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Fase Falica

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Por:   •  2/11/2013  •  1.539 Palavras (7 Páginas)  •  525 Visualizações

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A denominação Fálica, vem de falo, que significa pênis, e que simbolicamente estaria está ligado ao poder e a disputa. E a fase fálica, ocorre entre 3 e 5/6 anos de idade. Onde se torna comum que a criança manipule os próprios genitais, reconhecendo essa região como uma zona geradora do prazer.

Nesta fase a zona de erotização é o órgão sexual, focalizando o prazer nas genitálias. Como afirmou Freud, nessa fase que a criança se dá conta de tem um pênis ou que lhe falta de um. É quando as crianças começam a adquirir consciência das diferenças corporais sexuais. O menino desperta um interesse narcísico pelo próprio pênis em contraposição à descoberta da ausência de pênis na menina.

Como aponta Freud (1926, livro 25, p. 130):

Outra característica da sexualidade infantil inicial é que o órgão sexual feminino propriamente dito ainda não desempenha nela qualquer papel: a criança ainda não o descobriu. A ênfase recai inteiramente no órgão masculino; todo o interesse da criança está dirigido para a questão de se ele se acha presente ou não.

Ainda segundo Freud a menina passa a desejar ter um pênis ao aparentemente descobrir que lhe falta "um", o que se constitui num momento crítico ao desenvolvimento psicossexual feminino, pois:

A descoberta de que é castrada representa um marco decisivo no crescimento da menina. Daí partem três linhas de desenvolvimento possíveis: uma conduz à inibição sexual ou à neurose, outra à modificação do caráter no sentido de um complexo de masculinidade e a terceira, finalmente, à feminilidade normal. (1933, livro 29, p.31)

E Freud ainda afirma que: "se penetrarmos profundamente na neurose de uma mulher, não poucas vezes deparamos com o desejo reprimido de possuir um pênis". (1917, livro 27, p.151)

Nesta fase começa a surgir um interesse e a brincadeiras com o sexo oposto, o que leva à criança à descoberta de que seus orgãos sexuais são diferentes. Importante ressaltar que, neste momento, os adultos tem um papel fundamental para que a criança possa entender essa diferença sem traumas ou proibições, vivenciando esta fase de maneira saudável. Porém, sabemos que muitas vezes, por desconhecimento e sem saber como lidar com a sexualidade da criança, os pais, educadores e familiares, entram em pânico e acabam por reprimir e não orientar com naturalidade e tranqüilidade a criança, o que muitas vezes impede que ela complete essa fase.

Os pais não devem comparar este ato da criança tocar a genitália e a curiosidade em relação à sexualidade na infância com olhar os atos e olhar de um adulto. Compreendendo que a criança não faz nenhuma associação deste ato com o "sexo em si", ela apenas sente prazer. Se for reprimida, a criança sentirá culpa, e na fase adulta consolidará a visão de que de que tocar-se, e a sexualidade é algo que deve ser reprimido, que é feio, sujo, proibido... Ocasionando dificuldades de relacionar-se sexualmente e sentir prazer na fase adulta.

As vivências sócio-afetivas-sexuais nesta fase, assim como nas demais, podem marcar positivamente ou negativamente a construção da identidade de uma pessoa, sua personalidade, seu caráter. Especialmente porque esta fase dá início a fase edípica, da lenda grega de Édipo que se apaixona por sua mãe. É quando as crianças vêem em seus pais os objetos de desejo. A menina elege o pai como namorado e o menino, a mãe. Surgem ainda as perguntas e curiosidades sobre a sexualidade, mas sobre o Complexo de Édipo e como esclarecer as curiosidades das crianças abordaremos num próximo post. Grande abraço e até lá!

Latência (6 aos 10 anos de idade)

Após a Fase Fálica, meninos e meninas modificam a forma de se relacionar afetivamente com os pais, e focalizam suas energias nas interações sociais que começam a estabelecer com outras crianças, e nas atividades esportivas e escolares. Com a superação ou suspensão do “Complexo de Édipo e de Electra”.

Etimologicamente, latência significa estado do que se acha encoberto, incógnito, não-manifesto, adormecido. Seria o tempo entre o estímulo e a reação do indivíduo.

Neste período, a libido é impelida de se manifestar e os desejos sexuais não-resolvidos da fase fálica não são atendidos pelo ego e são reprimidos pelo superego. Freud afirma que o período de latência se prolonga até a puberdade:

Durante ele a sexualidade normalmente não avança mais, pelo contrário, os anseios sexuais diminuem de vigor e são abandonadas e esquecidas muitas coisas que a criança fazia e conhecia. Nesse período da vida, depois que a primeira eflorescência da sexualidade feneceu, surgem atitudes do ego como vergonha, repulsa e moralidade, que estão destinadas a fazer frente à tempestade ulterior da puberdade e a alicerçar o caminho dos desejos sexuais que se vão despertando. (FREUD, 1926, livro XXV, p. 128.).

Importante aqui para sua melhor compreensão conceituarmos a partir de Freud (1940, livro 7, pp. 17-18). o Id, o Ego e o Superego:

“O Id contém tudo o que é herdado, que se acha presente no nascimento e está presente na constituição, acima de tudo os instintos que se originam da organização somática e encontram expressão psíquica sob formas que nos são desconhecidas. O Id é a estrutura da personalidade original, básica e central do ser humano, exposta tanto às exigências somáticas do corpo às exigências do ego e do superego. O Id seria o reservatório de energia de toda a personalidade.” “O Ego é a parte do aparelho psíquico que está em contato com a realidade externa. O Ego se desenvolve a partir do Id, à medida que a pessoa vai tomando consciência de sua própria identidade, vai aprendendo a aplacar as constantes exigências do Id. Como a casca de uma árvore, o Ego protege o Id, mas extrai dele a energia suficiente para suas realizações. Ele tem a tarefa de garantir a saúde, segurança e sanidade da personalidade. Uma das características principais do Ego é estabelecer a conexão entre a percepção sensorial e a ação muscular, ou seja, comandar o movimento voluntário. Ele tem

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