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Rene Descartes

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Por:   •  21/4/2013  •  1.064 Palavras (5 Páginas)  •  1.029 Visualizações

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René Descartes (La Haye en Touraine, 31 de março de 1596 – Estocolmo, 11 de fevereiro de 16501 ) foi um filósofo, físico e matemático francês.1 Durante a Idade Moderna também era conhecido por seu nome latino Renatus Cartesius.

Notabilizou-se sobretudo por seu trabalho revolucionário na filosofia e na ciência, mas também obteve reconhecimento matemático por sugerir a fusão da álgebra com a geometria - fato que gerou a geometria analítica e o sistema de coordenadas que hoje leva o seu nome. Por fim, ele foi uma das figuras-chave na Revolução Científica.

Descartes, por vezes chamado de "o fundador da filosofia moderna" e o "pai da matemática moderna", é considerado um dos pensadores mais importantes e influentes da História do Pensamento Ocidental. Inspirou contemporâneos e várias gerações de filósofos posteriores; boa parte da filosofia escrita a partir de então foi uma reação às suas obras ou a autores supostamente influenciados por ele. Muitos especialistas afirmam que a partir de Descartes inaugurou-se o racionalismo da Idade Moderna.2 Décadas mais tarde, surgiria nas Ilhas Britânicas um movimento filosófico que, de certa forma, seria o seu oposto - o empirismo, com John Locke e David Hume.

René Descartes nasceu em 31 de Março 1596 em La Haye,3 a cerca de 300 quilômetros de Paris1 (hoje Descartes), no departamento francês de Indre-et-Loire. A sua mãe, Jeanne Brochard, morreu quando ele tinha um ano.1 Com oito anos, ingressou no colégio jesuíta3 Royal Henry-Le-Grand, em La Flèche. O curso em La Flèche durava três anos, tendo Descartes sido aluno do Padre Estevão de Noel, que lia Pedro da Fonseca nas aulas de Lógica, a par dos Commentarii. Descartes reconheceu que lá havia certa liberdade, no entanto no seu Discurso sobre o método declara a sua decepção não com o ensino da escola em si mas com a tradição Escolástica, cujos conteúdos considerava confusos, obscuros e nada práticos. Em carta a Mersenne, diz que "os Conimbres são longos, sendo bom que fossem mais breves. Crítica, aliás, já então corrente, mesmo nas escolas da Companhia de Jesus". Descartes esteve em La Flèche por cerca de nove anos (1606-1615).4 "Descartes não mereceu, como se sabe, a plena admiração dos escolares jesuítas, que o consideravam deficiente filósofo".5 Prosseguiu depois seus estudos graduando-se em direito, em 1616, pela Universidade de Poitiers.

No entanto, Descartes nunca exerceu o direito, e em 1618 foi para a Holanda, alistando-se no exército do Príncipe Maurício,1 com a intenção de seguir carreira militar.1 Mas se achava menos um ator do que um espectador: antes ouvinte numa escola de guerra do que verdadeiro militar. Conheceu então Isaac Beeckman, que o influenciou fortemente e compôs um pequeno tratado sobre música intitulado Compendium Musicae (Compêndio de Música).

Também é dessa época (1619-1620) o Larvatus prodeo (Ut comœdi, moniti ne in fronte appareat pudor, personam induunt, sic ego hoc mundi teatrum conscensurus, in quo hactenus spectator exstiti, larvatus prodeo.6 Esta declaração do jovem Descartes no preâmbulo das Cogitationes Privatae (1619) é interpretada como uma confissão que introduz o tema da dissimulação, e, segundo alguns, marca uma estratégia de separação entre filosofia e teologia. Jean-Luc Marion, em seu artigo Larvatus pro Deo : Phénoménologie et théologie refere-se à abordagem dionisíaca do homem escondido diante de deus (larvatus pro Deo) como justificativa teológica do filósofo que avança mascarado (larvatus prodeo).

Em 1619 viajou para a Alemanha,1 onde, segundo a tradição, em dia 10 de Novembro teve uma visão em sonho de um novo sistema matemático e científico.1 No mesmo ano ele viaja para a Dinamarca e à Polónia.1 Em 1622 retornou à França, passando os anos seguintes em Paris.1

Em 1628 compõs as Regulae ad directionem ingenii (Regras para a Direção do Espírito)1 e parte para os Países Baixos, onde viverá até 1649.1 Em 1629 começa a redigir o Tratado do Mundo, uma obra de Física na qual aborda a sua tese sobre o heliocentrismo.1 Porém, em 1633, quando Galileu é condenado

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