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Família

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Por:   •  27/10/2014  •  Tese  •  517 Palavras (3 Páginas)  •  141 Visualizações

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Durante o século XX , aconteceu grandes avanços científicos e tecnológicos na história humana que resultaram em grandes transformações, não só no campo da ciência, mas também na forma de viver do homem como indivíduo e como ser so

Dessa forma, esse desenvolvimento têm surgido, desde o início do século XX, algumas reflexões sobre a forma como se busca o conhecimento, culminando, hoje, em uma nova proposta paradigmática.

Compreendo a família como um sistema vivo, em constante transformação, parte de um contexto histórico, social, cultural, físico e biológico. Dessa forma, com o fim de obter uma compreensão mais ampla dos fenômenos que envolvem a família, considero importante fazer um pequeno retorno no tempo e observar sua evolução até os dias atuais.

A família contemporânea apresenta uma configuração bastante diferenciada daquela apresentada em tempos passados. Até o século XVI, raramente se observava a existência de imagens de família, isso porque até aquele século, a multidão ocupava o centro dessas figuras, onde uma mistura de pessoas se encontrava em lugares públicos tais como as ruas, mercados, praças ou igrejas. A vida era vivida em público, não existindo intimidade e as pessoas se misturavam, senhores e criados, adultos e crianças.

Naquela época, as crianças misturavam-se com os adultos, desde a idade de sete anos, quando eram consideradas capazes de dispensar a ajuda da mãe ou das amas. Nessa idade, já ingressavam na comunidade dos homens, participando ativamente, junto com jovens ou velhos, dos trabalhos e jogos. Esse estilo de aprendizagem de vida - participando do mundo externo e adulto – promovia o afrouxamento do laço afetivo entre pais e filhos. A criança saía muito cedo do seio da família. “A família não podia nessa época, alimentar um sentimento mais profundo entre pais e filhos

Embora a família existisse como realidade vivida, não havia espaço para ela como sentimento ou como valor. A família cumpria uma função: a transmissão da vida, bens e nomes. O sentimento de família começou a surgir entre o século XVI e o século XVIII em classes abastadas do campo ou da cidade. Somente a partir do século XVIII, ele estendeu-se a todas as classes.

Esse processo iniciou-se quando os eclesiásticos passaram a ter um grande interesse na educação infantil a partir de uma preocupação mais moralista do que humanista - lutava-se contra a anarquia, iniciando-se uma moralização da sociedade. Surgiram, então, as ordens religiosas, como os jesuítas, dedicadas ao ensino de crianças. Estas ensinaram aos pais que eles eram os guardiões espirituais das crianças, responsáveis perante Deus pela alma de seus filhos. Passou-se a admitir que a criança não estava madura para a vida, e que era preciso submetê-la a um regime especial, a uma espécie de quarentena antes de deixá-la unir-se aos adultos. Com isso, a família e a escola tiraram as crianças da sociedade dos adultos, transferindo-as para o “enclausuramento” no internato. Ali as crianças eram rigorosamente ensinadas e corrigidas com chicotes ou prisão. Essa mudança correspondeu não só ao desejo de manter as crianças afastadas das tentações do mundo adulto como, também, ao desejo dos pais de não mais abandoná-las aos cuidados de outras famílias.

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