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O Ambiente Em Sala De Aula

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Por:   •  19/2/2015  •  1.954 Palavras (8 Páginas)  •  269 Visualizações

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UFRR

UNIVERSIDADE FEDERAL DE RORAIMA

CURSO: PEDAGOGIA

DISCIPLINA: FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO II

PROFESSOR (A): EDVÂNIA

O AMBIENTE EM SALA DE AULA E A ÉTICA NO TRABALHO DOCENTE

ACADÊMICO: JOSÉ ALMIR REIS NASCIMENTO

BOA VISTA 29/10/2012

Resumo

O ambiente em sala de aula e a ética no trabalho docente

SAVIO GONÇALVES DOS SANTOS

Mestrando em Filosofia – Ética (Universidade Federal de Uberlândia), Brasil

A busca, neste trabalho, por uma análise da relação ética do docente, no ambiente da sala de aula, traz em sua fundamentação influências da Filosofia da Educação, que possibilita um detalhamento da práxis educacional. Em seu objetivo geral, o artigo reúne argumentos que corroboram a necessidade, inegável, de refletir acerca do espaço do acontecimento – aqui chamado de sala de aula, e quanto o seu desconhecimento pode tornar esse ambiente inóspito; se não proposta de maneira clara e objetiva, tal situação agrava a sua real função. Num segundo momento, a funcionalidade desse ambiente deve colocar, necessariamente, como requisito basilar a ética.

Na constante lida do docente, a sala de aula acaba por ser um ambiente familiar e repetitivo. Muitas vezes, a falta de uma exposição detalhada acerca do trabalho docente – incluindo a inexistência do código de ética do docente - faz com que muitos abandonem a prática, ou desconheçam os caminhos da educação. Educar, que vai muito além do mediar, abarca a dimensão crítico-reflexivo, transformando a realidade na maior e melhor didática a ser empregada.

Não se quer aqui buscar promover uma solução definitiva e imutável para a educação, até porque ela se perfaz de um processo em contínua mudança, atualização, sempre em construção. A educação filosófica é depreciada na imensa maioria dos departamentos das instituições de formação superior e acolhida nos de educação.

Contextualizar a sala de aula, transformando-a no espaço interativo do conhecimento, no lugar onde se rompe as barreiras do individualismo exacerbante, se perfaz de uma transmutação da realidade educacional cunhada como ambiente/aula. A ação ética dessa forma é ponto central da ação dialogada, da conversa construtiva, da crítica cultural e do erro. É onde eclode a figura do docente como aquele que, além de ser mediador, conhece os seus educandos, promovendo o crescimento cognitivo e informativo.

É possível evocar a Teoria do Conhecimento para explicar alguns estágios do caminho a ser seguido, contemplando a forma de ação ética da educação, recolocando as funções das instituições sociais, outrora mencionadas. Para tanto, dividi-se esse caminho em quatro etapas nas quais se fundamenta o pensamento racional: a análise, a crítica, a discussão e a demonstração. Dessa forma, ao se encarar a análise como primeiro ponto do processo gerador do conhecimento, não se está simplesmente fazendo uma afirmação infundada; mas sim buscando sustentar a idéia de que todos os seres humanos sempre promovem uma detalhada análise antes de se proporem a pensar, ou a fazer algo.

É justamente esse entrosamento docente/educando, sala de aula/realidade, que nos conduz ao terceiro passo: a discussão. Em uma sala de aula, o diálogo será fator preponderante para que a educação aconteça. Discutir não simplesmente pontos de vista pré-definidos; mas sim, levar a realidade do educando para a aula, e a aula para a realidade do educando. Na compreensão filosófica, tal discussão se converte em argumentação.

Assim, a partir dessa compreensão, quer-se levar a visão holística da filosofia para a axiologia da educação, onde educando e docente possam ser muito mais do que artífices e artefatos, além de serem reconhecidos como agentes transformadores da realidade. O repensar esse espaço vai muito além de se conceber formas pré-moldadas, para atuação pedagógica; mas é extremamente necessário estabelecer uma relação estreita com esse ambiente, em que haja a compreensão de que um complementa o outro, isto é, docente completa a sala, e sala completa o docente.

Essa dimensão de formação humano-social, presente no ambiente de sala de aula, retifica os princípios morais, no sentido de que o ambiente educacional é um formador de princípios. E ao se colocar o ambiente como formador deve-se buscar trabalhar esse mesmo ambiente para que ele se torne o mais agradável possível, estimulando a cultura, a ética. Para tanto, tomar-se-ão alguns momentos da prática docente para referendar a discussão. Dentre eles têm-se: a chegada, o caminho, a sala de docentes, a coleta de informações, o caminho de volta, o comportamento e o ambiente da sala de aula.

O caminho entre o bom-dia falado na portaria e a sala dos docentes parece mágico, infindável, um sonho que se realiza. Crianças correndo, jovens conversando, casais de mãos dadas, tudo parece colaborar para que o dia seja maravilhoso. Algumas conversas e cumprimentos depois, o docente adentra a sala dos docentes. A sala de aula precisa ser encarada e vivida de modo prazeroso, tanto para o educando quanto para o docente. É preciso um plano educacional para compreender que a brincadeira, a espontaneidade, faz parte do ambiente em sala de aula. É desnecessário dizer que tudo tem seu limite. Mas inúmeros docentes têm medo de abrir espaço para a flexibilidade e perder o controle disciplinar.

O sonho do retorno é algo que todo docente tem. Porém, nem tudo é o que parece. Infelizmente, encontram-se situações em que o desinteresse é tamanho, que educar se transforma em dever irremediável. A falta de empenho por parte dos educandos e de apoio por parte dos gestores, acaba por levar o ato de educar a uma situação inviável. É preciso muita paciência e muita calma. Ser docente é respeitar a opinião dos educandos e dos colegas de trabalho. Muito mais que mediar os caminhos do conhecimento, é preciso unir vida e educação. Quando a educação não se une à realidade, ela corre o risco de se tornar abstrata e, consequentemente, fazer do ser humano, que dela depende, um ser também abstrato.

As reuniões pedagógicas visam à formação continuadas do docente, contribuindo para o avanço da qualidade educacional e, ao mesmo tempo, promovendo uma interação entre

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