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Dissertação Filosófica

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Por:   •  26/8/2014  •  1.061 Palavras (5 Páginas)  •  988 Visualizações

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DISSERTAÇÃO FILOSOFICA

1- Os elementos em comum existentes entre os textos de Desiderio Murcho e Mario Porta quanto a caracterização da filosofia e do texto filosófico são: segundo Mario Porta, a ideia central do estudo da filosofia a partir dos seus problemas, está no que consiste um modo filosófico de pensar, e afirma que a história da filosofia não seria “um caos de pontos de vista incomensuráveis, nem consiste simplesmente em possuir certezas. Trata-se de ter opiniões sobre certos temas bem definidos e sustenta-las em algo diferente de uma convicção pessoal; mais ainda, o núcleo essencial da filosofia não é constituído de crenças tematicamente definidas e racionalmente fundadas, senão de problemas e soluções.” O ponto de partida da análise filosófica seria o de entender o problema, Porta apresenta uma colocação da filosofia como, guardiã da razão e vê em todo questionamento filosófico da razão uma incoerência. Pensar racionalmente é, em boa medida, separar, distinguir, diferenciar.

Usual escutar que a análise congela e isola as ideias. Nada mais injusto que isto. A análise não detém o pensamento, nem implica atomismo. Distinguir não é isolar, senão o primeiro passo imprescindível para estabelecer relações bem definidas. O todo é assim clarificado em cada uma de suas articulações. Quanto mais vinculadas se encontram suas ideias, mais necessária é sua distinção. Em realidade, analise só se opõe a confusão e vaguidade: pensamento confuso e vago é aquele que não distingue onde é possível. (Porta, p.44)

Segundo o autor, existem duas perspectivas possíveis sobre um texto: leitura e produção. A leitura tenta apreender a lógica do sistema filosófico. A produção constrói. Por argumentos, a estrutura lógica do texto. Portanto a ler um texto de filosofia, devemos nos preocupar em saber qual a questão formulada na obra e aprender, a partir do problema, a lógica das razoes levantadas pelo autor.

2- Desidério Murcho, defende duas ideias principais. Primeiro, que compreender a natureza aberta e especulativa da filosofia é uma condição necessária para uma compreensão fecunda do seu ensino. E segundo, que para se ter uma compreensão fecunda do ensino da filosofia é necessário distinguir cuidadosamente as competências estritamente filosóficas da informação histórica, e a leitura filosófica ativa dos textos dos filósofos da sua mera compreensão.

A filosofia não é uma disciplina empírica, como a história ou a física. É uma disciplina a priori ou que se faz pelo pensamento apenas. Não se usam laboratórios, estatísticas, observações telescópicas ou microscópicas. Neste aspecto, a filosofia está mais próxima da matemática, que é também uma disciplina a priori. Isto não significa que não possamos em filosofia apresentar hipóteses de caráter empírico; mas significa que se é possível testar empiricamente essas hipóteses, não são hipóteses filosóficas: são apenas hipóteses sociológicas, psicológicas, biológicas ou outras. A filosofia é um conjunto de problemas, teorias e argumentos, ensinar filosofia é ensinar esses problemas, teorias e argumentos. O ensino genuinamente filosófico da filosofia é ensinar a filosofar. A leitura ativa dos textos dos filósofos caracteriza-se por não ter como fim a mera compreensão das ideias dos filósofos. Os textos são lidos ativamente quando o estudante se pergunta a cada passo se o filosofo tem razão, se a teoria é plausível.

A organização conceptual dos problemas, teorias e argumentos permite ao estudante contextualizar filosoficamente os textos escolhidos; ou seja, o estudante compreende o problema que está em causa naquele texto, que tipo de teoria está em causa, que dificuldades tal tipo de teoria enfrenta, e que teorias alternativas existem.

A filosofia apresenta poucos resultados consensuais, distingue-se de disciplinas como a história e a física, a maioria dos problemas centrais da filosofia continua em aberto, por isso, respostas amplamente consensuais como: se temos livre arbítrio, se Deus existe, ainda não temos respostas. Há problemas em aberto em todas as disciplinas, mas no caso da filosofia temos muitíssimos mais problemas em aberto do que

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