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FIlosofia Do Direito

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Por:   •  19/9/2014  •  1.992 Palavras (8 Páginas)  •  279 Visualizações

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As evidências do cotidiano

“Numa disputa, quando os ânimos estão exaltados, um dos contendores pode

gritar ao outro: “Mentiroso! Eu estava lá e não foi isso o que aconteceu”, e

alguém, querendo acalmar a briga, pode dizer: “Vamos ser objetivos, cada um

diga o que viu e vamos nos entender”.

Também é comum ouvirmos os pais e amigos dizerem que somos muito

subjetivos quando o assunto é o namorado ou a namorada. Freqüentemente,

quando aprovamos uma pessoa, o que ela diz, como ela age, dizemos que essa

pessoa “é legal ”.”

A atitude filosófica

“Imaginemos, agora, alguém que tomasse uma decisão muito estranha e

começasse a fazer perguntas inesperadas. Em vez de “que horas são?” ou “que

dia é hoje?”, perguntasse: O que é o tempo? Em vez de dizer “está sonhando” ou

“ficou maluca”, quisesse saber: O que é o sonho? A loucura? A razão?

Se essa pessoa fosse substituindo sucessivamente suas perguntas, suas

afirmações por outras: “Onde há fumaça, há fogo”, ou “não saia na chuva para

não ficar resfriado”, por: O que é causa? O que é efeito?; “seja objetivo ”, ou

“eles são muito subjetivos”, por: O que é a objetividade? O que é a

subjetividade?; “Esta casa é mais bonita do que a outra”, por: O que é “mais”? O

que é “menos”? O que é o belo?

Em vez de gritar “mentiroso!”, questionasse: O que é a verdade? O que é o falso?

O que é o erro? O que é a mentira? Quando existe verdade e por quê? Quando

existe ilusão e por quê?

Se, em vez de falar na subjetividade dos namorados, inquirisse: O que é o amor?

O que é o desejo? O que são os sentimentos?

Se, em lugar de discorrer tranqüilamente sobre “maior” e “menor” ou “claro” e

“escuro”, resolvesse investigar: O que é a quantidade? O que é a qualidade?”

A atitude crítica

“A primeira característica da atitude filosófica é negativa, isto é, um dizer não ao

senso comum, aos pré-conceitos, aos pré-juízos, aos fatos e às idéias da

experiência cotidiana, ao que “todo mundo diz e pensa”, ao estabelecido.

A segunda característica da atitude filosófica é positiva, isto é, uma interrogação

sobre o que são as coisas, as idéias, os fatos, as situações, os comportamentos, os

valores, nós mesmos. É também uma interrogação sobre o porquê disso tudo e de

nós, e uma interrogação sobre como tudo isso é assim e não de outra maneira. O

que é? Por que é? Como é? Essas são as indagações fundamentais da atitude

filosófica.

A face negativa e a face positiva da atitude filosófica constituem o que

chamamos de atitude crítica e pensamento crítico.

A Filosofia começa dizendo não às crenças e aos preconceitos do senso comum

e, portanto, começa dizendo que não sabemos o que imaginávamos saber; por

isso, o patrono da Filosofia, o grego Sócrates, afirmava que a primeira e

fundamental verdade filosófica é dizer: “Sei que nada sei”. Para o discípulo de

Sócrates, o filósofo grego Platão, a Filosofia começa com a admiração; já o

discípulo de Platão, o filósofo Aristóteles, acreditava que a Filosofia começa com

o espanto.

Admiração e espanto significam: tomamos distância do nosso mundo costumeiro,

através de nosso pensamento, olhando-o como se nunca o tivéssemos visto antes.”

Para que Filosofia?

“Ora, muitos fazem uma outra pergunta: afinal, para que Filosofia?

É uma pergunta interessante. Não vemos nem ouvimos ninguém perguntar, por

exemplo, para que matemática ou física? Para que geografia ou geologia? Para

que história ou sociologia? Para que biologia ou psicologia? Para que astronomia

ou química? Para que pintura, literatura, música ou dança? Mas todo mundo acha

muito natural perguntar: Para que Filosofia?

Em geral, essa pergunta costuma receber uma resposta irônica, conhecida dos

estudantes de Filosofia: “A Filosofia é uma ciência com a qual e sem a qual o

mundo permanece tal e qual”. Ou seja, a Filosofia não serve para nada. Por isso,

se costuma chamar de “filósofo” alguém sempre distraído, com a cabeça no

mundo da lua, pensando e dizendo coisas que ninguém entende e que são

perfeitamente inúteis.

Essa pergunta, “Para que Filosofia?”, tem a sua razão de ser.

Em nossa cultura e em nossa sociedade, costumamos considerar que alguma

coisa só tem o direito de existir se tiver alguma finalidade prática, muito visível e

de utilidade imediata.”

UNIDADE 1

A filosofia

A

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