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Lei De Amor

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Por:   •  25/2/2015  •  2.129 Palavras (9 Páginas)  •  240 Visualizações

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INTRODUÇÃO

De acordo com O Livro dos Espíritos, há dez Leis Naturais:

1) Lei de Adoração; 2) Lei do Trabalho; 3) Lei de Reprodução; 4) Lei de Conservação; 5) Lei de Destruição; 6) Lei de Sociedade; 7) Lei do Progresso; 8 ) Lei de Igualdade; 9) Lei de Liberdade; 10) Lei de Justiça, Amor e Caridade.

Esta divisão da Lei Natural em dez partes, da mesma forma como fez Moisés com os Dez Mandamentos, abrange todas as circunstâncias da vida.

Kardec considera a Lei de Justiça, Amor e Caridade a mais importante das Leis Naturais, porque ela resume todas as outras.

A relação que existe entre justiça, amor e caridade é a de que a justiça procura simplesmente ajustar-se à lei. A lei, contudo, é fria, diz respeito a uma norma. A obediência cega a uma lei pode acarretar uma injustiça para com os seres humanos. Nesse caso, o amor e a caridade entram como um complemento da Lei de Justiça. Na pergunta 886 de O Livro dos Espíritos, Allan Kardec diz: “O amor e a caridade são o complemento da lei de justiça, porque amar o próximo é fazer-lhe todo o bem possível, o que desejaríamos que nos fosse feito. Tal é o sentido das palavras de Jesus: ‘Amai-vos uns aos outros, como irmãos’”.

No capítulo XI do ESE, item 8, Fénelon nos diz que o amor resume a doutrina de Jesus toda inteira, visto que esse é o sentimento por excelência, e os sentimentos são os instintos elevados à altura do progresso feito.

A justiça sendo uma Lei da Natureza, é um princípio moral inato no homem e que decorre da sua própria criação, é pois uma lei humana e uma lei natural. Num princípio de igualdade em que se exige o respeito ao direito de si próprio bem como ao dos outros, em tratar todos com imparcialidade, além de suas diferenças considerando-os semelhantes.

Por direito, entende-se aquilo que é conforme uma regra precisa ou àquilo que é permitido.

O primeiro de todos os direitos naturais é “O de viver. Por isso é que ninguém tem o direito de atentar contra a vida do seu semelhante, nem de fazer o que quer que possa para comprometer-lhe a existência corporal.”

O direito de posse é legítimo uma vez que ele resulte do seu trabalho e que tenha em vista socorrer os seus semelhantes na prática da lei do amor e caridade, porquanto assim não se verifique será por egoísmo.

Pode-se falar então que justiça é um sentimento de verdade, de equidade, de humanidade, colocado acima das paixões humanas, que tudo deturpam.

Há que fazer então a distinção entre justiça humana e justiça divina. A justiça humana está sujeita às limitações do ser humano. Serve para uma sociedade durante um determinado período de tempo, conforme o grau de desenvolvimento moral e espiritual alcançado pelas pessoas que ali vivem. Em todos os tempos e em todas as crenças o homem sempre se esforçou para fazer prevalecer o seu direito pessoal. “A sublimidade da religião cristã está em que ela tomou o direito pessoal por base do direito do próximo.”

A justiça divina é a justiça estabelecida por Deus, é um modelo a ser seguido. A função dos seres humanos é aproximar-se cada vez mais dessa justiça maior, a justiça das justiças.

“Efetivamente, o critério da verdadeira justiça está em querer cada um para os outros o que para si mesmo quereria e não em querer para si o que quereria para os outros, o que absolutamente não é a mesma coisa.” Como não é natural que se queira o próprio mal, se tomarmos o desejo pessoal por norma ou ponto de partida, podemos estar certos de assim desejar para o próximo somente o bem.

O amor segundo Kardec deve ser visto como uma energia radiante expressa pelo nosso pensamento, alicerçado na vontade e no discernimento.

O amor é um complemento da lei da justiça, traduz-se num sentimento interior que nos permite amar o próximo e fazer-lhe todo o bem que nos seja possível tal como desejaríamos que nos fosse feito. Remete-nos a um sentimento comum tanto aos homens como aos animais.

“Amar os inimigos é perdoar-lhes e retribuir-lhes o mal com o bem. O que assim procede torna-se superior aos seus inimigos, ao passo que abaixo deles se coloca, se procura tomar vingança.”

“Amai-vos uns aos outros, eis toda a lei, lei divina, mediante a qual governa Deus os mundos. O amor é a lei de atração para os seres vivos e organizados. A atração é a lei de amor para a matéria inorgânica.”

A caridade é também um complemento da lei da justiça.

Caridade que vem da raiz de amor (caritas), é uma virtude cristã fundamental que move a vontade à busca efetiva do bem de outrem e procura identificar-se com o amor de Deus. O lema é: “Ama o próximo como ti mesmo”. S. Paulo deu superior relevo à caridade em relação à fé e à esperança, as outras virtudes cristãs

«Por ora subsistem a fé, a esperança e a caridade – as três. Porém, a maior delas é a caridade.»

«A caridade é paciente, a caridade é bondosa. Não tem inveja. A caridade não é orgulhosa. Não é arrogante. Nem escandalosa. Não busca os seus próprios interesses, não se irrita, não guarda rancor. Não se alegra com a injustiça, mas se rejubila com a verdade. Tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. A caridade jamais acabará. “As profecias desaparecerão, o dom das línguas cessará, o dom da ciência findará.”

“A caridade, segundo Jesus, não se restringe à esmola, abrange todas as relações em que nos achamos com os nossos semelhantes, sejam eles nossos inferiores, nossos iguais, ou nossos superiores. Ela nos prescreve a indulgência, porque de indulgência precisamos nós mesmos, e nos proíbe que humilhemos os desafortunados, contrariamente ao que se costuma fazer.”

O homem verdadeiramente bom procura elevar o inferior aos seus próprios olhos, diminuindo a distância entre ambos.

«Empenhai-vos em procurar a caridade. (…)»

«Tudo o que fazeis, fazei-o na caridade.»

Nunca esqueça nada acontece por acaso!!

Ricardinho não agüentou o cheiro bom do pão e falou:

- Pai, tô com fome!!!

O pai, Agenor , sem ter um tostão no bolso, caminhando desde muito cedo em busca de um trabalho, olha com os olhos marejados para o filho e pede mais um pouco de paciência....

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