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FUNDAMENTOS FILOSÓFICOS DA EDUCAÇÃO

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Por:   •  18/4/2014  •  3.703 Palavras (15 Páginas)  •  281 Visualizações

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1) O QUE É FILOSOFIA?

A filosofia é uma disciplina intelectual, não empírica, que utiliza métodos racionais e críticos a partir do pensamento, não necessitando de laboratórios, estatísticas, observações telescópicas ou microscópicas e não conta com métodos formais de prova. Pode-se utilizar a lógica, mas apenas de forma instrumental. De acordo com alguns dicionários, a filosofia é a “ciência geral dos princípios e valores gerais da existência, da conduta e do destino do homem. Conjunto de ideias de uma escola, época ou sabedoria”.

Consiste do estudo de problemas essenciais relacionados à existência, aos conhecimentos, à verdade, aos valores morais e éticos, à mente e à linguagem. Diferenciando-se das pesquisas científicas, utiliza-se de métodos de argumentação lógica, análises conceituais, pensamentos e outros métodos. Trabalha com conceitos abstratos, buscando responder ás questões fundamentais dos estados de vida e morte, a existência humana e seu sentido, os valores da sociedade, sejam eles individuais e coletivos, da natureza da linguagem e da relação que as coisas têm entre si.

Os princípios da filosofia consistem em compreender a natureza aberta e especulativa da filosofia e saber diferenciar competências filosóficas de informação histórica, bem como a leitura filosófica ativa de textos produzidos por filósofos e sua mera compreensão.

Filósofos não se limitam a enunciar problemas, querem também resolvê-los. Desta forma constroem teorias igualmente intrincadas e sutis. Precisamos de argumentos para nos convencer que o problema do conhecimento de Descartes, por exemplo, é realmente um problema e não uma fantasia. Necessitamos de argumentos que nos convença que as causas filosóficas de certo problema são estas e não aquelas, e que as suas consequências não são estas mais aquelas. É necessário que estes nos convençam que a teoria consegue realmente resolver o que pretendia resolver por ser verdadeira, e não apenas um agregado de frases talvez atraentes, mas totalmente afastadas da verdade.

1.1 PROBLEMA DO ENSINO DA FILOSOFIA

Após a leitura do texto “A Natureza da Filosofia e o Seu Ensino” do Filósofo Desiderio Murcho, concluímos que existem grandes obstáculos para a implantação do verdadeiro ensino da Filosofia nas Escolas. O que vemos hoje é que se ensinam apenas fragmentos aos alunos e estes não são estimulados a pensar, questionar sobre os argumentos apresentados e gerar novas opiniões à respeito dos temas estudados. Existe uma grande dificuldade em aceitar a natureza aberta da filosofia e não existem esforços reais para que a mesma seja aplicada em sua totalidade no ambiente escolar.

Vimos que a natureza da filosofia levanta obstáculos sérios ao seu ensino, pois esta é fundamentalmente uma discussão de ideias e as instituições de ensino ainda não estão preparadas para trabalhar dentro deste modelo. Outro obstáculo encontrado para o estudo da filosofia é a cultura de determinada sociedade que vai interferir diretamente na postura e interesse dos indivíduos sobre os assuntos. Uma cultura mais repressiva produzirá indivíduos desinteressados sobre o assunto, enquanto uma cultura mais aberta e incentivadora produzirá novos filósofos, novos pensadores.

Outro problema encontrado está relacionado com os conteúdos a serem escolhidos para estudo no ambiente escolar. Seria interessante apresentar aos alunos um conjunto dos problemas mais relevantes, as respectivas famílias de teorias e seus pontos fortes e fracos. Desta forma é possível fornecer ao estudante uma visão mais abrangente e bem organizada dos problemas, teorias e argumentos da área disciplinar em causa, mas sem perder o contato com a bibliografia primária.

É certo que todos os filósofos, assim como todos os cientistas e todas as pessoas em geral, têm a sua cota de verdades e inverdades misturadas. Desta forma é necessário realizar um estudo cuidadoso das teorias e argumentos, com o objetivo final de aprofundar mais sobre o assunto e diferenciar o que é verdade e inverdade, eliminar o erro e a ilusão.

Ao estudar filosoficamente, podemos construir um argumento válido a partir de premissas verdadeiras e chegara uma conclusão igualmente verdadeira. Da mesma maneira é possível construir argumentos válidos a partir de premissas falsas e chegar a conclusões falsas. A proposta é estimular e ajudar o estudante a pensar por si mesmo sobre os problemas, teorias e argumentos da filosofia, estimulando-o a questionar sobre os temas abordados pelos filósofos e fornecendo-lhe instrumentos filosóficos. O pensar filosoficamente abre espaço para novas possibilidades de compreensão do mundo e dos problemas inerentes a ele. Além disso, permite que novas soluções sejam percebidas, pensadas e colocadas em prática. A filosofia em si não tem todas as respostas, mas a partir dela é possível abrir um leque maior de percepções e, consequentemente novos caminhos.

2) A SOCIEDADE, A EDUCAÇÃO DO FUTURO E NOSSA REALIDADE ATUAL.

A sociedade atual vive um momento ímpar na história da educação. Nunca, em nenhum outro momento da história da humanidade, tivemos informação atual e de qualidade de forma tão acessível e ágil. Os livros didáticos não cumprem mais o papel que outrora cumpriam. Da mesma forma o estudante da atualidade possui características bem diferentes do estudante de outras épocas. Acostumado a viver em um mundo onde a informação está disponível e chega até ele de forma rápida utiliza-se de ferramentas e meios que lhe permitam atualizar-se constantemente e em tempo real.

A sala de aula do futuro, portanto, é uma sala diferenciada, dotada de novas tecnologias e possibilidades. Ao mesmo em que é uma sala de aula, também é uma biblioteca, um laboratório de ciências, de informática, de física, de química, uma sala de artes etc. configurando-se então, como a sala de aula projetada para a educação do futuro.

O educador que esta nova era precisa e que atuará dentro desta sala de aula, também possui características e habilidades diferenciadas, deixando de ser um mero reprodutor de conteúdo para ser um mediador no processo educativo. Ele passa a ser um facilitador do aprendizado em sala de aula utilizando-se de recursos e ferramentas que tornam o ensino mais interativo e participativo, adequando toda a modernidade disponível ao ensino.

O estudante deixa de ser um mero receptor de informações e passa a ser o construtor imediato do próprio conhecimento e autor do seu próprio aprendizado. O aluno contemporâneo necessita dessas adequações disponibilizadas em sala de aula, pois ele mesmo vem se desenvolvendo e

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