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Edmund Pellegrino, médico E Filosofo Norte - Americano

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Por:   •  12/11/2013  •  901 Palavras (4 Páginas)  •  2.258 Visualizações

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Edmund Pellegrino

O presente artigo foi escrito pelo simples fato de

considerarmos Edmund Pellegrino como a alma da moderna

Bioética Cristã no último século. Senão vejamos:

uma análise comparativa das diversas correntes bioéticas

existentes nos conduz, inevitavelmente, em face da

atual condição humana, em que impera a diversidade

moral, rumo à possibilidade de uma moralidade global,

usando-se a Bioética como sua heurística. Fomos acostumados

a reverenciar o pensamento clássico grego e

desacostumados a reverenciar o pensamento cristão que

o sucedeu, embora ele tenha sido, em grande parte, elaborado

pelos filósofos medievais e pela escolástica sobre

os dois grandes pilares pagãos do helenismo: Platão e

Aristóteles. A análise da moral de Sócrates – fundador

da ciência em geral e da ciência moral em particular –

deu origem ao pensamento que criou a ética e, portanto,

o modo como deveríamos conduzir nossa vida, continuamente

buscando a verdade por meio do diálogo, da

maiêutica e da reflexão, embora sua ética sofra da falta

de um conteúdo racional, pela ausência de uma metafísica:

a chamada “doutrina do intelectualismo moral”, ou

seja, ninguém que conhece o verdadeiro bem pode agir

mal, somente o ignorante; a felicidade deverá ser alcançada

mediante a virtude, seus pressupostos traçando o

itinerário que seria seguido por Platão e completado por

Aristóteles.

Após a fundação da filosofia grega, seguida pelo advento

do cristianismo, que dividiu o pensamento humano

em duas partes, antes e depois de Cristo, após o qual

surgiram notáveis pensadores, como Agostinho, Tomásde Aquino e todos os demais filósofos medievais, culminando

com Kant, os iluministas, os positivistas e os fenomenologistas,

surgiram as filosofias e psicologias sem

alma e religiões sem Deus1.

Em 1970, Potter deu início à Bioética, a ética da

vida, e dezenas de filosofias tentam justificá-la, surgindo,

então, o decantado principialismo, o casuísmo, as

éticas da responsabilidade, das virtudes, do caráter, a

ética do cuidar, a ética do direito, as éticas socialistas,

o absolutismo, o utilitarismo, o situacionismo, o

emotivismo, o existencialismo, o antinomismo (ou ausência

de normas) e até o anarquismo em matéria de

ética. Foram éticas exaradas em mais de dois milênios

e meio de Filosofia, pela contribuição dos mais insignes

pensadores. O cotejamento de todas essas ideias1

veio demonstrar o aparecimento de múltiplos sistemas

de pensamento, que, através das idades, constituem a

existência de uma filosofia verdadeira e se combatem

também entre si no choque das contradições, sem chegar

a uma filosofia única e certa como a posse da verdade.

Após tantos séculos de atividade intelectual, intensa

e continuada, o homem parece não ter conseguido,

ainda, chegar ao núcleo de verdades inabaláveis que lhe

servisse de alicerce ou ponto de partida para atingir a

própria realização e uma consciência moral e sentido

de vida, dando-nos a triste impressão de que a ciência

e a linguagem não tiveram razão de ser, que o direito

e a moral foram uma quimera e que toda a vida intelectual,

social, moral e religiosa da humanidade vêm

soçobrando num abismo insondável de contradições e

absurdos.

Não nos esqueçamos de que os filósofos e os sábios

não deixaram de ser homens como nós, que na solidão de

suas bibliotecas e no silêncio de suas meditações sempre

foram escoltados pela vaidade, pelo orgulho, pelo ódio,

pela sensualidade, pela indolência, pelos preconceitos do

ambiente, da educação, da nacionalidade, do século e da

civilização em que viveram, todos esses fatores influenciando

na orientação de suas ideias. Assim, Leibniz, em

seus Novos Ensaios, criticamente diz: “Se a Geometria se

opusesse, tanto como a moral, às nossas paixões e aos nossos

interesses pessoais, nós não a contestaríamos com menos

ardor, apesar de todas as demonstrações de Euclides

e Arquimedes

Esses fatos têm motivado a busca e a pesquisa de

normas

...

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