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Ciência E Senso Comum

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Por:   •  18/10/2013  •  1.819 Palavras (8 Páginas)  •  763 Visualizações

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1 Apresente uma reflexão sobre ciencia e senso comum

a) Caracterize o senso comum e a ciência.

O senso comum constitui-se como a primeira forma de conhecimento do mundo, construído com base nos sentidos e nas experiências por esses proporcionadas. As crenças oriundas de tal conhecimento são derivadas da experiência quotidiana, das situações corriqueiras e da vivência do dia-a-dia. Correspondem, assim, à nossa forma imediata de apreender o mundo que não resultam de nenhuma procura metódica, nem exigem qualquer estudo prévio ou averiguação da veracidade dos fatos. O conhecimento popular utiliza a linguagem coloquial e as experiências dele apreendidas são transmitidas de geração a geração. Exemplo: para aprender a amarrar um cadarço não é necessário submeter o fato a uma análise metódica. Essa aprendizagem deriva da observação, dos métodos empíricos. Portanto, o senso comum caracteriza-se principalmente como:

• Espontâneo e imediato;

• Sensitivo;

• Empírico;

• Ametódico e indisciplinar;

• Dogmático.

A ciência, por sua vez, representa um nível de conhecimento mais aprofundado que o senso comum, visto que é um conhecimento metódico e específico, que busca situações que podem ser provadas e/ou justificadas através da verificação e do experimento, submetidas a regras e normas rigorosas. O conhecimento científico tem atenção aos fatos e busca estruturas universais do objeto de estudo, se preocupando com a exatidão de suas respostas e descartando apreciações subjetivas. Sua linguagem é provida de termos técnicos e rebuscados, geralmente não compreendidos pelo senso comum. Um exemplo do objeto de estudo científico é porque as folhas das árvores são verdes. Utilizando-se de meios completos de estudo, ela provará que as folhas são verdes pois possuem um pigmento chamado clorofila que as deixam dessa cor.

b) Relação entre ciência e senso comum.

Um assunto que gera discussões e exaustivos debates baseasse na relação entre a ciência e o senso comum. Enquanto uns estudiosos insistem em criar um abismo intransponível entre tais conceitos, enaltecendo a ciência em detrimento do senso comum, outros, com uma visão menos engessada, associam-nas, criando inúmeros pontos de intersecção entre ambas. Levando em consideração os pensamentos de Rubens Alves, no livro A Filosofia da ciência (1981), pode se concluir que estes mantem uma relação íntima e cordial, uma vez que são expressões da mesma necessidade básica, sendo esta a de perceber e compreender melhor o mundo que nos circunscreve dentro de um mesmo plano. Segundo Alves (1981), a ciência não é uma forma de conhecimento diferente do senso comum, algo superior ou inalcançável. Não é um novo órgão que somente se encontra em pessoas dotadas de “uma saberia superior”, mas sim uma especialização de certos órgãos, comum a todos, e um controle rígido e disciplinado de seu uso. A aprendizagem da ciência não passa, portanto, de um mero processo de desenvolvimento do senso comum, uma metamorfose dos conhecimentos gerais, não fundamentados no experimento e observação incessante para comprovar sua veracidade, sem o qual não poderia existir. Diante desses fatos, infere-se que é de suma relevância extinguir com o mito de que o cientista é uma pessoa melhor do que as outras, tomando as suas decisões como verdades absolutas e irrefutáveis, aceitando aquilo já produzido, mastigado e imposto por um conhecimento que consegue induzir comportamentos e inibir pensamentos. Logo,

“[...] Para aqueles que teriam a tendência de achar que o senso comum é inferior à ciência, eu só gostaria de lembrar que, por dezenas de milhares de anos, os homens sobreviveram sem coisa alguma que se assemelhasse à nossa ciência. A ciência, curiosamente, depois de cerca de 4 séculos, desde que ela surgiu com seus fundadores, está colocando sérias ameaças à nossa sobrevivência (Alves, R. 1981, p.20)”.

2) Apresente uma reflexão sobre mito.

O mito segundo estudado em sala e com base nos textos de Mircea Eliade pode ser caracterizado como uma realidade cultural complexa, que pode ser entendida e interpretada de varias formas e até ser complementada. Com isso ela nos mostra que para o estudo de mito é melhor começar pelas sociedades arcaicas e tradicionais por encontrarmos reflexo do estado primordial não sendo este estado primordial sinônimo de inferioridade cultural, mas pelo contrário uma diferença cultural que pode ser tão rica como qualquer outra cultural. Nas sociedades onde os mitos eram vivos eles eram considerados como explicação sagrada. Existiam uma diferenciação entre fábula que era considerada mentira e o mito que era considerado verdade. Em seus rituais eram expressos a ritualização de um evento sagrado onde estava presente o passado mítico e não apenas comemorações com representações dos seus antepassados como Mircea Eliade mostra em seu texto na pagina 15. ''Enquanto as histórias falsas podem ser contadas em qualquer parte e a qualquer momento, os mitos não devem ser recitados senão durante um lapso de tempo sagrado (geralmente durante o outono ou o inverno, e somente a noite). ''O hemisfério oriental nunca rompeu com o mito diferente do hemisfério ocidental em que houve essa ruptura mas mesmo assim ainda existem comportamentos místicos que sobrevivem no mundo moderno e uma explicação dada a isso e por estes pensamentos místicos serem constitutivos dos ser humano. A consciência mítica esta presente em todos os tempos e culturas como componente indissociável da maneira humana de compreender a realidade.

3) Apresente uma reflexão sobre a relação ciência e filosofia.

O homem sempre questionou e se indagou em relação a diversos temas. Essa busca constante pelo conhecimento levou a formação de distintos campos de pensamentos, divididos de acordo com o objetivo singular de cada um. Como exemplo, temos a ciência e a filosofia, que inicialmente se apresentavam interligadas, mas, em um processo progressivo, se separaram e hoje constituem duas disciplinas diferentes.

A princípio, seria complicado diferenciar ciência e filosofia, uma vez que poderíamos considerar a filosofia um elemento da estrutura das ciências especializadas, já que ambas se guiam pela racionalidade, e partem de uma atitude crítica pautada na argumentação e compreensão do objeto de estudo, tendo coerência, repeitando regras e chegando a conclusões que podem

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