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O FICHAMENTO SOBRE FILOSOFIA MODERNA

Por:   •  22/9/2021  •  Trabalho acadêmico  •  1.068 Palavras (5 Páginas)  •  133 Visualizações

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO - UFERSA

CENTRO MULTIDISCIPLINAR DE PAU DOS FERROS - CMPF

BACHARELADO EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA

DICIPLINA FILOSOFIA DA CIÊNCIA

DOCENTE: CLAUDIO DE SOUZA ROCHA

SEMESTRE 2021.1

DISCENTE: MÁRCIA GABRIELLE DE OLIVEIRA COSTA

FICHA DE LEITURA TEMÁTICA DO TEXTO – FILOSOFIA MODERNA

PAU DOS FERROS – RN

2021

FILOSOFIA MODERNA

Marilena de Souza Chaui nasceu no dia 4 de setembro de 1945, em São Paulo. Marilena é uma importantíssima intelectual brasileira, que atua como professora no Departamento de Filosofia da Universidade de São Paulo (USP). Foi durante a faculdade que Chaui entrou em contato com os ideais de esquerda, no período da ditadura militar muitos dos seus colegas foram exilados, torturados e mortos por terem convicções de politica diferentes, no entanto ela não se filiou a nenhum partido, somente em 1969 Marilena começou a militar no Brasil e no exterior, onde assim se tornou membro fundador do partido dos trabalhadores (PT). A presente ficha de leitura temática refere-se a obra desta filósofa que é a “Filosofia Moderna”, que levanta um questionamento sobre as concepções e a evolução da filosofia moderna.

CITAÇÃO

COMENTÁRIO

“Frequentemente, os historiadores da filosofia designam como filosofia moderna aquele saber que se desenvolve na Europa durante o século XVII tendo como referências principais o cartesianismo — isto é, a filosofia de René Descartes —, a ciência da Natureza galilaica — isto é, a mecânica de Galileu Galilei —, a nova ideia do conhecimento como síntese entre observação, experimentação e razão teórica baconiana — isto é, a filosofia de Francis Bacon — e as elaborações acerca da origem e das formas da soberania política a partir das ideias de direito natural e direito civil hobbesianas — isto é, do filósofo Thomas Hobbes”. (p.1)

Nesse trecho é destacado que a filosofia moderna é a mistura de tudo aquilo que foi elaborado no século XVII na Europa, ela marca uma transição do pensamento medieval, fundamentado na fé e nas relações entre os homens e Deus, ela também é baseada nas fundamentações dos historiadores como René Descartes, Galileu Galilei, Francis Bacon e Thomas Hobbes.

“No entanto, a cronologia pode ser um critério ilusório, pois o filósofo Bacon publica seus Ensaios em 1597, enquanto o filósofo Leibniz, um dos expoentes da filosofia moderna, publica a Monadologia e os Princípios da Natureza e da Graça em 1714, de sorte que obras essenciais da modernidade surgem antes e depois do século XVII. Muitos historiadores preferem localizar a filosofia moderna no período designado como Século de Ferro, situado entre 1550 e 1660, tomando como referência as grandes transformações sociais, políticas e econômicas trazidas pela implantação do capitalismo, enquanto outros consideram decisivo o período entre 1618 e 1648, isto é, a Guerra dos Trinta Anos, que delineia a paisagem política e cultural da Europa moderna”. (p.1)

O trecho apresenta um entendimento de que a cronologia dos fatos, acaba caindo em contradição, já que alguns filósofos publicaram suas obras antes e depois do século XVII. Muitos historiadores preferiram centralizar a filosofia moderna como sendo conhecido pelo século de ferro, que faz referência as transformações da sociedade geradas pela aplicação do capitalismo, marco que também foi apresentado na guerra dos trinta anos.

“Do lado do que denominamos Renascimento, encontramos os seguintes elementos definidores da vida intelectual: 1) surgimento de academias laicas e livres, paralelas às universidades confessionais, nas quais imperavam as versões cristianizadas do pensamento de Platão, Aristóteles, Plotino e dos Estoicos e as discussões sobre as relações entre fé e razão, formando clérigos e teólogos encarregados da defesa das ideias eclesiásticas; as academias redescobrem outras fontes do pensamento antigo, se interessam pela elaboração de conhecimentos sem vínculos diretos com a teologia e a religião, incentivam as ciências e as artes (primeiro, o classicismo e, depois da Contra-Reforma, o maneirismo); 2) a preferência pelas discussões em torno da clara separação entre fé e razão, natureza e religião, política e Igreja. [...]”. (p.4)

Autora nos mostra que de acordo com a chegada do renascimento houve uma vertente no pensamento que articulava o poder da presença das divindades para explicar todos os acontecimentos daquela época. Com isso, passou – se a ter então uma busca maior pela ciência, o conhecimento passou a ser difundido, ou seja, se tornou racional, baseava-se na tentativa de explicar os acontecimentos que surgiam no mundo, sem relação teológica e espiritual.  

"[...] Considera-se que os fenômenos naturais podem e devem ser explicados por eles mesmos, sem recorrer à continua intervenção divina e sem submetê-los aos dogmas cristãos (como, por exemplo, o geocentrismo, com a Terra imóvel no centro do universo); defende-se a ideia de que a observação, a experimentação, as hipóteses lógico-racionais, os cálculos matemáticos e os princípios geométricos são os instrumentos fundamentais para a compreensão dos fenômenos naturais (Bruno, Copérnico, Leonardo da Vinci sendo os expoentes dessa posição)”. (p.4)

Neste fragmento temos o mesmo pensamento dito anteriormente, conseguimos perceber que o pensamento racional e cientifico começa a surgir na época retratada, tendo como objetivo explicar todos os acontecimentos do mundo, partindo de teorias, método e dados. Então, esse tipo de conhecimento passou a gerar contradições, nas explicações religiosas que a igreja católica defendia.

“Por seu turno, a Reforma destrói a crença (concretamente ilusória, pois jamais existente) da unidade da fé cristã, dos dogmas e cerimônias, e sobretudo da autoridade religiosa: questiona-se a autoridade papal e episcopal, questiona-se o privilégio de somente alguns poderem ler e interpretar os livros Sagrados, questiona-se que Deus tenha investido o papado do direito de ungir e coroar reis e imperadores, questionam-se dogmas e ritos (como a missa e até mesmo o batismo). [...]”. (p.5)

Nesse trecho notamos a mudança de pensamento trazida pelo renascimento, os paradigmas que fizeram com que  os homens daquela época buscassem cada vez mais o conhecimento, consolidando opiniões e questionamentos mais críticos em relação a igreja.

“A expressão " filosofia moderna ou filosofia do século XVII" é uma abstração, como já sugerimos ao mencionar a questão da cronologia. Mas é também uma abstração se considerarmos as várias filosofias que polemizaram entre si nesse período, os filósofos concebendo a metafísica, a ciência da Natureza, as técnicas, a moral e a política de maneiras muito diferenciadas. [...]” (p.6)

Nesse trecho explanamos uma característica peculiar do pensamento filosófico do século XVII, onde notamos características comuns, havendo uma oposição entre as varias filosofias diferentes, e entre todas elas tivemos os filósofos concebendo a metafisica, a ciência da natureza, as técnicas, a moral e a política.

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