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Karl Marx

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Por:   •  23/11/2013  •  5.901 Palavras (24 Páginas)  •  375 Visualizações

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FICHAMENTO

MARX, Karl. K.Marx F.Engels: História. 3°ed. São Paulo,SP: Ática, 1989.I-A consciência revolucionaria da história, 2.K.Marx e F.Engels: A história dos homens.III- Ocurso histórico das civilizações, 1.F.Engels: Barbárie e civilização, 3. K.Marx e F.Engels: Burgueses e proletários.

Oposição entre concepção materialista e idealista

Introdução

“Como informam os ideólogos alemães, a Alem anha atravessou nos últimos anos uma revolução sem precedentes. Iniciado com o processo de decomposição do sistema hegeliano desenvolveu-se até uma fermentação mundial a que foram arrastadas todas as “potências do passado” . Em meio ao caos generalizado, formaram-se poderosos impérios para de imediato sucumbirem, emergiram momentaneamente heróis para logo em seguida serem novamente atirados de volta à obscuridade por rivais mais intrépidos e mais poderosos. E ra uma revolução, frente à qual a francesa é um a brincadeira de criança, um a luta mundial ante a qual as lutas dos diádocos 3 parecem ninharia.” (182-183).

“Trata-se, contudo/de um evento interessante: do processo de apodrecimento do espírito absoluto. Após o apagar da última fagulha de vida, as diversas partes componentes deste capuí m o rtu u m 4 entraram em decomposição, entraram em novas combinações, e formaram novas substâncias. Os industriais da filosofia, que até então haviam vivido da exploração do espírito absoluto, lançaram-se agora sobre as novas combinações. Cada um deles, com o maior afã possível, cuidou de vender ao desbarato a parte que lhe coubera.” (p.183).

“Até os seus mais recentes esforços a crítica alemã não abandonou o terreno da filosofia. Longe de examinar os seus pressupostos filosóficos gerais, todas as suas questões até cresceram no chão de um determinado sistema filosófico, o hegeliano. Jazia uma mistificação não só em suas respostas, mas já nas perguntas mesmas. Esta dependência para com Hegel é a razão pela qual nenhum desses críticos mais recentes sequer tentou uma crítica mais abrangente do sistema hegeliano, por mais que

cada um deles afirme estar além de Hegel. A polêmica deles contra Hegel e entre si mesmos se limita a cada um deles extrair um aspecto do sistema hegeliano e voltá-lo tanto contra o sistema inteiro quanto contra os outros aspectos extraídos pelos outros.” (p.184-185).

“Os pressupostos com os quais começamos não são arbitrários, nem dogmas, são pressupostos efetivos dos quais só é possível abstrair na imaginação. Eles são os indivíduos efetivos, a sua ação e as suas condições materiais de vida, tanto as encontradas aí quanto as engendradas pela própria ação deles. Estes pressupostos são portanto constatáveis por via puramente empírica.”(p.186).

“O primeiro pressuposto de toda a história hum ana é naturalmente a existência de indivíduos humanos vivos *. O primeiro estado de coisas a se constatar é portanto a organização corporal desses indivíduos e a relação com a natureza restante que aquela lhes dá.”(p.187).

“Pode-se distinguir os homens dos animais pela consciência, pela religião, pelo que se queira. Eles mesmos começam a se distinguir dos animais tão logo começam a produzir os seus meios de vida, um passo condicionado pela sua organização corporal. Ao produzirem os seus meios de vida, os homens produzem indiretamente a sua vida material mesma.” (p.187).

História

“O primeiro ato histórico é portanto engendrar os meios para a satisfação dessas necessidades, produzir a vida material mesma, e isto é um ato histórico, uma condição básica de toda a história que ainda hoje, como há milênios, precisa ser preenchida a cada dia e a cada hora tão-somente para manter os homens vivos.” (p.194|).

“Em segundo lugar, a primeira necessidade satisfeita, a ação da satisfação e o instrumento da satisfação já adquirido levam a novas necessidades — e esse engendramento de novas necessidades é o primeiro ato histórico. Mas aqui já se patenteia de imediato de que mente é filha a grande sabedoria histórica dos alemães que, onde lhes falta o material positivo e onde não se debatem absurdos teológicos nem políticos nem literários, não deixam acontecer história alguma, mas o “tempo pré-histórico”, sem no entanto nos esclarecerem como se passa desse absurdo da “pré-história” à história propriamente[...]” (p.195).

“A terceira circunstância //V e rh ã ltn is //, o que já de antemão entra no desenvolvimento histórico, é a de que os seres humanos 21 que renovam a sua própria vida diariamente começam a fazer outros seres hum anos, isto é, a se reproduzirem — a relação entre homem e mulher, pais e filhos, a família.” (195).

“De resto, esses três aspectos da atividade social não devem ser tomados como três estágios diferentes, mas tão-somente como três aspectos ou, escrevendo claro para os alemães, como três “momentos” que existiram simultaneamente desde o início da história e desde os primeiros homens, fazendo-se valer ainda hoje na história.” (p.195-196).

“Depreende-se disto que um determinado modo de produção ou estágio industrial está sempre unido a um determinado modo de cooperação ou estágio social, este modo de cooperação sendo ele mesmo uma “força produtiva”, / depreende-se / que a quantidade das forças produtivas acessíveis aos homens condiciona o estado social e que portanto a “história da hum anidade” precisa ser trabalhadá e estudada sempre em conexão com a história da indústria e da troca.”(p.196).

“Com isso desenvolve-se a divisão do trabalho, que em sua origem nada mais era do que a divisão do trabalho no coito, depois divisão do trabalho que se faz espontânea ou “naturalm ente” em virtude da disposição natural (por exemplo, força física), das necessidades, dos acasos, etc., etc. A divisão do trabalho só se torna efetivamente divisão a partir do instante em que se instaura uma divisão do trabalho material e do intelectual.”(p.197-198).

“Com a divisão do trabalho, na qual estão dadas todas essas contradições e que por sua vez repousa na divisão natural do trabalho na família e na separação da sociedade em famílias isoladas contrapostas umas às outras, também está dada ao mesmo tempo a repartição, e precisamente a repartição desigual, tanto quantitativa quanto qualitativa, do trabalho e dos seus produtos, a propriedade já tendo portanto o seu gérmen, a sua

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