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Kant, Esclarecimento

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Por:   •  28/11/2013  •  511 Palavras (3 Páginas)  •  552 Visualizações

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Para Immanuel Kant, a menoridade seria a incapacidade de pensar e usar o seu conhecimento por si próprio, sendo administrado por outro indivíduo. Por preguiça, medo ou covardia, muitos preferem ser menores, do que pensar e agir sem a intervenção de outro, sendo assim, o homem é o próprio culpado por sua menoridade que, não é causada pela falta de entendimento.

Em algum momento de nossas vidas, todos passamos por este mesmo caso, contanto, a menoridade não deve ser confundida com a imaturidade – presente em boa parte da população – pois, um indivíduo mesmo sendo adulto, pode ao mesmo tempo ser menor, por sua própria escolha, medo, preguiça ou oportunismo.

É muito mais fácil ter alguém que pense e escolha por nós, do que nós mesmos fazermos isso, por exemplo, por que alguém criticaria os valores ou regras instituídas, quando se tem uma boa vida, onde há um médico para cuidar da saúde, um professor para dizer o que é certo e errado, um pastor para informar o que é do bem e do mal, os país para cuidarem da alimentação, etc. Porque alguém se colocaria em risco indo contra o que a maioria acha, quando se tem a opção de ficar calado e sossegado sem precisar criticar e pensar?

É tão cômodo ser menor. [...] Não tenho necessidade de pensar, quando posso simplesmente pagar; outros se encarregarão em meu lugar dos negócios desagradáveis (KANT, 2005. p. 64).

Com o passar do tempo, quanto mais o indivíduo é controlado por outro, mais difícil será ele sair de sua menoridade e alcançar o esclarecimento.

Mas o que seria o esclarecimento? Segundo Kant, esclarecimento é a saída do homem de sua menoridade. Menoridade esta que pode ser auto imposta ou necessária. No primeiro caso, é causada quando o indivíduo opta por ser menor. No entanto, nunca foi possível que alguém, em nenhum momento, tivesse conhecimento “absoluto” sobre todas as coisas existentes, pois, para ser esclarecido não basta apenas conhecer profundamente, mas ter autonomia crítica para falar sobre, neste caso, chamamos de menoridade necessária.

Para conseguir alcançar o esclarecimento, é necessário ter a liberdade, de se expressar, falar e criticar sobre qualquer assunto desejado. Porém, nem sempre podemos falar tudo o que vem a nossa cabeça, pois pra tudo há o seu tempo. Um professor, por exemplo, quando está exercendo seu ofício, é obrigado a utilizar do uso privado da razão, ensinando e expondo seus conhecimentos e opiniões dentro dos limites e regras impostas. Porém, fora do ambiente profissional, ele tem a liberdade de contar e criticar sobre eventuais falhas ou acontecimentos ocorridos durante o trabalho, resultando assim no uso público da razão. Portanto, um bom esclarecedor precisa saber o momento certo de usar público e privadamente a razão.

Provavelmente, se fosse dada total liberdade a todos os homens, poder-se-ia chegar ao esclarecimento por quase completo. Mas quando um indivíduo ganha a mínima liberdade de dar seus próprios passos, logo no primeiro erro cometido, julga difícil de seguir a caminhada por si mesmo e, deseja de tal forma, voltar para a comodidade de viver sob a tutela de alguém.

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