Filosofia Geral E Jurídica

Aula 2: Sócrates e a sofística

Caso 1

1. Qual a relação que podemos estabelecer entre os sofistas, a retórica e a democracia, no período socrático?

Os sofistas ensinavam a retórica - a arte da argumentação, e esta, sendo bem exercida, poderia dar plenamente o poder ao povo, em vez de envolvê-lo em argumentos falsos.

Caso 2

1. Como Sócrates e a sofística compreenderam o conceito de verdade? Há diferenças entre tais concepções? Por quê?

A preocupação de Sócrates era levar as pessoas, por meio do autoconhecimento, à sabedoria e à prática do bem. Os sofistas também se voltavam para a formação do homem, mas com um objetivo mais imediato, transmitindo aos jovens um saber enciclopédico e desenvolvendo sua eloqüência, que era a principal habilidade esperada de um político. Os sofistas buscam a “verdade” na materialidade do cotidiano, ou seja, trabalham com um conceito realístico de verdade, enquanto Sócrates trabalha com uma verdade fundada nos conceitos de alma e dialética.

Aula 3: Platão – Justiça e a fundação do Estado

Caso 1

1- Que critério entendia Platão como o correto para a escolha daqueles que deveriam exercer os poderes da pólis? Fundamente sua resposta.

Platão entendia que o critério para a escolha daqueles que deveriam exercer os poderes da pólis era a aptidão, ou seja, a inteligência, conhecimento e capacidade de conduzir a sociedade pelo caminho do bem, do belo e do justo, virtudes próprias dos filósofos, que seriam, então, os mais indicados para assumir o poder.

2 - Pelo que você leu no texto acima e pelos seus conhecimentos acerca do processo eleitoral americano, a atual candidata a vice-presidência americana, muito popular entre certa camada social daquele país, cumpre os requisitos exigidos para exercer o poder, segundo aqueles que entendem como correta a visão platônica?

Ela não foi escolhida pelo critério defendido por Platão, ou seja, pela sua capacidade intelectual e política, mas pelo fato de ser mulher e ter a possibilidade de atrair uma parcela das eleitoras da ex-pré-candidata do partido democrata.

Caso 2

1. A possibilidade de uma lei ser injusta é largamente discutida nos dias de hoje. A partir de uma perspectiva platônica de Estado, expressa na obra República, é natural que o filósofo-rei elabore regras concretas injustas? Justifique.

Não, porque na perspectiva platônica, o filósofo-rei é a pessoa que detém o conhecimento e a capacidade de governar em favor do povo, logo, o natural é que ele elabore regras concretas baseadas nos ideais de justiça.

2. Tomando o caso argentino acima como referência, Platão consideraria possível que uma regra injusta pudesse ser emanada por um governo popular? Por quê?

Não, porque uma lei injusta não poderia vir de um governo que visa atender as carências da população.