Kant e o esclarecimento: aspectos atuais

KANT E O ESCLARECIMENTO: ASPECTOS ATUAIS

Como Kant magnificamente argumentou o esclarecimento é sinônimo de emancipação humana em sentido pleno, a saber, é a “fuga” da própria menoridade do homem pela qual ele mesmo é responsável, tanto pela permanência quanto pela mudança.

O homem insiste, por covardia moral, em aceitar a tutela alheia. São ídolos que nos governam e são eles que nos manipulam para uma absurda “desumanização” e para a morte.

Ditadores são exemplos universais e atuais de ídolos que dominam nossa mente. Quando se fala de líderes autoritários e destruidores pensa-se logo em Hitler e no pesadelo nazista

RESPOSTA UNIDADE 02 – ÉTICA

O formalismo ético kantiano consiste em indicar que uma determinada máxima descreve uma ação moral quando cumpre um requisito puramente formal e universalizável. Desse modo, é errado mentir, mesmo que para salvar a vida do meu irmão que está sendo perseguido por um assassino.

Para Hegel uma ética baseada no “dever pelo dever” é estritamente formal e não permite chegar a nenhuma doutrina imanente do dever.

De acordo com os argumentos hegelianos, o momento ou era histórica são desconsiderados como fatores implicativos para a justeza da ação moral no kantismo, dado que para Kant a validade universal das condutas humanas são medidas apenas através de uma não contradição interna. Assim, se não há historicidade é impossível determinar porque as pessoas mudam quando mudam as condições histórico-concretas. É impossível entender porque as sociedades mudam.

Hegel foi um leitor atento da filosofia kantiana, em particular, pela sua pertinência histórica e densidade conceitual. A centralidade da figura do sujeito reúne Kant e Hegel no que diz respeito à determinação da realidade, mas eles se separam na medida em que o sujeito kantiano reconhece o objeto e, diferentemente de Hegel, não se reconhece aí. Tal separação é explorada por Hegel em sua análise do conceito de liberdade em Kant. Para Hegel, a liberdade em Kant não vai além de uma abstração enquanto não se deixa determinar. O mesmo raciocínio se estende à lei, pois Hegel entende que Kant opera uma distinção entre a forma e o conteúdo da lei que não são entendidos como complementares. Em Hegel, a lei é mais do que uma referência formal. Sem a lei, enquanto determinação histórica, a liberdade permanece uma intenção sem jamais atingir o status necessário de realidade entre os homens.

Kant: Princípios materiais não servem de funcionamento á ética

Kant critica a pretensão de fundamentar a ética sobre o bem-estar, assim como sobre qualquer outro tipo de inclinação, pelo fato de essa não poder ser elevada à categoria de princípio universal, pois o bem-estar é um termo relativo, sujeito a variações históricas e espaciais. Daí que não é possível fundar uma ética, que deve ter valor universal, sobre algo mutável. O bem-estar pertence a classe dos objetos particulares e que por isso não podem ser universalizáveis. Somente um princípio que leve em conta a razão, que pertence em igual medida

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