor, o que é o desejo, o que são os sentimentos.

Alguém que tomasse essa decisão, estaria tomando distância da vida cotidiana e de si mesmo, passando a indagar o que são as crenças e os sentimentos que alimentam nossa existência, silenciosamente.

Ao tomar esta distância, estaria interrogando a si mesmo, desejando conhecer porque cremos no cremos, porque sentimos o que sentimos e o que são nossas crenças e nossos sentimentos.

Este alguém estaria começando a adotar o que chamamos de Atitude Filosófica.

Assim, uma primeira resposta à pergunta “o que é filosofia” ? poderia ser: A decisão de não aceitar como óbvias e evidentes as coisas, as idéias, os fatos, os valores, os comportamentos de nossa existência cotidiana.

Perguntaram, certa vez a um filósofo: “Para que Filosofia ?” E ele respondeu: “Para não darmos nossa aceitação imediata às coisas, sem maiores considerações”.

A Atitude Crítica

A primeira característica da atitude filosófica é negativa, isto é, dizer não ao senso comum, aos pré-conceitos, aos pré-juízos, aos fatos e às idéias, ao que todo mundo diz e pensa, ao estabelecido.

A segunda característica da atitude filosófica é positiva, isto é, uma interrogação sobre o que são as coisas, os fatos, as situações, os comportamentos, os valores, nós mesmos.

É também uma interrogação sobre o porque disto tudo, porque tudo é assim e não de uma outra maneira.

A face negativa e a face positiva da atitude filosófica constituem o que chamamos de atitude crítica e pensamento crítico.

A filosofia começa dizendo não às crenças e aos preconceitos do senso comum, portanto, começa dizendo que não sabemos o que imaginávamos saber; por isso o patrono da filosofia, o grego Sócrates.

Sócrates: “Só sei que nada sei” – primeira e fundamental verdade filosófica.

Platão: discípulo de Sócrates diz que a filosofia começa com a admiração

Aristóteles: discípulo de Platão, acreditava que a filosofia começa com o espanto.

Admiração e espanto significam: tomarmos distância do nosso mundo costumeiro, através de nosso pensamento, olhando-o como se nunca o tivéssemos visto antes.

Para que Filosofia ?

Afinal, para que filosofia ? É uma pergunta interessante.

Porque não vemos nem ouvimos ninguém perguntar para que Matemática ou física ? Para que geografia ou geologia ? Para que história ou sociologia ? Para que biologia ou psicologia ? .

Em geral a resposta para esta pergunta costuma receber uma resposta irônica, conhecida dos estudantes de filosofia:

“ A filosofia é a ciência com a qual e sem a qual o mundo continua tal e qual”, ou seja, a filosofia não serve para nada.

Por isso, se costuma chamar de “filósofo” alguém que diz coisas que ninguém entende e que são, portanto, inúteis.

Acontece que em nossa cultura e em nossa sociedade, costumamos considerar que alguma coisa só tem o direito de existir se tiver uma finalidade prática, de utilidade imediata.

Daí, ninguém conseguir ver para que serviria a filosofia, daí o dizer-se: não serve para coisa alguma.

Porém, o senso comum não enxerga algo que os cientistas sabem muito bem. As ciências pretendem ser conhecimentos verdadeiros, rigorosos de pensamento; pretendem agir sobre a realidade, através de instrumentos e objetos práticos.

Ora, isto pressupõe que estas pretensões acreditem na existência da verdade, de procedimentos corretos para bem usar o pensamento.

Verdade, pensamento, procedimentos especiais para conhecer os fatos, relação entre teoria e prática, correção, acumulo de saberes: tudo isso não é ciência, são questões filosóficas.

Assim, o trabalho das ciências pressupõe, como condição, o trabalho da filosofia, mesmo que o cientista não seja filósofo.

A Atitude Filosófica: indagar

Veremos

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