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Descartes e o racionalismo

Artigo: Descartes e o racionalismo. Pesquise 859.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  11/12/2014  •  Artigo  •  923 Palavras (4 Páginas)  •  338 Visualizações

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DESCARTES E O RACIONALISMO

O RACIONALISMO

-O Racionalismo é uma corrente que defende que a origem do conhecimento é a razão.

-Os racionalistas acreditam que só a razão pode levar a um conhecimento rigoroso.

-Os racionalistas desvalorizam os sentidos e a experiência devido à sua falta de rigor.

-Os racionalistas possuem uma visão otimista da razão porque acreditam que ela possibilita o conhecimento humano.

DESCARTES (1596-1650)

-Sendo um racionalista convicto, Descartes procurou combater os cépticos e reabilitar a razão.

-Os cépticos duvidavam ou negavam mesmo que a razão pudesse conduzir ao conhecimento.

-Descartes vai procurar demonstrar que a razão é a origem do conhecimento humano.

DESCARTES E O MÉTODO

-Para mostrar que a razão pode atingir um conhecimento verdadeiro, Descartes vai criar um método.

-Este método tem como objetivo a obtenção de uma verdade indiscutível.

-De entre as regras do método, pode destacar-se a regra da evidência.

-Esta regra diz-nos para não aceitarmos como verdadeiro tudo que possa deixar dúvidas.

-A dúvida é, portanto, um elemento muito importante do método.

A DÚVIDA

-Recusando tudo que possa suscitar incerteza, a dúvida afirma-se como um modo de evitar o erro.

-A dúvida é um instrumento da razão na busca da verdade.

-A dúvida procura impedir a razão de considerar verdadeiros conhecimentos que não merecem esse nome.

CARACTERÍSTICAS DA DÚVIDA

-A dúvida é: »metódica (faz parte de um método que procura o conhecimento verdadeiro);

»provisória (é temporária, isto é, pretende-se ultrapassá-la e chegar à verdade);

»hiperbólica (exagerada propositadamente, para que nada lhe escape);

»universal (aplica-se a todo o conhecimento em geral);

»radical (incide sobre os fundamentos, as bases de todo o conhecimento);

»uma suspensão do juízo (ao duvidar evitam-se os erros e os enganos);

»catártica (purifica e liberta a mente de falsos conhecimentos);

»um exercício voluntário e autônomo (não é imposta, é uma iniciativa pessoal);

»uma prova rigorosa (nada será aceite como verdadeiro sem ser posto em dúvida);

»um exame rigoroso (que afasta tudo que possa ser minimamente duvidoso).

NÍVEIS DE APLICAÇÃO DA DÚVIDA

-Descartes vai aplicar a dúvida a tudo que possa causar incerteza, nomeadamente:

»as informações dos sentidos;

»as nossas opiniões, crenças e juízos precipitados;

»as realidades físicas e corpóreas e, duma maneira geral, tudo que julgamos real;

»os conhecimentos matemáticos;

»também Deus é submetido à prova rigorosa da dúvida, uma vez que Descartes coloca a hipótese de Deus poder ser enganador ou um gênio do mal.

-A dúvida hiperbólica e radical e a possibilidade de Deus ser enganador parecem levar a um beco sem saída. Quer dizer, torna-se quase impossível acreditar que a razão humana pode alcançar conhecimentos verdadeiros. No entanto, há uma saída.

O COGITO (PENSO, LOGO, EXISTO)

-A dúvida irá conduzir a razão a uma primeira verdade incontestável.

-Mesmo que se duvide ao máximo, não se pode duvidar da existência daquele que duvida.

-A dúvida é um ato do pensamento e não pode acontecer sem um autor.

-Chegamos então à primeira verdade: «penso, logo, existo» (cogito ergo sum).

-Toda a mente humana sabe de forma clara e distinta que, para duvidar, tem que existir.

-A verdade, para Descartes, deve obedecer aos critérios da clareza e distinção.

-A verdade «eu penso, logo, existo» é uma evidência. Trata-se de um conhecimento claro e distinto

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