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FAMÍLIA: O SENTIMENTO EMBRIONÁRIO DA LIBERDADE

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Por:   •  24/1/2014  •  3.549 Palavras (15 Páginas)  •  268 Visualizações

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Introdução

Hegel é um filosofo alemão nascido em Stuttgart, Württemberg. É considerado o último dos grandes criadores de sistemas filosóficos dos tempos modernos, o pensamento Hegeliano, cuja obra serviu de base para a maior parte das tendências filosóficas e ideológicas posteriores, como o marxismo, o existencialismo e a fenomenologia.

Hegel tem em seu pensamento a tentativa de considerar todo o universo como um todo sistemático. O sistema é baseado na fé. Na religião cristã, Deus foi revelado como verdade e como espírito. Como espírito, o homem pode receber esta revelação. Na religião a verdade está oculta na imagem; mas na filosofia o véu se rasga, de modo que o homem pode conhecer o infinito e ver todas as coisas em Deus.

Neste trabalho procuramos averiguar o conceito de eticidade dentro do pensamento Hegeliano para podermos adentrar na família e seu papel promovedor da liberdade do individuou. A eticidade é o modo regulador das “instituições, das regras, das normas, dos valores, dos costumes concretizados em comportamentos individuais e coletivos.” Fazendo assim parte da eticidade à família para Hegel é “uma instituição ética ao lado da sociedade civil-burguesa e do Estado, fazendo parte das relações propriamente institucionais, religiosas e de valores.” Ela concentra todo o tipo de relacionamento humano e também o produz. É responsável pelo amor, sentimento coletivo, hierarquia, respeito, patrimônio, liberdade, ética. A família é independente, autônoma é nela e por ela que se gera o sentimento de liberdade e de princípios coletivos na criança. É nesse sentido que discorreremos neste trabalho o processo pelo qual dentro do pensamento de Hegel se dá a liberdade, como se gera a liberdade, se ela existe e tudo isso tendo a família como manjedoura desse processo.

Resumo

O presente trabalho, Família: o sentimento embrionário da liberdade tem como objetivo expor como se dá a formação da liberdade no individuo através da família de acordo com o pensamento sistemático do inenarrável filosofo Hegel. A família como instituição autônoma produz no individuo desde nascimento a busca pelo sentimento de liberdade e de coletivo, que na época de Hegel e até hoje é o que move a sociedade. Todos falavam de liberdade e Hegel vem trazer no seu pensamento uma liberdade que só é efetivada dentro da família, pois é através da formação de personalidade do sujeito que se dá inicio a um homem livre. Dentro das perspectivas hegelianas a família está dentro do Estado, mas é independente do Estado, pois o mesmo não pode invadir as competências que só pertencem à família. Assim neste trabalho veremos que a família é provedora de si o que culmina então na efetivação da liberdade individual e coletiva.

Palavras-chave: Família, liberdade, Hegel

Eticidade

É a eticidade o conceito de liberdade, essa liberdade é a autoconsciência, ou seja, liberdade é quando um sujeito tem formação suficiente para saber de forma espontânea como bem agir, estar consciente de suas ações, de seu querer. Caracteriza-se pela efetivação da liberdade no real. É a moralidade concreta, não mais opinião e boa vontade, fundamentando as leis e as instituições. É o conjunto da moralidade da família, da sociedade civil e do Estado, acontecendo entre seus membros. Dessa forma fica evidenciado no individuo a honestidade, honradez, inteireza e integridade. É adotado como substância moral, não sou eu como pessoa, como no direito abstrato, nem muito menos o direito da consciência, mas sim o direito enquanto Espírito real de um povo.

“A eticidade é a idéia da liberdade, enquanto Bem vivente, que tem na autoconsciência seu saber, seu querer, e pelo agir dessa, sua efetividade, assim como essa tem, no ser ético, seu fundamento sendo em si e para si e seu fim motor, - [a eticidade é] o conceito da liberdade que se tornou mundo presente e natureza da autoconsciência.”

É então o espírito ético imediato. Sai da superficial unidade e passa para uma universalidade formal. Já não é mais algo individual passando para a união dos membros da sociedade civil-burguesa como seres autônomos com a constituição estatal, o Estado. A eticidade para formar a liberdade passa por três tempos, a família como moralidade objetiva, imediata e natural; a sociedade civil como associação com o fim de atender carências, necessidades e dar fiança à propriedade privada; o Estado como consagração universal da vida pública.

² “Ele é por isso: O espírito ético imediato ou natural -a família. Essa substancialidade passa na perda de sua unidade, na cisão e no ponto de vista do relativo, e é assim sociedade civil-burguesa, uma ligação dos membros enquanto singulares autônomos, com isso, numa universalidade formal, por seus carecimentos e pela constituição jurídica, enquanto meio da segurança das pessoas e da propriedade, e por uma ordem exterior para seus interesses particulares e comuns, no qual o Estado exterior se retoma e se reúne no fim e na efetividade do universal substancial e da vida publica que lhe é dedicada, - na constituição estatal.”

A Família

A família é uma instituição ética, autônoma que forma uma unidade, essa unidade dar-se pela autonomia e autoconsciência de cada individuo consciente de sua função como membro dessa família. Unidade porque a família reúne diferentes indivíduos subjetivos que tem um ponto comum e por esse ponto estão em unidade, esse ponto em comum são os sentimentos afetivos e o sentimento de liberdade (autoconsciência) que forma o coletivo. A família se realiza em três aspectos no seu conceito imediato, enquanto casamento, no ser-aí exterior (propriedades e bens da família e os cuidados com essas posses), na educação dos filhos e na dissolução da família. É a primeira unidade de união social, dá-se o reconhecimento do casamento como uma união moral: é o reconhecimento do outro, e sua construção exterior está no sentimento. A família tem sua realização no casamento, e seu desfecho é os filhos, a perpetuação da família.

“A família, enquanto substancialidade imediata do espírito, tem por sua determinação sua unidade sentindo-se, o amor, de modo que a disposição de espírito é ter a autoconsciência de sua individualidade nessa unidade enquanto essencialidade sendo em si e para si, a fim de ser nela não uma pessoa para si, porém como membro.”

O Casamento

O casamento é relação ética imediata porque o reconhecimento do homem

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