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Liberdade E Libertalismo E Determinismo

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Por:   •  25/9/2014  •  804 Palavras (4 Páginas)  •  1.145 Visualizações

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1.As considerações sobre o cristianismo (na minha opinião) estão correctas, até porque se não acontecesse o cristianismo na cultura ocidental não teria sido possível a ciência. Com o monoteísmo ― e principalmente com o cristianismo que deu uma importância superior à lógica e à estética ―, a transcendência divina passou a implicar o facto de que Deus “se retirou” da Natureza, o que significa que o “distanciamento transcendental” de Deus criou um espaço da realidade que se tornou acessível à ciência. Em culturas em que Deus (ou a divindade) permaneceu imanente, isto é, em que Ele não se “distanciou” da Sua obra (que é a Natureza) através da transcendência, a ciência não se desenvolveu, como foi o caso das religiões orientais.

A dificuldade dos gregos pré-socráticos em ligar a filosofia à ciência consistiu exactamente na impossibilidade cultural de conceber a divindade senão como sendo intracósmica, e só foi possível suplantar esta dificuldade através do conceito de “Ser”, a partir de Parménides e através de Sócrates, Platão, Aristóteles, Plotino, etc. E foi esta qualidade da transcendência divina que floresceu no cristianismo que abriu a possibilidade real à ciência que Nietzsche abomina quase tanto quanto odeia o cristianismo.

Não quero com isto dizer que o cristianismo seja superior às outras religiões universais. Estou só a constatar factos.

2.A noção de livre-arbítrio significa, em termos clássicos, “liberdade”; e esta noção já existia na Grécia através das diferenças entre : ◦Heraclito e Parménides que deram origem ao determinismo ateísta ou naturalista (Heraclito, os epicuristas, Averróis, a escola de Chartres e Joaquim de Fiore, Guilherme de Occam, Giordano Bruno, Espinosa, Hobbes, Hume, Comte, Engels, Russell e todo Positivismo darwinista até Richard Dawkins),

◦e à liberdade cristã, espiritual e quântica (Parménides, Sócrates, Platão, Aristóteles, Plotino, a Patrística, Nicolau de Cusa, S. Tomás de Aquino, Locke, Leibniz, Kant, Berkeley, Karl Jaspers, Wittgenstein, Louis Lavelle, Russell Kirk, Eric Voegelin, etc.).

3.

Com a Idade Moderna deu-se uma ruptura epistemológica.

4.No sentido moderno, o livre-arbítrio tem a ver com a capacidade de se escolher entre dois ou mais comportamentos sem se inclinar a priori para um lado ou para outro em função de princípios ou axiomas, ou seja, consiste na alegada capacidade do Homem ser causa primeira e absoluta dos seus actos.

5.Enquanto que o conceito clássico de livre-arbítrio coincidia com a ideia de liberdade no sentido de “produto da vontade”, embora condicionada pelos limites da razão e da existência humanas ― através da aceitação da transcendência divina ―, o conceito moderno (Nietzsche, Carlyle, Ayn Rand, Heidegger, Sartre, Chomsky, Hayek, Deleuze e Guattari, os neo-pragmatistas em geral e Rorty em particular, etc.) de livre-arbítrio pretende libertar o Homem dos condicionalismos da razão e da existência, seja através do conceito de “facticidade” existencialista, seja através de um antropocentrismo absoluto e da separação entre a filosofia e a transcendência (metafísica), restringindo-a à imanência, e que tem o seu pólo oposto ― determinístico, mas igualmente antropocêntrico

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