TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

O Filósofo Ingnorante

Dissertações: O Filósofo Ingnorante. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  16/11/2013  •  2.513 Palavras (11 Páginas)  •  331 Visualizações

Página 1 de 11

RESUMO

Segundo Voltaire todo filósofo é amante da sabedoria, da verdade, e que poucas pessoas se preocupam em ter entendimento do que é o homem. Estaríamos totalmente enganados que os filósofos têm ideias mais completas sobre a natureza humana.

No livro Tratado de Metafísica o Voltaire diz que segundo alguns, o homem é uma alma unida a um corpo e quando o corpo está morto, a alma vive sozinha para sempre. O outro, o homem é um corpo que pensa, e nem um e nem outro provam o que afirmam.

No livro o Túmulo do Fanatismo, Voltaire diz “a estúpida indolência em que a maioria dos homens apodrece no que diz respeito ao objeto mais importante pareceria provar que eles são miseráveis máquinas animais, cujo instinto apenas se ocupa do momento presente” (Túmulo do Fanatismo, prefácio, pg 5 edição Martins Fontes).

Voltaire diz que “ ...ser sábio é evitar os loucos e os maus. O filósofo, portanto, só deve viver com filósofos”. (O filósofo Ignorante, seção 1,edições Martins Fontes, 2001). E continua “ se pessoas ignorantes, nascidas com bom senso e querendo sinceramente se instruir, interrogam o sábio e lhe dizem: “Devo acreditar que há quinhentas léguas da lua a Vênus, a mesma distância de Mercúrio a Vênus e de Mercúrio ao sol...”. E completa “Se não vos apercebeis de que tendes idéias, como podeis afirmar que as tendes?”. (O filósofo ignorante, pg 96, edição Martins Fontes, 2011).

Assim no livro o Filósofo Ignorante, Voltaire vai tratar até onde podemos conhecer de verdade através da nossa razão. Devemos confiar nela? Quem és tu? De onde vens? Em que tornarás, começa perguntando o Voltaire. Ele fala que devemos fazer tais indagações a todos os seres do universo, inclusive a nós mesmos, mas a resposta ninguém nos dá.

SUMÁRIO

Introdução : .........................................................01

Capítulo 1 – A certeza é a dúvida........................02

Capítulo 2 – O entedimento pelos sentidos .......04

Conclusão..............................................................06

Referências Bibliográficas......................................07

INTRODUÇÃO

No livro o Filósofo Ignorante, Voltaire aborda vários temas, sempre colocando em dúvida o que realmente sabemos. Como se dá o processo de conhecimentos? Esses conhecimentos são confiáveis? Assim devemos por sobre o nosso próprio pensamento os questionamentos das coisas, apurar, fazer críticas, discernir, duvidar, separar e enfim, discutir a nossa própria ignorância sobre o mundo.

Voltaire esboça a nossa fraqueza diante do nascimento, animal frágil, sem força, nem conhecimento, nem instinto, onde adquiro algumas idéias como adquiro um pouco de fora. Essa força aumenta até certa idade e depois vai diminuindo rapidamente com o passar dos anos. Assim é o poder de conceber idéias.

Ele coloca uma questão para se pensar: “será que os livros escritos nos últimos dois mil anos me ensinaram alguma coisa?” (O filósofo Ignorante, Martins Fontes, 2001).

Certo dia ele interrogou a razão sobre como ela é, se viu mais perdido sem resposta e mais confuso. Mas completa: “apesar desse desespero, não deixo de querer ser instruído, e minha curiosidade frustrada continua insaciável”. ( O Filósofo Ignorante, Martins Fontes, 2001).

Segundo Voltaire, o Aristóteles começa por dizer que a incredulidade é a fonte da sabedoria. Descartes acreditou ou fingiu acreditar que nascemos com pensamentos metafísicos. Voltaire diz que se for assim, pressupôs que Homero nasceu com a Ilíada na cabeça. E diz que por pouco que consultemos nossa própria experiência e a do gênero humano, convencemo-nos do contrário. “ Se não vos apercebeis de que tendes ideias, como podeis afirmar que as tendes?”. (O Filósofo Ignorante, Martins Fontes, 2001).

Voltaire lembra que trata-se apenas de examinar o que podemos saber por nós mesmos, e isso reduz a pouca coisa. Só chegamos pela experiência, e por uma série de tentativas e de várias reflexões, para adquirir algumas idéias, que são frágeis, do espaço, tempo e corpo, e do infinito. Não foi essencial ter sido colocadas essas idéias no cérebro, para que só uma pequena parte delas fizessem uso. Ele diz que só podemos conhecer pela experiência e que é impossível saber algum dia o que é matéria e jamais saberemos o que é espírito. Sabemos que temos pouco inteligência, mas como adquirimos? Segundo Voltaire, é um segredo da natureza e não nos foi revelada.

A certeza é a dúvida

A Inteligência é muito limitada. Nenhum homem, jamais que se esforce ao máximo, não conseguirá ir a além. Portanto é necessário que fosse assim, do contrário iríamos até o infinito.

“Sabemos, de modo aproximado, com a ajuda dos triângulos, que entre a terra e o sol há cerca de trinta milhões das nossas grandes léguas geométricas; mas que é o Sol? E por que ele gira em torno de seu eixo? E por que num sentido e não no outro? E por que Saturno e nós giramos em torno desse astro do ocidente para o oriente e não do oriente para o ocidente? Não somente não responderemos jamais a essas perguntas com ainda jamais haveremos de entrever a menor possibilidade de imaginar para ela apenas uma causa física. Por quê? Porque o nó dessa dificuldade está no primeiro princípio das coisas”. (O filósofo Ignorante, Voltaire, pg 101, Edição Martins Fontes, 2001).

Não podemos conhecer nunca o primeiro motor, o primeiro princípio, senão, seríamos os donos desse motor, seríamos deuses. Veja, por mais que tentamos compreender como os nossos sentidos agem, nossos pensamentos, como forma nossas idéias e sentimentos, apenas fica a frustração e percebemos nossa ignorância diante de tal fato. Segundo Voltaire se pudéssemos compreender nossas idéias e sentimentos, saberíamos tudo que iria ocorrer ou que estaria ocorrendo com nós mesmos e poderíamos, controlar, diminuir a nossa vontade, aumentá-la quando assim quisesse. “seria o deus de mim mesmo” (O filósofo Ignorante, Voltaire, Martins Fontes, 2001). Mas não é o que acontece e não condiz com a minha natureza. Portanto, não é compreensível que eu entenda o agir e pensar. Voltaire pergunta se haverá em outros globos alguém que possa ter controle total

...

Baixar como (para membros premium)  txt (15.4 Kb)  
Continuar por mais 10 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com