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Durkheim

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Por:   •  31/10/2013  •  1.213 Palavras (5 Páginas)  •  884 Visualizações

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• DURKHEIM E O EQUILIBRIO SOCIAL

“[...]para tornar-se uma ciência autônoma, essa esfera do conhecimento precisava delimitar seu objeto próprio: os fatos sociais. Tais fenômenos compreendem “toda maneira de agir fixa ou não, suscetível de exercer sobre o indivíduo uma coerção exterior; ou então ainda, que é geral na extensão de uma sociedade dada, apresentando uma existência própria, independente das manifestações individuais que possa ter”(p.61)

“[...]a sociedade não é o resultado de um somatório dos indivíduos vivos que a compõem ou de uma mera justaposição de suas consciências. [..]A sociedade, então, mais do que uma soma, é uma síntese e, por isso, não se encontra em cada um desses elementos, assim como os diferentes aspectos da vida não se acham decompostos nos átomos contidos na célula: a vida está no todo e não nas partes. As almas individuais agregadas geram um fenômeno sui generis, uma “vida psíquica de um novo gênero”(p.62)

“Durkheim estabelece regras que os sociólogos devem seguir na observação dos fatos sociais.A primeira delas e a mais fundamental é considerá-los como coisas. Daí seguem-se alguns corolários: afastar sistematicamente as prenoções; definir previamente os fenômenos tratados a partir dos caracteres exteriores que lhes são comuns; e considerá-los, independentemente de suas manifestações individuais, da maneira mais objetiva possível.”(p.66)

“Em suma, as regras morais possuem uma autoridade que implica a noção de dever e, em segundo lugar, aparecem-nos como desejáveis, embora seu cumprimento se dê com um esforço que nos arrasta para fora de nós mesmos, e que por isso mesmo eleva-nos acima de nossa própria natureza, mesmo sob constrangimento. As “crenças e práticas sociais agem sobre nós a partir do exterior", por isso, sua ascendência também é distinta daquela de que desfrutam nossos hábitos, os quais se encontram dentro de nós. “(p.68)

“Segundo o autor, possuímos duas consciências: “Uma é comum com todo o nosso grupo e, por conseguinte, não representa a nós mesmos, mas a sociedade agindo e vivendo em nós. A outra, ao contrário, só nos representa no que temos de pessoal e distinto, nisso é que faz de nós um indivíduo.”(p.70)

“A solidariedade é chamada mecânica quando “liga diretamente o indivíduo à sociedade, sem nenhum intermediário”, constituindo-se de “um conjunto mais ou menos organizado de crenças e sentimentos comuns a todos os membros do grupo: é o chamado tipo coletivo”(p.73)

“À medida que se acentua a divisão do trabalho social, a solidariedade mecânica se reduz e é gradualmente substituída por uma nova: a solidariedade orgânica ou derivada da divisão do trabalho. Institui-se então um processo de individualização dos membros dessa sociedade que passam a ser solidários por terem uma esfera própria de ação. Com isso ocorre uma interdependência entre todos e cada um dos demais membros que compõem tal sociedade. A função da divisão do trabalho é, enfim, a de integrar o corpo social, assegurar-lhe a unidade. “(p.74)

“Aqueles que ameaçam ou abalam a unidade do corpo social devem ser punidos a fim de que a coesão seja protegida. Assim a pena “não serve, ou só serve secundariamente, para corrigir o culpado ou para intimidar seus possíveis imitadores!” Ela existe para sustentar a vitalidade dos laços que ligam entre si os membros dessa sociedade, evitando que se relaxem e debilitem, assim, a solidariedade que mantém unidos tais membros. E “todo estado forte de consciência é uma fonte de vida, é um fator essencial de nossa vitalidade geral”.(p.76)

“[...]grupos religiosos minoritários, que precisam lutar contar a hostilidade e intolerância de outros cultos, acabam por exercer controle e disciplina mais severos e, portanto, submetem seus membros a uma maior moralidade, o que reduz a taxa de suicídio entre eles.”(p.78)

Moralidade e Anomia

“Os equívocos identificados por Durkheim [...] levaram-no a enfatizar, em sua tese a divisão do trabalho social, a importância dos fatos morais na integração dos homens à vida coletiva.”(p.81);

“Quando a sociedade é perturbada por uma crise, torna-se momentaneamente incapaz de exercer sobre seus membros o papel de freio moral, de uma consciência superior à dos indivíduos.”(p.81-82);

“ [...]tal estado de anarquia não poderia ser atribuído somente a uma distribuição injusta da riqueza mas, principalmente, à falta de regulamentação das atividades econômicas[...]”(p.83);

“[...]sendo a divisão do trabalho um fato social, seu principal efeito não é aumentar o rendimento das funções divididas mas produzir solidariedade ”(p.85);

“[...]sob certas circunstâncias, a divisão do trabalho pode agir de maneira dissolvente, deixando de cumprir seu papel moral: o de tornar solidárias as funções divididas”(p.85);

“[...]a desarmonia entre as aptidões individuais e o gênero das tarefas que são atribuídas ao trabalhador por meio de alguma forma de coação constituem outra fonte de perturbação da solidariedade, mas não são uma consequência necessária da divisão do trabalho em condições normais”(p.86);

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